blog do escritor yuri vieira e convidados...

Autor: daniel christino Page 11 of 12

Não somos malvados

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A briga é feia. De um lado as grandes gravadoras, defendendo seus lucros milionários. De outro artistas em início de carreira, ou nem tanto, criticando as gravadoras por não dividir o bolo. No meio, programas p2p (peer to peer) para download de milhares de músicas piratas, retirando o lucro de ambos.

Enquanto as forças em jogo tencionam o cabo-de-guerra, surge o Magnatune, idéia genial de um pacato californiano de Berkeley, John Buckman, cuja pretensão não é pequena. “Acreditamos que toda música deve ser compartilhada. Assim como um software, você deve ser capaz de experimentar, avaliar e passar adiante para os outros música de qualidade – no processo de comprá-la”, escreve Buckman em seu site.

Que seus olhos sejam atendidos

Lembram-se deste documentário do GNT? Ele foi realizado pelo cineasta Luiz Fernando de Carvalho durante uma viajem ao Líbano, juntamente com Raduan Nassar, cujo objetivo principal era pesquisar o ambiente social para o filme Lavoura Arcaica. Aliás, um belíssimo filme. Não era um documentário político, por isso apenas tangencialmente intrometia-se com Hamas e Hezbollah. Seu objetivo era mostar como viviam, diariamente, os libaneses. Há ali um Líbano que não aparece nas manchetes dos jornais, que não é filiado ao partido de Deus (nenhum deles todos que são um? Alguém entende?); um Líbano de existência milenar.

Ao assistir o documentário, a certa altura, me dei conta de que havia uma perspectiva de vida se formando no Líbano, algo que nunca foi claro para as gerações que nasceram durante os 20 anos de guerra civil aditivada pelo eterno conflito Israel-Palestina (1970 – 1990). Depois de passar a década de 90 inteira reconstruindo seu país, os libaneses – principalmente a juventude – podiam começar a conviver com uma coisa bastante trivial para nós: uma idéia de futuro.

Frase de cinema – 12

God is a kid with an antfarm…

He´s not planning anything

Keanu Reeves em Constantine.

Eu gosto de videogame

Acompanhando a onda de revelações dos meus amigos blogueiros eu também confesso: adoro videogame. Agora mesmo estava a caçar demônios de uma outra dimensão. Lembro com carinho das noites em que eu e o Paulo íamos jogar o DOOM original no computador superpossante do seu Walter (pai do Yuri), e depois quedávamos mesmerizados diante de um descanço de tela de 52K que simulava uma mandala, ouvindo Ravi Shankar e repetindo: “nossa”.

Uma definição de liberalismo

Eis uma definição de liberalismo político com a qual fica difícil não concordar, embora, ao que parece, alguns críticos associem-na à social-democracia. Em todo caso…

Todos os valores sociais – liberdade e oportunidade, progressos e riquezas e as bases do respeito a si mesmo – devem distribuir-se igualmente, a menos que uma distribuição desigual de quaisquer e de todos esses bens seja vantajosa para todos (…)

A justiça é a primeira virtude das instituições sociais, como a verdade o é de todos os sistemas de pensamento.

John Rawls

Como podem ver, depois de muito hesitar, resolvi marcar posição no debate. Vamos ver no que dá.

Uma pergunta aos liberais

Bem, aí vai uma pergunta que meus amigos conservadores (liberais) nunca conseguiram me responder satisfatoriamente: quem paga o pato se o Estado suspender sua rede de proteção social, baixar os impostos e desburocratizar o mercado? Em quanto tempo estas medidas trarão “benefícios a todos”? Temos o direito de exigir que outros banquem nosso futuro em nosso lugar? Para não ficar numa eterna masturbação doutrinária tomemos um exemplo concreto: como ficam os moradores da Vila Coronel Cosme quando suspendermos sua bolsa-família? E não me venham com respostas do tipo “o dinheiro será aplicado em saúde e educação” porque isso não vai acontecer. E não vai porque até hoje não aconteceu, mesmo com empresas e pecuaristas enchendo a burra de dinheiro (meu deus, o bairro fica atrás da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura). Enfim, aos amigos que tanto acreditam no mercado, quantas gerações deverão pagar o preço pela nossa modernização e com quanto você vai contribuir? Ou vocês acham que um choque liberal pode ser feito sem nenhum sacrifício?

Sobre a necessidade de classificar o mundo

Certa vez eu, o Yuri e o Paulo conversamos até tarde num barzinho (destes que Goiânia pari e mata aos montes) sobre o paradoxo de Russell e sobre como ele redefinia a idéia de classificação com a qual sempre trabalhamos. Em outras palavras, Russell mandou para o espaço o que costumo chamar, não sem alguma pretensão didática, “visão supermercadológica” do mundo. O que isso tem a ver com o post anterior do Pedro e sua resistência à nossa insistência em enquadrá-lo? Sigam-me.

Carta aberta aos Comunicadores

Do site A coisa aqui tá preta:

Carta aberta aos comunicadores

Esta carta é dirigida a todos aqueles que mantêm relação com o público através de meios de comunicação de massa. Entre estes, em especial aos que operam e administram blogues, fóruns e sítios de Internet que propiciam alguma interação com o público. Assim, os destinatários não são apenas jornalistas, embora estes constituam a parte mais ponderável desse universo.

Política, Moralidade e Roberto Romano

Li a entrevista do Roberto Romano na edição impressa da revista Primeira Leitura e, a certa altura, ele comenta sobre a interpretação que o Padre Lima Vaz faz da recepção romana do termo ethos. Gosto imensamente de Lima Vaz. Seu livro Antropologia Filosófica (a primeira disciplina filosófica que ensinei na vida) é um dos meus favoritos. Romano indica justamente sua filiação hegeliana como uma distorção interpretativa do termo ética, obrigando o jesuíta a separá-la do termo moral. O trecho está em vários livros, mas principalmente em Escritos de Filosofia II – Ética e Cultura:

A primeira acepção de ethos (com eta inicial) designa a morada do homem (e do animal em geral). O ethos é a casa do homem. O homem habita sobre a terra acolhendo-se ao recesso seguro do ethos. (…)

(…) É, pois, no espaço do ethos que o logos torna-se compreensão e expressão do ser do homem como exigência radical do dever-ser ou do bem. Assim, na aurora da filosofia grega, Heráclito entendeu o ethos na sua sentença célebre ethos anthrôpo daímôn. O ethos é, na concepção heraclítica, regido pelo logos e é nessa obediência ao logos que se dão os primeiros passos em direção à Ética como saber racional do ethos.

O Paradoxo da Pergunta

Li este texto que vai a seguir há algum tempo e ele sempre me impressionou pela maneira criativa como consegue apresentar um dos paradoxos mais interessantes da lógica. Ei-lo:

The Paradox of the Question
Ned Markosian

Once upon a time, during a large and international conference of the world’s leading philosophers, an angel miraculously appeared and said, “I come to you as a messenger from God. You will be permitted to ask any one question you want – but only one! – and I will answer that question truthfully.

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