blog do escritor yuri vieira e convidados...

Autor: pedro novaes Page 14 of 33

Aquilo que nos distingue

Uma amiga americana, que conheci na Tailândia, de curiosidade googlou “Goiânia” para saber algo sobre a cidade onde vivo. Como resposta, dezenas de páginas sobre “acidentes radiativos” e “Césio 137”.

Me escreve: “You didn’t tell me you were radioactive?”

Nada como aquilo que nos distingue dos demais.

Para mudar de assunto

Para sair um pouco da ladainha de reclamar do PT e de “Nosso Guia”, como o chama o Elio Gaspari, falemos mal de um político da outra banda que anda muito por cima da carne seca com sua intelectualice e preparo teórico.

O César Maia, a quem se deve reconhecer coisas bacanas como a contenção da especulação imobiliária na Barra da Tijuca sobre áreas de proteção ambiental, está articulando a destruição de um dos maiores patrimônios arquitetônicos e paisagísticos do Rio de Janeiro. Na onda dos negócios e negociatas no caudal de dinheiro que são os Jogos Panamericanos no próximo ano, o alcaide quer cravar mais uma mega-obra – uma marina-shopping -, ao preço da desfiguração do Aterro do Flamengo.

Elio Gaspari fala mais sobre o assunto em artigo hoje na Folha, que se reproduz abaixo:

ELIO GASPARI

Átila capturou o Rio disfarçado de Cesar

Presidente do Iphan corre o risco de liberar canibalização de um parque tombado por Rodrigo Mello Franco

NÃO SE SUSTENTA a tese segundo a qual a obra do marina-shopping do aterro do Flamengo é necessária para o êxito dos jogos Pan-Americanos.

Escorrendo pelo Ralo

Eu definitivamente não sou um cara de teatro. Meu negócio é cinema e literatura. Conheço pouco a arte dos palcos, nunca li, nunca teorizei sobre o assunto e tenho medo. Acho o teatro – evidentemente um preconceito estúpido – campo de excessivos experimentalismos pobres e baratos, de construtos intelectuais soníferos, de elaborações rebuscadas e incompreensíveis que disfarçam absoluta ausência de conteúdo e emoções verdadeiras.

Arte é emoção e ponto final. A porta de entrada de qualquer trabalho artístico não pode ser o racional. Tem que emocionar. Se não emocionou, já fodeu. A razão tem que vir depois. Após nos emocionarmos, a gente pensa o que quis dizer, relaciona com outras coisas, outras obras, episódios da vida, etc, etc. Mas se tem que pensar de saída, está errado.

Felizmente, mais uma vez esta minha estúpida expectativa negativa não se sustentou. Juliana, Paulo, Andrea e eu fomos assistir ontem a “Adubo ou a Sutil Arte de Escorrer pelo Ralo”, peça encenada pelo Grupo Tucan, de Brasília, com direção do uruguaio radicado no Distrito Federal Hugo Rodas.

Brasil Dividido

Eu estava ensaiando escrever algo que havia mencionado em outro post, sobre a preocupação de ver o país cada vez mais dividido, receita para o desastre, mas aí me deparei com este ensaio do Robeto Pompeu Toledo na Veja, que evidentemtente coloca esta questão de uma maneira muito mais lúcida e clara do que eu seria capaz, de modo que reproduzo abaixo um pequeno trecho seu.

Eu sei que é duro aguentar o petismo e a pobreza de espírito da esquerda, mas os que se colocam do outro lado precisam ter mais serenidade e grandeza de espírito para não cairem na armadilha do divisionismo. O ódio se inflou a tal ponto que os do outro lado já não são mais que o reflexo da esquerda raivosa do lado de lá – todos sedentos de sangue. A mesma postura com o sinal ideológico trocado. Todos quase prontos a lançar o Estado de Direito às favas, desde que sejamos nós quem mande.

Eu acho que a responsabilidade do petismo por este estado de coisas é maior. Foram eles que começaram. Mas os outros, do lado de cá, não podem responder caindo nessa armadilha.

“Devagar com o andor. Assim como se impõe desarmar a árvore, depois do Natal, impõe-se desarmar os espíritos, cumprido este outro marco do calendário que são as eleições. A divisão é uma praga que leva as nações à perdição. Fidel Castro não se recuperou, quase cinqüenta anos passados, do erro de ter dividido o país. Contra ele e seu regime, aguardando a melhor oportunidade, velam inimigos sedentos de vingança. Hugo Chávez foi pela mesma trilha envenenada. Que neste período pós-eleitoral não se venha com a conversa do impeachment ou do ‘fora’ este ou aquele. Não há país que resista a um impeachment a cada temporada. Também não há vantagem, só mais uma manobra de quem cultiva o esporte do tiro no próprio pé, em destronar um presidente para criar a figura ainda mais poderosa do mártir.

Apenas Duas Virtudes

Recebida por email:

Quando Deus fez o mundo, para que os homens prosperassem decidiu dar-lhes apenas duas virtudes.
– Aos Suíços, os fez organizados e respeitadores da lei;
– Aos Ingleses, corajosos e estudiosos;
– Aos Japoneses, trabalhadores e disciplinados;
– Aos Italianos, alegres e românticos;
– Aos Franceses, cultos e finos;
– Aos Brasileiros, inteligentes, honestos e petistas.

O anjo anotou, mas logo em seguida, cheio de humildade e de medo, indagou:

– Senhor, a todos os povos do mundo foram dadas duas Virtudes, porém,aos brasileiros foram dadas três! Isto não os fará soberbos em relaçãos aos outros povos da terra?
– Muito bem observado, meu bom anjo! – exclamou o Senhor.Isto é verdade! Façamos então uma correção! De agora em diante, os brasileiros,povo do meu coração, manterão estas três virtudes, mas nenhum deles poderá utilizar mais de duas simultaneamente, como os outros povos! Assim, o que for petista e honesto, não pode ser inteligente; o que for petista e inteligente, não pode ser honesto; e o que for inteligente e honesto, não pode ser petista.

Palavras do Senhor…

Pimenta nos olhos do Goiás

Estou tão desacostumado a ver o Flamengo na parte de cima da tabela do Campeonato Brasileiro que sempre que vou olhar a classificação tenho dificuldade de encontrá-lo. Uau! Sétimo lugar pra mim é quase primeiro. Como quem não é campeão vive de celebrar a derrota dos outros, nada mais saboroso (sorry, Fiume) que ganhar do Goiás em casa, esse time pequeno que pensa que é grande.

Claro que ficaram nervosos – acabaram-se suas chances de vaga na Libertadores -, criaram confusão, chiaram e rangeram os dentes. Mas não adiantou. Perderam e terão, se não derem vexame, que se contentar com uma vaga na Sul Americana.

Golaço de Obina.

Luz Vermelha

Depois da leve pressão aplicada sobre os repórteres de Veja, essa publicação de imaculada reputação a quem meus amigos insistem em dar todo o crédito (eu dou crédito a certas partes, especialmente os colunistas), a luz vermelha novamente se acende na relação entre Governo Federal e imprensa (sem falar no problema do grampo do podcast do Yuri com o Olavo de Carvalho). Como dizia minha avó, não basta ser santo, tem que parecer também.

PF Quebrou Sigilo Telefônico da Folha na Investigação do Caso Dossiê

da Folha de S.Paulo, em Brasília

Um dos telefones da Sucursal de Brasília da Folha, instalado no comitê de imprensa da Câmara dos Deputados, teve o seu sigilo quebrado em meio às investigações sobre a frustrada tentativa de venda do dossiê antitucano a petistas.

Alfinetadas Budistas IV

Alfinetada 4

“When Money Speaks, truth is silent.”

“Quando o dinheiro fala, a verdade se cala.”

(Máxima em mosteiro Budista, Chiang Mai, Tailândia).

Engrish

Engrish

“Engrish” é uma referência aos erros hilários de inglês cometidos pelos orientais, especialmente pelos japoneses. No site Engrish.com, há dezenas de fotos como esta com exemplos hilários de engrish.

Ainda há alguma sensatez

Noticiam os jornais de hoje que a apreciação do famigerado Projeto de Lei nº 89/2003, de autoria do Senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado foi adiada. O referido projeto, conforme noticiado aqui neste blog e em toda a imprensa, trata dos crimes cometidos na Internet e prevê, entre outras coisas, a obrigatoriedade de identificação positiva dos usuários da Internet junto aos provedores e a ampliação do prazo pelo qual estes provedores são obrigados a manter arquivados os IPs designados para usuários em cada um de seus acessos.

Evidentemente tais propostas levantam sérias e importantes questões em relação a direitos e liberdades individuais constitucionalmente assegurados e não podem ser discutidas com açodamento e ligeireza.

É certo que há que se buscar maneiras de coibir os crimes praticados através da rede de computadores, mas nunca ao preço do cerceamento de tais liberdades e direitos fundamentais. Mais ainda porque no caso da Internet o mais provável é que este tipo de medida seja rapidamente contornada através de artimanhas simples.

Aqui matéria da Folha Online sobre o assunto.

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