blog do escritor yuri vieira e convidados...

Autor: pedro novaes Page 5 of 33

Com Biajoni, no Rio (II)

Biajoni e Pedro

O Biajoni – vulgo Camarão – e eu, testando a qualidade dos serviços no Rio de Janeiro.

No Rio, com o Biajoni

SA

Domingão, umidade a 105% e calor de 57 graus, tive o enorme prazer de desfrutar do excelente serviço dos bares cariocas (post sobre isso brevemente) na companhia de ninguém mais, ninguém menos, que o Luiz Biajoni, autor do imperdível Sexo Anal – Uma Novela Marrom, sobre o qual já falei aqui, e agora de Virgina Berlim que, se nenhum chato vier me pentelhar, vou ler hoje à noite, tomando um whiskey e ouvindo o CD de trilha sonora que o acompanha. Todo o mundo que leu, diz que é do caralho. Aliás, se você não baixou Sexo Anal, meio que se ferrou porque o livro não está mais disponível pra daunloudi. Em comemoração aos 10 mil daunloudis e 16 recusas por editoras, a Os Viralata vai lançar uma edição comemorativa de bolso. Corre lá e encomenda o seu (são só 100 exemplares): excelente presente pro Natal em família.

Enfim, o Biajoni é uma besta: depois de 51 chopps (uma vitória conseguir esta marca com o mau humor e excelente serviço dos garçons cariocas), tínhamos tudo tramado para dominar o mundo, mas nem minha prima doida conseguiu convencer o Bia a dar o rabo, pois ela tem certeza de que a fixação dele com a Analtomia dos outros significa que, no fundo, ele quer doar o seu.

Furthermore, atesto, conforme já dito por aí pelo Alex Castro, que o Bia, decepção geral, é o cara mais normal do mundo, a despeito das evidências contrárias. Uma figuraça. Agora, sempre que for a São Paulo, vou ter que dar um jeito de parar em Americana.

Bolsa de Apostas

Encerrou-se ontem à noite, a mostra competitiva do III Festcine, de ótimo nível, conforme afirmado no post anterior. Abaixo minhas apostas para a premiação a ser anunciada logo mais à noite:

LONGA METRAGEM DE FICÇÃO

– Melhor Filme de ficção – R$ 30.000,00 (trinta mil reais): Via Láctea
– Melhor Direção – R$ 20.000,00 (vinte mil reais): Sandra Kogut, por Mutum
– Melhor Ator –R$ 5.000,00 (cinco mil reais): o menino Thiago da Silva Mariz, em Mutum
– Melhor Atriz –R$ 5.000,00 (cinco mil reais): Tainá Muller, em Cão sem Dono
– Melhor Ator Coadjuvante – R$ 5.000,00 (cinco mil reais): Marcos Contreras, o Lárcio, de Cão sem Dono
– Melhor Atriz Coadjuvante – R$ 5.000,00 (cinco mil reais): Janaína Kaemer, a Ana, de Cão sem Dono
– Melhor Roteiro – R$ 5.000,00 (cinco mil reais): Aleksei Abib e Lina Chamie, por Via Láctea
– Melhor Fotografia – R$ 5.000,00 (cinco mil reais): Walter Carvalho, por Baixio das Bestas
– Melhor Direção de Arte – R$ 5.000,00 (cinco mil reais): Marcos Pedroso, por Mutum
– Melhor Música ou Trilha Sonora Original – R$ 5.000,00 (cinco mil reais): Siba Veloso e Fuloresta do Samba, em Baixio das Bestas
– Melhor som – R$ 5.000,00 (cinco mil reais): Louis Robin e Beto Ferraz, por Via Láctea
– Melhor Montagem – R$ 5.000,00 (cinco mil reais): André Finotti, por Via Láctea

LONGA METRAGEM DOCUMENTÁRIO ( 35MM OU DIGITAL)

– Melhor Longa-metragem Documentário – R$ 30.000,00 (trinta mil reais): Jardim Angela
– Melhor Direção – R$ 10.000,00 (dez mil reais): Marina Person, por Person
– Melhor Roteiro – R$ 5.000,00 (cinco mil reais): Marina Person, por Person
– Melhor Fotografia – R$ 5.000,00 (cinco mil reais): José Roberto Eliezer, por Person
– Melhor Som – R$ 5.000,00 (cinco mil reais): Rita Cadillac, a Lady do Povo
– Melhor Montagem – R$ 5.000,00 (cinco mil reais): Marcelo Moraes, por Jardim Angela

CURTA METRAGEM GOIANO

Melhor Curta Goiano – R$ 10.000,00 (dez mil reais): Espelho, do nosso Yuri em parceria com a Cássia Queiroz
Melhor Direção – R$ 5.000,00 (cinco mil reais): Amarildo Pessoa, por “Última Clareza” (aposto que vão dividir os prêmios)
Prêmio Estímulo Secretaria Municipal da Cultura à Produção de Curta-Metragem – R$ 10.000,00 (dez mil reais): 14 Bis

A boa safra do cinema nacional

Dá a sensação de que a safra recente do cinema nacional está de ótimo nível. Assisti a quase todos os longas – documentários e ficções – selecionados para o 3º Festival de Cinema Brasileiro de Goiânia e gostei muito do que vi. Achei o nível geral dos longas excelente. Não há nenhum lançamento, mas são todos filmes que estrearam no circuito de festivais ou comercial de um ano pra cá, alguns bem recentemente.

Já disse aqui neste blog em outra ocasião que acho os brasileiros muito bons documentaristas, mas ficcionistas apenas medianos. Teorizei inclusive que isso poderia se dever a algum traço cultural que nos torna mais propensos a dar tapas na cara do espectador, enquanto nossos amigos argentinos teriam a sutileza requerida para a ficção.

Os filmes que andei vendo confirmam nossa boa veia documental, mas desmentem a idéia de que ótimas ficções seriam exceções bissextas a confirmar a regra. Abaixo o que vi nestes últimos dias e comentários ligeiros. Tentarei escrever mais detidamente sobre pelo menos alguns deles.

DOCUMENTÁRIOS:

Person: o documentário de Marina Person sobre seu pai, o cineasta Luis Sérgio Person, é maravilhoso: sensível, inteligente e emocionante – uma homenagem nada superficial que só uma filha poderia fazer.

Encontro com Milton Santos, de Silvio Tendler: um panfleto esquerdista que sequer faz jus ao pensamento do grande geógrafo. Um engodo que evidentemente tem recebido aplausos em vários festivais. É a exceção negativa da ótima seleção do festival. Não faz jus à obra do próprio Tendler – perdoe-se seu comunismo -, diretor, por exemplo, do ótimo “Glauber Labirinto do Brasil”.

Rita Cadillac – a Lady do Povo, de Toni Venturi: belo tributo à eterna chacrete, hoje também atriz pornô. É um documentário muito bom, mas que não está à altura de seus concorrentes.

Jardim Angela, de Evaldo Mocarzel: grande surpresa. Feito com pouquíssimos recursos e nenhuma mise-en-scéne, sustenta-se na força dos depoimentos de seus personagens, jovens moradores do Jardim Angela, região paulistana que no passado esteve entre as áreas mais violentas do mundo. É espetacular. Merece compor uma tríade dos melhores documentários sobre o tema da violência urbana no Brasil com “Notícias de uma Guerra Particular” e “Ônibus 174”.

FICÇÃO

Via Láctea, de Lina Chamie: sua seleção para a mostra “Un Certain Regard”, em Cannes, este ano, já era evidência de se tratar de um filme incomum. Foi outra surpresa. Imperdível. Lindo.

Mutum, de Sandra Kogut: baseado no conto “Campo Geral”, de Guimarães Rosa, o filme consegue, mais que contar uma história, fazer o espectador mergulhar na atmosfera da fazenda no sertão mineiro. Os papéis infantis, todos com crianças selecionadas em escolas na região do norte de Minas, onde se realizou a filmagem, são incríveis. Todas as crianças dão um show de interpretação. “Mutum” também esteve em Cannes, na quinzena dos realizadores, além de ter sido o grande vencedor do Festival do Rio deste ano. Imperdível.

Cão sem Dono, de Beto Brant e Renato Ciasca: como o último filme de Brant foi muito fraco (“Crime Delicado”), eu não tinha expectativas em relação a este, sobretudo também porque a crítica foi fria. Fiquei entretanto muito positivamente surpreso. O elenco está excelente. As interpretações são tão naturalistas que, volta e meia, dá a sensação de se estar em um documentário. Além de que Tainá Muller, a protagonista, é uma deusa…

Baixio das Bestas, de Cláudio Assis: achei bobo, um filme feito por um adolescente revoltado, que está muito abaixo do nível do belo e forte “Amarelo Manga”, do mesmo diretor. Salva-se a impecável fotografia do mestre Walter Carvalho.

Depois do Sucesso da Tropa…

Na Folha de hoje:

Major do Bope ironiza morte de seqüestrador do 174

“Eu não fiz questão realmente de ressuscitá-lo muito, não; foi embora!”, afirmou

Em palestra, oficial absolvido em processo que apurou morte de Sandro Nascimento conta como apertou o pescoço do rapaz

RAPHAEL GOMIDE
ENVIADO A PORTO ALEGRE

Absolvido pela Justiça da acusação de assassinato, o major do Bope Ricardo Soares narrou em palestra a cerca de 130 policiais de todo o país como o seqüestrador do ônibus 174, Sandro do Nascimento, 21, morreu dentro de um camburão no Rio, em junho de 2000. O relato foi feito no fim de semana, em Porto Alegre.
“Eu não fiz questão realmente de ressuscitá-lo muito, não. Foi embora!”, declarou, provocando risos na platéia. “Vou ser sincero: entre ele e eu, vai ele, porque tenho muita vida pela frente, se Deus quiser”, disse.

Versão Paquistanesa de Fábula Tradicional

Enviada por um amigo Pakistani. Quem sabe ajude a compreender um pouco a situação daquele país. Ademais, dá pra pensar a versão nacional também.

Ant & Grasshopper

Traditional Version

The Ant works hard in the withering heat all summer building its house and laying up supplies for the winter.

The Grasshopper thinks the Ant is a fool and laughs & dances & plays the summer away.

Come winter,the Ant is warm and well fed. The Grasshopper has no food or shelter so he dies out in the cold.

Modern Version

The Ant works hard in the withering heat all summer building its house and laying up supplies for the winter.

The Grasshopper thinks the Ant’s a fool and laughs & dances & plays the summer away.

Come winter, the shivering Grasshopper calls a press conference and demands to know why the Ant should be allowed to be warm and well fed while others are cold and starving.

Geo TV, BBC, ARY, CNN show up to provide pictures of the shivering Grasshopper next to a video of the Ant in his comfortable home with a table filled with food.

The World is stunned by the sharp contrast. How can this be that this poor Grasshopper is allowed to suffer so?

Asma Jahangir stages a demonstration in front of the Ant’s house.

Imran Khan goes on a fast along with other Grasshoppers demanding that Grasshoppers be relocated to warmer climates during winter.

Amnesty International and Chief Justice Iftikhar criticizes the Pakistan Government for not upholding the fundamental rights of the Grasshopper.

The Internet is flooded with online petitions seeking support to the Grasshopper (many promising Heaven and Everlasting Peace for prompt support as against the wrath of God for non-compliance) .

Opposition MPs stage a walkout. Islamic parties call for “Hartal” in Frontier and Baluchistan demanding a Judicial Enquiry.

MQM Coalition in Sindh immediately passes a law preventing Ants from working hard in the heat so as to bring about equality of poverty among Ants andGrasshoppers.

Sheikh Rasheed allocates one free coach to Grasshoppers on all Pakistan Railway Trains, aptly named as the ‘Grasshopper Shalimar’.

Finally, the President drafts an ordinance “Anti State Terrorism Against Grasshoppers Act” [ASTAGA], with effect from the beginning of the winter. Mobilizes state agencies.

Punjab Govt. makes “Special Reservation” for Grasshoppers in Educational Institutions & in Government Services.

The Ant is fined for failing to comply with ASTAGA and having nothing left to pay his retroactive taxes, it’s home is confiscated by the NAB and handed over to the Grasshopper in a ceremony covered by PTV.

Nawaz Sharief calls it “A Triumph of Justice”.

Benazir calls it “Democratic Justice”.

MQM calls it the “Revolutionary Resurgence of the Downtrodden”.

Prime Minister Shaukat Aziz invites the Grasshopper to address the National Assembly.

As a result of loosing lots of hard working Ants and feeding the Grasshoppers, Pakistan is still a developing country !!!

Blackle

Estudos mostram que um monitor, quando sua tela está inteiramente branca, consome 70W, e que, quando está inteira preta, consome 50W.
Segundo o Google Trends (site de estátistica do Google), em média 3.750.000 pessoas acessam o site do Google simultaneamente.
Desta forma, se a tela do Google fosse preta, haveria uma economia mundial de cerca de 750 Megawatts/hora.

1 kWatt = R$ 0,02 => 750 000 kWatt = R$ 15.000,00

Portanto, se a tela do Google fosse preta, haveria uma economia mundial de cerca de R$ 15.000,00 por hora.
Pensando nisto, a Heap Technology criou o Blackle, um site igual ao Google e ligado ao mecanismo do Google, porém preto. O Blacke, além de tudo, conta quantos usuários estão logados no momento e mostra o que isso significa em kilowatts/hora de energia economizada.

UPDATE:
Não se trata exatamente de um hoax, mas como tem muito nego com tempo no mundo, parece que esta história do Blackle já andou gerando polêmica. No Techlogg há um teste definitivo que contesta algumas das alegações de economia de energia feitas pelo site da Heap Technology. Segundo eles, em monitores CRT de fato há redução no consumo, mas longe da escala mencionada pelo Blackle, conforme cálculo acima. Por outro lado, segundo o Techlogg, nos monitores LCD, que brevemente serão maioria, pode na verdade haver um aumento de consumo com a tela preta.

Renan inchado de orgulho

Do UOL:

“Banca do Congresso vende 40 revistas de Mônica em duas horas”

Do uso da voz over em cinema

O Ronaldo Britto Roque, amigo e colaborador deste blog, tem um ponto de vista inflexível a respeito do uso do off no cinema. Considera ele que “filme não pode ter narração em off. A cena tem de sintetizar a narrativa dramaticamente. Narrativa em off é coisa para rádio.” Esta discussão evidentemente é antiga, mas nunca perde sua atualidade, pois remete à reflexão sobre a própria natureza do cinema, seus meios e seu propósito.

Embora eu concorde, de forma geral, com a observação do Ronaldo, existem muitas exceções a esta regra. Há grandes filmes que fazem uso do off, ou do voice over, para ser mais tecnicamente preciso.O “voice over” acontece quando um personagem ou narrador que não está em cena fala, enquanto o “off screen” – de onde vem o termo “off” – refere-se a um personagem em cena, mas fora da tela no momento – a mãe que grita lá do quarto ou o diálogo de um personagem, enquanto o editor opta por mostrar a cara do seu interlocutor, por exemplo. Portanto, a rigor, estamos discutindo o voice over, e não o off, embora seja corrente o uso deste termo para esta ou aquela situação.

Para citar casos de filmes memoráveis onde o voice over aparece e é usado de forma criativa certamente devemos começar com aquele que é considerado o maior de todos, o “Cidadão Kane”. Em tempos mais recentes, Charlie Kaufman, um dos roteiristas contemporâneos mais inovadores, também faz uso constante do voice over em filmes como “Adaptação” e “O Senhor das Armas”. Além deles, cabe ainda citar os geniais “Dogville” e “Manderlay”, de Lars Von Trier. Voltando a Hollywood, achei interessantes também os voice overs de “Pecados Íntimos”, oscarizado este ano. Neste filme, a narração, um pouco na linha das experiências de Lars Von Trier, assume um tom irônico e meio farsesco, compondo um contraponto com as imagens que faz o filme crescer.

Tá demitido!!

E o decreto do governador Arruda, demitindo o gerúndio?

É sério. Está no Diário Oficial do DF de ontem:

“Decreto nº 28.314, de 28 de setembro de 2007.

Demite o gerúndio do Distrito Federal, e dá outras providências.

O governador do Distrito Federal, no uso das atribuições que lhe confere o artigo
100, incisos VII e XXVI, da Lei Orgânica do Distrito Federal, DECRETA:

Art. 1° – Fica demitido o Gerúndio de todos os órgãos do Governo do Distrito Federal.
Art. 2° – Fica proibido a partir desta data o uso do gerúndio para desculpa de INEFICIÊNCIA.
Art. 3° – Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4º – Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 28 de setembro de 2007.

119º da República e 48º de Brasília
JOSÉ ROBERTO ARRUDA”

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