Certa vez Paulo Francis disse que era incrível a falta de interesse dos intelectuais contemporâneos em discorrer sobre a existência de Deus. Segundo ele, ninguém mais parecia preocupar-se com… essas coisas. Mas encontrei uma discussão interessante proposta pelo professor de Harvard Dr. Armand Nicholi Jr., que contrapõe as argumentações de Freud e C.S. Lewis sobre o tema. Está tudo no site The Question of God. Vale a visita.
Autor: yuri vieira (SSi) Page 31 of 72
Eu gosto de açaí, digamos, “civilizado”, com guaraná, banana e granola. E gelado. Comer o barro puro com tapioca não é comigo não, muito menos depois de um jabá. Aliás, eu poderia muito bem ter feito o papel de turista no excelente curta-metragem “Açaí com Jabá ( o Filme que Bate na Fraqueza )“. Quem não viu esse filme não sabe o que está perdendo. A direção no estilo bang-bang à paraense é hilária.
Qualquer dia falarei da ocasião em que assisti ao filme O Exorcista, na Casa do Sol, junto com a Hilda Hilst e o Bruno Tolentino. Foi bizarro. Nunca ri tanto na minha vida…
Como bem notou o Grimaldo, em época de Bienal de arte, o negócio é se preparar para enfrentar asneiras. Nunca me esqueci de uma crônica em que o Diogo Mainardi, em Veneza, dizia sentir vontade de bater nos artistas. Foi o que tentei fazer, em 1997, metaforicamente, claro, quando escrevi os contos O Culturaholic e Estilo Próprio.
As campanhas anti-tabagistas pegam tão pesado que, caso o “Álvaro de Campos” tivesse escrito o poema Tabacaria nos dias de hoje, teria de acrescentar ao fim do texto: “Fumar causa câncer na poesia e não a ‘libertação de todos os pensamentos'”. E, junto, aquela foto do Fernando Pessoa, com cara de doente. E os politicamente corretos nem desconfiariam que a cara de doente tinha origem, não na fumaça, mas na acídia nossa de cada dia.
O melhor do islamismo é ele ser monoteísta. Seu problema é chamar Deus de mil e um nomes – Clemente, Soberano, Misericordioso, Vivente, Poderoso, Sábio, Altíssimo, etc. – mas nunca de Pai. Se Deus não é Pai, então não somos irmãos, então fodeu, todo papo de fraternidade acabará em guilhotinas mecânicas, químicas, atômicas. “Pai” é o melhor conceito para que o ser humano possa ter uma noção de como Deus o vê, para que entenda sua relação pessoal – e esta relação é que é a religião verdadeira – com o Criador. No fundo, no fundo, a única coisa que me faria aderir ao islamismo seria a possibilidade de me casar com todas as minhas ex-namoradas, incluindo, é claro, a atual… Islamismo é para homens cafajestes.
Tô precisando engolir um kambo – aquele sapo amazônico que dá barato – pra ver se consigo terminar de escrever meus livros. Uma semana ligadão, de bem com a vida, sem dormir. Ou, quem sabe, contratar um personal-sargent Tabajara para controlar minhas horas produtivas: “Largue já esse livro e vá escrever o seu! Afinal você veio aqui pra ler ou pra escrever?! Vamos! Quinze flexões, agora!” Enfim, talvez a razão esteja mesmo é com a Maria Inês de Carvalho: “Yuri, tá na hora de você tomar vergonha na cara…” E ela me disse isso há tanto tempo…
Ai ai, o Orkut é uma coisa esquisita que pode sugar nosso precioso tempo. Daria pra ler todo um livro enquanto se “navega” pelas comunidades literárias. E como se isso não bastasse, agora me convidam pra participar do Link, o “orkut” do jornal O Estado de São Paulo. E eu aceitei!!! Fazer o quê? Vida é relação (vide Krishnamurti). Valeu, Rodrigo!
Através do site BetaVote.com você pode fazer de conta que é norte-americano – seja franco, uns quatro bilhões de terceiro-mundistas desejariam sê-lo (do you?!) – e “votar” no seu candidato à presidência dos EUA. E não se esqueça: não importa o vencedor – real ou virtual – continuaremos “jodidos” do mesmo jeito… (Valeu, Carol!)
“Marxismo bem conduzido é intoxicante, como notou Bertrand Russell, em 1896, ao escrever sua primeira obra ‘A Social Democracia Alemã’. Russell deduziu logo que marxismo era tolice, que suas pretensões científicas não conferiam com as descobertas em ciências naturais (em 1896!), mas percebeu a força do marxismo como religião, sem deus, de ateus, o que é óbvio até hoje, até nesta versão pé-de-moleque de Lula.”
(Paulo Francis)