blog do escritor yuri vieira e convidados...

Autor: yuri vieira Page 18 of 107

VirtuSphere

Este é o “periférico de entrada de dados” que, num futuro próximo, iremos utilizar em vídeo-games e, claro, no Second Life. Se o simstim não vier antes, obviamente. (Quem disse que jogos eletrônicos não servem para exercitar o corpo?)

“Meu filho!”, grita a mãe, “Sai já dessa bola e vem almoçar, criatura!!”

“Pá-pá-pá-pá-pá! Buuuuummmm!!!”

“Ai ai”, suspira a mulher, colocando a salada na mesa. “Meu bem, tira ele daquela gaiola. Por favor…”

“A gente usava um mouse pra brincar no computador, Ana. Não entra nessa de conflito de gerações não. Tenha paciência, pelo menos ele vai ficar com fome…”

“É verdade, tudo começou com o mouse. Mas nunca pensei que nosso filho ainda se tornaria um hamster…”

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Marque a alternativa engajada

Segundo o blog do professor Simon Schwartzman – que publicou um artigo de José Luiz Delgado, veiculado no Jornal do Commércio de 17/4/2007 – eis a questão que caiu na prova do vestibular da Universidade Federal de Pernambuco:

(…) Muitíssimo mais me chocou, e me horroriza (até porque obviamente consciente e intencional, não um erro), foi, na mesma prova, o teor da questão anterior pedindo que o candidato apontasse “os exemplos de homens éticos com visão filosófica engajada (para além da hipocrisia)” e dando como alternativas: “a) Bush, Olavo de Carvalho, Editora Abril, Inocêncio Oliveira, Roberto Marinho, b) Dalai Lama, Gandhi, Marina da Silva, Frei Beto, D.Helder, c) FHC, Marco Maciel, ACM, Ratinho, Reginaldo Rossi, d) Leonardo Boff, Irmã Dulce, Ariano Suassuna, Betinho, Zilda Arns, e) Dalai Lama, Gandhi, ACM, Frei Beto, Leonardo Boff”.

Não se tratava de um juízo apenas de fato – por exemplo: indicar os que se dedicaram sobretudo às questões sociais – mas de um juízo de valor: quem seria “ético” e quem não seria, quem teria “visão filosófica engajada” e quem não teria, acrescentando-se que essa visão teria de ser “para além da hipocrisia”, ou seja, que algumas das personalidades arroladas poderiam apenas parecer, mas seriam substancialmente hipócritas. Ora, além de gravemente ofender personalidades públicas como sendo “do mal”, ensejando que elas até processem a Universidade por injúria e difamação, – aquele questionamento é completamente inadmissível numa universidade, que deve ser, por excelência, o lugar da liberdade de pensamento e de crítica. (…)

Você também é cristão, ateu

Ótimo artigo do Reinaldo Azevedo. Os “señoritos satisfechos”, inclusive os deste blog, deveriam lê-lo. No fue fácil llegar hasta acá, hermanos.

A vida cotidiana na Venezuela

Para você saber o que realmente está acontecendo na Venezuela

God is a girl’s best friend

Foi durante um dia de folga, no terraço dum café da Montanha Azul, que a vi pela primeira vez. Parecia muito feliz e estava linda, aliás, mil vezes mais deslumbrante que em todos aqueles famosos filmes e fotografias. Isto é, famosos ao menos para nós, seus conterrâneos, uma vez que, entre as dezenas de circunstantes, ninguém ali dava mostras de conhecer o significado da presença daquela mulher. Bem, por outro lado, talvez ela estivesse entre eles exatamente porque sabiam tratá-la da forma correta, ou seja, como amiga e companheira, como uma mulher entre as mulheres, como uma humana entre humanos. Uma vez atingido certo grau de autoconsciência, a visão de si mesma num pedestal não lhe poderia causar senão dor e vazio. E o tempo do pedestal há muito ficara para trás. Daí ela estar ali, bela e com o sorriso a expressar não a antiga volúpia, mas um convite ao verdadeiro amor. Seria alguém receptáculo desse amor? Uma esperança absurda brilhou em meu coração. Contudo, neste primeiro contato, limitei-me a acompanhá-la com o olhar − tentando não ser por ela flagrado − e a me certificar de que de fato ela era quem parecia ser.

Sim, era.

Kurt Vonnegut (1922-2007)

Caramba, estou me sentindo tão desinformado. 🙂 Kurt Vonnegut morreu dia 12 de Abril e só agora fiquei sabendo. (Ainda posso usar a produção do nosso curta-metragem como desculpa, mas um dia terei de arranjar uma outra.) Vou me abster de entrar em pormenores sobre esse cara. (Como diria a Hilda, informe-se.) Basta dizer que alguns de seus livros me fizeram dar muitas risadas. Um figura que, enquanto prisioneiro de guerra dos alemães, presenciou em terra o bombardeio de Dresden pelos aliados – bombardeio esse que matou entre 25.000 e 35.000 pessoas – só podia ou ficar louco ou desenvolver um estupendo senso de humor. Escolheu um pouquinho do primeiro e mais deste último. Bem, se tivesse transcendido também o humor, indo até as alturas da fé religiosa, talvez não tivesse tentado o suicídio em 1984, mas, enfim…

Tente imaginar um Luis Fernando Veríssimo norte-americano escrevendo paródias de ficção científica e novelas com personagens excêntricos em meio a situações surreias. É mais ou menos isso. Agora, tanto como o Veríssimo, bastava o cara falar de política para começar a emitir bobagens. Chegou a tecer elogios aos terroristas islâmicos, imagine. Sim, era esquerdista, participou da contra-cultura e tudo mais, ninguém é perfeito. Quem não o conhece, sugiro como leitura inicial “Pastelão ou Solitário Nunca Mais” (“Slapstick or Lonesome no more!“). É bom começar com essa maluquice hardcore. Mas não vá levá-lo muito a sério não, hem.

Ah, vale lembrar que No You Tube, há também muitas entrevistas com o figura. Veja esta no Daily Show, programa do John Stewart:

“O que realmente parece importante? Lutar de boa fé com o destino.”
Kurt Vonnegut

Fecharam a caixa de Pandora

E o site Pandora, único local onde eu realmente me dedicava a ouvir músicas, não é mais acessível a partir do Brasil. Hora de procurar um proxy
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P.S.: Olha só este site que descobri no Buteco da Net: SoundPedia. Vc irá não apenas ouvir CDs inteiros, mas também acompanhar as letras. Vamos ver por quanto tempo continuará disponível.

Lula e Chávez só diferem em grau

Muita gente anda acreditando que Lula e Chávez diferem em gênero, número e grau. Na verdade, a diferença está apenas neste último aspecto. As instituições e a visão liberal, no Brasil, estenderam ao longo da história raízes mais profundas do que na Venezuela. Daí o Lula não poder radicalizar de cara. Um leitor me enviou o email abaixo que traz a tradução dum trecho desta matéria da Agência Bolivariana de Noticias (entenderam? é da Venezuela, não é desinformação da CIA não):

Lula negou as especulações sobre um distanciamento do mandatário venezuelano, reafirmando o que o próprio Chávez já dissera durante o Fórum Social Mundial de 2004, pois ambos obedecem aos planos delineados pelo Foro de São Paulo, esta entidade que toda a mídia nacional e internacional esmera-se em ocultar a influência política e malignidade a todo o continente Latino Americano. Disse Lula em sua própria defesa e rafirmação dos laços que o unem indelevelmente ao mandatário venezuelano: “Chávez corre com um Fórmula 1 mais veloz que os nossos: ele vai a 300 quilômetros por hora e nós só podemos ir a 230 ou 270”, assinalando que “cada um trabalha com o tempo que seu próprio país permite”. Em outras palavras, ambos caminham no mesmo sentido e direção; apenas as circunstâncias aceleram ou retardam o processo de comunização rumo à Pátria Grande.

É preocupante essa indireta, DIRETA! (Bobby Grouver)

Saída de emergência

Caramba, tive de subir quase todos os arquivos de áudio do nosso podcast para o Archive.org ou, do contrário, ficaríamos com o site bloqueado. Depois que saiu a matéria sobre podcasts literários no Portal Literal, a taxa de consumo de banda do Karaloka subiu às alturas. Nesse aspecto, apenas os primeiros dois dias de Maio já bateram todo o mês de Abril!! Dá pra imaginar? Se não dá, veja: uma página deste blog tem, em média, entre 60Kb e 100Kb de dados; o podcast possui arquivos que variam de 5Mb a 40Mb. Os dois Loudmess, do Paulo Paiva, tem 37Mb cada um. Ou seja, uma única pessoa que por ventura ouça um deles equivale a 616 pessoas lendo uma página de 60Kb. Sacou? Podcast é bacana, mas não vale a pena hospedar os arquivos mp3 no nosso site não. E olha que nosso limite de transferência de dados é de 40Gb. Na velocidade que a coisa ia não chegaríamos nem ao final desta semana…

Bom, aproveitei o ensejo e dei uma atualizada no podcast, que estava sem a entrevista que fiz com o André Abujamra e o mais recente bate-papo com o Olavo de Carvalho.
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Podcast no You Tube

Eu sei que o som pode não ficar dos melhores, mas a melhor maneira de divulgar seu podcast é, segundo minha própria experiência, colocando-o no You Tube. Não há como fugir deste fato: as pessoas valorizam, em primeiro lugar, aquilo que tocam com os olhos. Por isso, o You Tube é, digamos, o mainstream da web2.0. Os podcasts que venho colocando no You Tube, em companhia de apenas dois vídeos, já foram ouvidos, do final do ano passado até hoje, 63.375 vezes. Se eu dependesse apenas do Odeo, por exemplo, que é um dos melhores sites para podcast que conheço, o meu Segundo Bate-papo com Olavo de Carvalho teria sido ouvido apenas 111 vezes. Mas, no You Tube, o mesmo bate-papo já foi ouvido 16.272 vezes. Deu pra notar a diferença? É uma forma de o som pegar carona na fixação que todos têm pela imagem. Os sites de podcasts não são tão acessados. E as pessoas não se incomodam se visualmente o podcast travestido de vídeo apresenta apenas fotos e ilustrações. Se o assunto for interessante, irão ouvi-lo. E sempre se pode, ao invés de se colocar imagens ilustrativas, usar a parte visual para divulgar o link do podcast original. E se alguém reclamar que não pode baixar o arquivo, disponha os arquivos de áudio através do Archive.org, conforme venho fazendo.

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