Setembro e Outubro são os meses em que as cigarras e grilos enlouquecem no Centro-oeste do Brasil. E, caso você se coloque em meio à orquestra, enlouquece junto.
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Setembro e Outubro são os meses em que as cigarras e grilos enlouquecem no Centro-oeste do Brasil. E, caso você se coloque em meio à orquestra, enlouquece junto.
“Outro dia eu até me lembrei da promessa de campanha do Lula. Ele pode até ter criado dez milhões de empregos. Só que foi na China e não aqui. Caímos numa verdadeira arapuca.”
Rodrigo Loures, presidente da federação industrial paranaense, em entrevista à Isto É Dinheiro Nº471
No dia 15 de Setembro, a jornalista italiana Oriana Fallaci encerrou sua missão: partiu desta pra melhor. Bom, melhor em termos, vá lá saber o que é o pós-vida de uma atéia honesta e corajosa, talvez ela preferisse ter deixado de existir, sei lá, mas… enfim, a mulher trabalhou muito por aqui entrevistando, conforme diz a revista Época citando a própria, “os filhos da puta estúpidos que mandam em nossas vidas”. (Faltou entrevistar o Chávez e o Lula, provavelmente.) Eu a li pela primeira vez ainda garoto graças à coleção de revistas Playboy que meu pai mantinha. Sempre que rolava uma entrevista com algum ditador, terrorista, líder revolucionário, aiatolá e assim por diante, lá estava a assinatura dela: Oriana Fallaci. Uma mulher de fibra que, ainda pré-adolescente, participou da resistência florentina contra os alemães na Segunda Guerra. Indignada com a violência e com os ataques à liberdade, tornou-se correspondente de guerra e, por fim, uma entrevistadora que parecia jogar pimenta na cara dos entrevistados. Há uma entrevista com ela, na revista Época, concedida ao jornalista dinamarquês Flemming Rose, o editor do Jyllands-Posten, o mesmo que lançou o concurso de caricaturas de Maomé. Sim, porque seus últimos três livros são alertas contra a islamização da Europa que, conforme me disse o Olavo de Carvalho outro dia, foi prevista por Frithjof Shuon, discípulo de René Guénon, ainda no início do século XX. (Citei alguns dos artigos da Oriana sobre o mesmo tema, por ocasião dum comentário do jornalista Janer Cristaldo.) Bom, leia este trecho da entrevista publicada pela revista Época:
Rose – Você se encontrou com o Papa Bento XVI no ano passado. Sobre o que vocês conversaram?
O mais interessante do Second Life não é o que ele é hoje mas o que ele será amanhã. Com o avanço da tecnologia e a aceleração do tráfego de dados, num futuro não muito distante, essa realidade virtual mostrará sua face revolucionária. A internet nunca mais será a mesma. (Voltarei mais vezes a essa questão.)
Muita “gente graúda” já percebeu isso e está criando sua própria região no Scond Life, tal como a New York Law School, que construiu uma réplica da Suprema Corte dos EUA, um anfiteatro/cinema, afora outras coisas.
Quem já assistiu ao filme Guerra nas Estrelas, ou à saga Matrix, sabe que os Jedi e os combatentes de Zion fazem reuniões às quais comparecem virtualmente. (Os Jedi aparecem como hologramas.) É o que ocorre no Second Life. Cada personagem que vemos é o avatar de alguém que realmente existe em algum lugar do mundo. Não é um vídeo-game. Por isso, a New YorK Law School está levando a coisa a sério e planejando para breve palestras e debates em seu anfiteatro, abertas ao público em geral, assim como a apresentação de filmes, que defendam a liberdade e a democracia.
Algumas imagens:
O governo boliviano deu uma leve recuada em suas ofensivas contra a Petrobrás nos últimos dias. (Por enquanto.) Indagado a respeito pela Agência Estado (li no jornal O Popular), o ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas, saiu-se com uma pérola:
AE: A eleição presidencial no Brasil de alguma forma influenciou esse processo de nacionalização?
Villegas: Sim. Compreendemos que o Brasil está num processo eleitoral. Nós, como governo, alentamos que ganhe o presidente Lula. Não somente para a Bolívia, mas para a América Latina. Isso é importante.
Alguém ainda duvida que essa gente é toda ela farinha, digo, cocaína do mesmo saco? Com este post, inauguro a tag “América Latrina”.
Do meu amigo José Luis Mora Fuentes, responsável pela Instituição Hilda Hilst:
A Casa do Sol, sede da Instituição Hilda Hilst, foi construída pela escritora em 1966. Trata-se de uma construção diferenciada, estilo colonial mineiro, com 700m2, rodeada por árvores e um paisagismo diferenciado num terreno de 12.000m2. Foi aí que a escritora viveu por quase quarenta anos e onde realizou praticamente 80% do seu trabalho.
É Patrimônio Cultural que deve ser preservado.PARTE DA MADEIRA E MÓVEIS QUE COMPÕE A CASA DO SOL VEM SENDO DEVORADA POR… CUPINS!
Conforme comentei, essa pressão do Ministério Público sobre o Orkut e a Google poderia não visar apenas combater crimes, mas iniciar uma caça às bruxas contra o pensamento discordante, isto é, tornar-se pura ação totalitarista. Quem não quis apoiar a Google, a liberdade de expressão e de opinião, agora poderá ter dificuldades para reclamar. Os totalitaristas começaram a mexer em seus (nossos) direitos digitais. (O Alerta Total já tinha avisado que a Polícia Federal estava de olho na comunidade Fora Lula 2006.) Ou terão sido hackers? Não parece, mas a verdade é que até agora ninguém se pronunciou. Veja esta matéria:
Comunidades somem do Orkut sem deixar rastros
Bastou uma madrugada e pronto. Pelo menos dez grandes comunidades do Orkut foram apagadas, sem explicação. A maioria tratava de temas políticos e era relacionada à oposição.
A maior de todas as comunidades varridas da rede na madrugada de sábado, a “Fora Lula 2006”, tinha 180 mil integrantes. Diferentemente do costume em casos assim, nenhum grupo de “defacers” (hackers que desfiguram páginas) assumiu a autoria da ação.
“Foi um ataque à liberdade de expressão”, afirmou ao G1 o publicitário Fernando Nascimento, 21 anos, criador e moderador da “Fora Lula 2006”. “Já sabia que isso poderia acontecer, não fui pego de surpresa”, completou.
O moderador da também apagada “Serra 45”, Thierry Besse, 21 anos, teve o próprio perfil apagado. A comunidade que ele mantinha, com 11 mil participantes, sumiu. Para Thierry, que é filiado ao PSDB, os ataques tem caráter criminoso.
O rol de comunidades apagadas não inclui apenas aquelas de aspecto político-ideológico (como “Heloísa Helena Presidente”, “Mamãe, eu sou reaça”, “Olavo de Carvalho”, “PSDB Nunca Mais” e “Anti-PT”), mas também outras que tratam de cerveja (“Kaiser” e “Skol”) e confissões (“No Escuro”), entre outros temas menos cotados. Os grupos mais populares já começaram a ser reconstruídos. Do zero.
Borracha no Orkut
Uma comunidade do Orkut pode ser apagada de duas maneiras. A primeira depende da ação do próprio moderador. A segunda, da administração do site que, por solicitação dos usuários, barra conteúdo ofensivo.
Os representantes do Google não foram encontrados para comentar esta reportagem.
Veja abaixo a lista das comunidades apagadas do Orkut:
Acabo de chegar duma baita caminhada após ter deixado o carro sem combustível numa esquina qualquer dessa cidade. (Nunca ande ao mesmo tempo sem dinheiro e com o marcador escangalhado, um dia sua intuição irá falhar.) A caminhada numa cidade brasileira ordinária traz sempre a mesma paisagem entediante, por mais zen que você seja e por mais que acredite, como Thoreau, que não há lugar deserto o bastante para o poeta. Pouco importa: se você não está numa praia do Rio de Janeiro, no centro antigo de São Paulo, Salvador ou em algum lugar como Ouro Preto, Trancoso ou Parati, desista, entregue-se ao seu ócio locomotico e tente não dormir enquanto caminha, o que, aliás, teria sido excelente hoje. Bocejei tantas vezes que comecei a rir comigo mesmo, imaginando que seria ótimo ter um piloto automático atrás da nuca. Tudo isso porque buscava a terra perdida do Citybank, onde eu deveria – mas não consegui – receber minha grana da publicidade da Google. Não consegui pois, segundo o porteiro do prédio, a atual localização desse banco é um “mistério”. E ele tem razão: até a lista telefônica online traz o endereço e o telefone errados. É nessas horas que a gente fica com vontade de sair divulgando, a plenos pulmões, aquele filme do Mel Brooks: Que droga de vida! Contudo, ainda resta uma esperança. Se o Indiana Jones encontrou a Arca da Aliança, por que eu não poderia encontrar o Citybank? Um dia eu chego lá. Sim, um dia.
Outro pensamento que me assolou durante todo o trajeto foi: qual será a resolução do mundo? Digo, a resolução gráfica, porque é tudo tão bem definido. A gente vê os mínimos detalhes das flores e das árvores, uma coisa fascinante.
Cada vez que vejo a Heloísa Helena, sinto exatamente as mesmas náuseas que sentia quando entrava uma comissãozinha do DCE na sala de aula, lá na UnB, com ao menos três estudantes metidos em camisetas do PT ou do PC do B. A conversa deles era – e ainda deve ser – exatamente a mesma dessa figura dinossáurica. Sempre a mesma “inteligência emocional” escondendo a velha e horrorosa “burrice intelectual”. Uma figura que só vive de impressões e percepçõezinhas, enfim. Por mais corretas e exatas que estas sejam, não darão em nada. Bem, por outro lado, como sinto coisas piores ao ouvir o Lula – aliás, cá entre nós, sempre tenho vontade de seguir à risca o conselho da banda punk Os Garotos Podres e, enquanto de paletó e gravata o presidente sobe no palanque pra tentar enganar todo mundo, ir fazer cocô – enfim, por outro lado, não posso deixar de citar a eterna presidente de DCE Heloísa Helena (claro, apenas suas agudas percepções, suas soluções seriam muito piores do que o atual estado de coisas):
“Eu não tenho dúvida de que o presidente Lula é o grande comandante dessa estrutura, que é uma organização criminosa, capaz de roubar, matar e liquidar quem pela frente passar, ameaçando seu projeto de poder”, disse Heloísa, após encontro com lideranças da Força Sindical, em São Paulo.
Na opinião da candidata do PSOL, uma vitória de Lula – como indicam as pesquisas – além de legitimar a corrupção, mostraria a fragilidade da nossa democracia. “Para mim, o banditismo político ganhar a eleição é um mecanismo de golpismo da democracia frágil representativa brasileira”, afirmou.
Segundo o excelente critério utilizado pelo Paulo Paiva para avaliar esquerdistas de bom coração, eu diria que a Heloísa Helena levaria uns três anos para sucumbir ao Estado revolucionário e ir para o paredão. Não porque ela seja uma figura assim tão utopista, mas porque é “nordestina, sertaneja, mãe, mulher macho”, sim senhor. Resistiria uns três anos, sim, como quem perambula pelos sertões ideológicos do poder totalitário, sem água que sacie a consciência, mas com a mesma perseverança cega que leva o pobre retirante às periferias da cidade grande e a seus paredões de concreto. Heloísa Helena é antes de tudo uma forte. Pena que seja tão fraca da cabeça…
No último final de semana, enquanto eu discutia a relação com Pelagia, my wife – além de bons argumentos tive de usar dos meus poderes de metamorfose e provar que sou apenas um príncipe convertido em sapo (e não o contrário) – recebi uma mensagem do Daniel Ahmed, avatar do colaborador deste blog, o professor de filosofia Daniel Christino. Depois de acertar nossas diferenças – Pelagia perdoou minha infidelidade e reatamos – fui me encontrar com Ahmed que, segundo imaginei, deveria estar em algum anfiteatro grego dialogando socraticamente com algum alemão. Qual nada! Ele estava no Barbie Club – acho que é esse o nome – dialogando platonicamente com uma stripper norte-americana. Veja as fotos do nosso primeiro encontro:
Quem conhece o Daniel Christino – tal como o Yuri Vieira – verá que há grande semelhança entre ele e seu avatar. Veja mais de perto:
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