blog do escritor yuri vieira e convidados...

Autor: yuri vieira Page 56 of 107

Natalie Portman

Eis a entrevista da linda, talentosa, inteligente, cheia de humor e sortuda Natalie Portman no Inside the Actors Studio.

Veja abaixo a segunda e a terceira parte.

Sílvio Pereira: “Eles vão me matar”

Da Gazeta do Povo:

O ex-secretário-geral do Partido dos Trabalhadores, Silvio Pereira, um dos principais acusados de montar o esquema do PT nas campanhas eleitorais e no governo Lula, finalmente falou. Depois de um ano calado, ele deu uma entrevista em que revela detalhes do esquema e afirma que o publicitário Marcos Valério pretendia arrecadar R$ 1 bilhão nas suas articulações políticas e empresariais que são alvo de investigação. O jornalista Jorge Bastos Moreno revela no seu blog na Globo.com, a entrevista feita pela jornalista Soraya Aggege que será publicada neste domingo pelo jornal O Globo.

Silvio Pereira afirma que o PT se recusou a ouvi-lo e ele estaria disposto a contar tudo. “Talvez já saibam”, disse à jornalista em uma entrevista de oito horas de duração. Mas depois de contar muita coisa, o ex-petista parece ter se arrependido e num acesso de fúria ou de temor passou destruir o apartamento em que mora, em São Paulo, e a dizer que iria ser assassinado. “Eles vão me matar”, chegou a dizer, descontrolado.

(…)

“Silvio afirma que existem outros partidos envolvidos e que “há cem Marcos Valérios por trás do Marcos Valério”, dizendo acreditar que o esquema todo pode ter voltado a funcionar, já que, apesar das CPIs, as estruturas de corrupção não foram modificadas.

Alerta Total

Esse podcast é muito interessante e muito bem feito. Pena que o fato de o jornalista Jorge Serrão ser “vice-presidente e um dos 13 membros da Confraria do Garoto, entidade guardiã da tradição cultural e protetora do bom humor carioca” arranhe ligeiramente nossa confiança nas tais “informações de bastidores”. Seu blog Alerta Total, por exemplo, traz notícias excitantes, tais como esta: Casa Branca teme que Brasil adote “chavismo” caso reeleja o PT, e Direção de Inteligência revela que Lula corre risco de impeachment.

    Eis um dos programas:
    [audio:http://podcast.br.inter.net/podcast/alertatotal/public/alertatotal05maio2_thumb.mp3]

Carlos Vereza no Jô Soares

Pois é, só agora os artistas, os verdadeiros formadores de opinião da massa maria-vai-com-as-outras, começaram a abrir a boca. Christiane Torloni, Lima Duarte, Ana Carolina e agora Carlos Vereza. E é claro que a massa, conforme seu costume, não atira mais pedras nos críticos, afinal, o óbvio em pessoa resolveu esfregar-se em sua cara. Agora a massa aplaude. (A massa com um mínimo de informação, obviamente.) Como diz o Mainardi, perdeu a graça meter o pau no Lula. Ao menos também tive, logo no início, meu próprio ataque de Regina de Duarte. Ou de Olavo de Carvalho, se preferir. Eu prefiro.

Intervalo Comercial 2


    Super8 Motel

(Clique na imagem para ampliar.)

“Tem de fechar esse Congresso!”

Cada vez que ouço, na rua, alguém descomendo essa frase, sinto um calafrio sinistro. Nos últimos três meses, já a ouvi diversas vezes na boca de diferentes pessoas, em geral gente honesta, trabalhadora e séria. Hoje, por exemplo, meu pai a repetiu para mim pela terceira vez, e isso contando desde o início do famigerado Mensalão. Meu pai, um cara do bem. Nessas horas, meu lado Mister Hyde fica imediatamente paranóico, imaginando uma reunião de cúpula (ou de cópula) entre o antigo “Núcleo Pau Duro” do PT que, visando foder com a casa dos sei lá quantos picaretas (vide Lula), planeja e executa uma maneira genial de mergulhar o Congresso ainda mais na lama, corrompendo-o de forma inaudita e, em seguida, deixando vazar as informações. O povo fica tão anestesiado com as notícias que acaba acreditando que o melhor mesmo é chutar o pau da barraca legislativa. E, como o Bob Lula Bunda Quadrada é santo, iluminado, inocente, puro, um verdadeiro Jamanta, que não sabe de nada, é reeleito, sentindo-se então de posse da autoridade necessária para fechar o Congresso Nacional e iniciar a terceira proto-ditadura da América do Sul…

Ah, como já dizia uma das formas do Pai Nosso ensinada pelo Mestre aos seus apóstolos, Senhor, no nos dejes errar por los perversos caminos de nuestra imaginación

“Brasileiro é tão bonzinho!”

No final dos anos 70 e começo dos 80, havia um programa humorístico chamado “O Planeta dos Homens” – com Jô Soares, Agildo Ribeiro, Paulo Silvino e outros – que continha um esquete em que a lindíssima atriz norte-americana Kate Lyra, esposa do compositor Carlos Lyra, era sempre, por um motivo ou outro, ajudada por um marmanjo cheio de segundas intenções para com aquela linda e apetitosa mulher. Ela invariavelmente agradecia com o bordão: “Brasileiro é tão bonzinho!” Algo me diz que esse juízo se encaixa muito bem no Lula, quem, após ser assaltado pelo proto-ditador boliviano, Evo Morales, ainda sai dizendo por aí que irá investir na Bolívia. “Precisamos ser carinhosos”, disse ele num discurso. (!!!)

A única diferença entre Lula e seus precursores bonzinhos é que, a princípio, não se percebe exatamente quem é que nosso presidente pretende comer. O gás da Bolívia? O Evo Morales? Os bolivianos? A Petrobrás? Não, não, não. O Lula só quer mesmo é continuar comendo a rodela do povo brasileiro. Isso é óbvio, afinal quem é que banca os delírios de poder desse imbecil totalitarista? Como é possível um presidente da República, depois de a Petrobrás investir milhões de dólares aí no vizinho, achar lindo uma quebra de contrato? De fato isso é que é colocar a ideologia socialista nas nuvens. Pra ele, tanto faz. O Estado já havia mesmo roubado diversos poços de petróleo particulares durante a Era Vargas com eles criando a Petrobrás. Se esta estatal agora é roubada pelo Estado vizinho, ora, foda-se, nosso povo arcará novamente com os prejuízos, sempre foi assim e assim continuará sendo.

Pelo amor de Deus, gente, cadê o impeachment desse filho da truta?

J. Toledo is here

Não sei se a galera já percebeu, mas temos um novo colaborador no Garganta: o escritor, jornalista, artista plástico e fotógrafo paulistano J. Toledo, cronista do jornal Correio Popular de Campinas-SP. Toledo é autor da biografia Flávio de Carvalho – o comedor de emoções; do Dicionário de Suicidas Ilustres (para o qual eu e a Hilda Hilst contribuímos com o verbete sobre Mishima); das coletâneas de crônicas A Divina com mídia – crônicas bizantinas, Espiões da cidade e, publicado este ano pela Record, Dois uísques em Cafarnaum. O Toledo também assina a foto da Hilda com o dedo médio em riste na primeira página do site oficial dela. Enfim, o cara é excelente, ótimo papo e super gaiato. Eu e a Hilda costumávamos ler suas crônicas e telefonar para ele quase toda manhã. Juntamente com o Mora Fuentes, o Toledo era o Prozac dela.

    [audio:http://blog.karaloka.net/wp-content/uploads/2006/05/eu_e_toledo.mp3]

Seja bem-vindo, Toledo.

Malhando atores

Outro dia, zapeando, dei de cara com a Cláudia Ohana naquela novela Malhação. Já tinha visto a Lucélia Santos e o André de Biasi ali, o que me pareceu bem surreal para estes intérpretes de antigos personagens de sucesso. Algo me diz que esse programa é uma espécie de reciclagem – bem, reciclagem é um eufemismo para castigo, mas vá lá, ce entendeu – reciclagem para atores que ficaram muito tempo longe da Globo. É um castigo certamente bem remunerado, mas ficam lá, sendo malhados pelos egões dos atorzinhos novatos e, claro, daí o título da novela: Malhação. Dureza, hem.

Discurso do ministro Marco Aurélio

Eis o discurso do ministro Marco Aurélio de Mello na solenidade de posse como presidente do TSE (via Primeira Leitura):

(…)

Senhores e senhoras, em face da liturgia desta solenidade e para que, juntamente com a nominata e os discursos proferidos, fique nos anais da Corte, devo veicular, ante a expectativa geral, nesta data de sintomática coincidência – dia 4 do mês 5 do sexto ano do segundo milênio -, uma mensagem. Serei breve, mas, mesmo assim, peço a benevolência dos ouvintes e, mais do que isso, a reflexão de todos sobre o que tenho a dizer.

Infelizmente, vivenciamos tempos muito estranhos, em que se tornou lugar-comum falar dos descalabros que, envolvendo a vida pública, infiltraram na população brasileira – composta, na maior parte, de gente ordeira e honesta – um misto de revolta, desprezo e até mesmo repugnância. São tantas e tão deslavadas as mentiras, tão grosseiras as justificativas, tão grande a falta de escrúpulos que já não se pode cogitar somente de uma crise de valores, senão de um fosso moral e ético que parece dividir o País em dois segmentos estanques – o da corrupção, seduzido pelo projeto de alcançar o poder de uma forma ilimitada e duradoura, e o da grande massa comandada que, apesar do mau exemplo, esforça-se para sobreviver e progredir.

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