blog do escritor yuri vieira e convidados...

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Google e sua biblioteca virtual

A Google está enfrentando resistências em sua empreitada de escanear TODOS os livros das bibliotecas de Harvard, Michigan e Stanford, incluindo os protegidos por Copyright. Adiaram até Novembro a retomada dessa tarefa que poderá durar cinco anos. Pretendem botar tudo na internet, sem esquecer, é claro, de acrescentar seus conhecidos anúncios publicitários. As editoras, com razão, não estão gostando da idéia de serem excluídas da partilha dos lucros. Espero que façam acordo. Seria um upgrade e tanto à internet. Já imaginou? Poder consultar os livros de uma das maiores bibliotecas do mundo? Puts.

Concretismo

Concretismo é o Playmobil da literatura. Qualquer um que venha a abandonar a infância mental põe a um lado esse brinquedo, ao menos como coisa séria que se assine e imprima. Mas não vou mergulhar no mérito dessa questão. Leia Os Sapos de Ontem, do Bruno Tolentino. (Resposta aberta a um bom amigo.)

O Caderno Rosa

Lori Lamby
Esta é minha ilustração predileta, criada pelo Millôr Fernandes, para O Caderno Rosa de Lori Lamby, da Hilda.

Depoimento sobre Hilda Hilst

Eu estava enrolando tanto (desde Maio) para responder às perguntas da jornalista Laura Folgueira, a respeito da minha amizade com Hilda Hilst, que acabei decidindo não fazê-lo por escrito — o que é muito trabalhoso e repetitivo, para mim, e conveniente, para a jornalista — mas através duma gravação em áudio. O arquivo MP3 referente à primeira pergunta pode ser baixado no meu audioblog. Responderei às demais assim que possível.

Ecce femina…

Doutora Luciana Magalhães

Vinícius de Oliveira, um leitor, me enviou o conto abaixo dentro do espírito da Tragicomédia Acadêmica. Eis como ele o apresenta: “Li sua tragicomédia acadêmica e devo confessar que nunca ri tanto lendo contos. Estudo também em uma Universidade Federal e sei muito bem o que você ironizava nos seus contos. Aproveito para te apresentar um conto meu também sobre a tragicomédia acadêmica, inspirado numa personagem real da minha instituição”.

Primeira Leitura e Olavo

O site Primeira Leitura continua sendo a melhor fonte de informações para acompanhar o desenrolar dessa crise política protagonizada pelo… LULA!! (Pensou que eu diria PT ou Dirceu, né. Não, o títere do Foro de São Paulo certamente tem o rabo preso.) E os livros O Jardim das Aflições e A Nova Era e a Revolução Cultural, do Olavo de Carvalho, são a melhor forma de entender a verdadeira natureza do problema. (O buraco é muuuuuito mais embaixo. E a saída é beeeeem mais em cima.) E usarei novamente o único argumento que conseguiu convencer um amigo a ler o Olavo: quem quiser entender essa crise, sem ler esses livros, é mulher do padre…

Olavo de Carvalho é genial, ponto

Olavo de Carvalho

Graças à gentileza de sua filha Maria Inês e à do próprio Olavo de Carvalho, pude assistir, há cinco anos, a duas e apenas duas de suas aulas para logo concluir: esse cara é o professor que, sem sucesso, busquei anos a fio por todos os cursos universitários em que estive matriculado. Sim. Na universidade, há sempre pós-graduados, mestres e doutores em algo, mas nunca Mestres de fato. E a vida do Olavo de Carvalho se encaixa perfeitamente no conceito de genialidade de Oswald Spengler — “a força fecundante do varão que ilumina toda uma época” — e no de guru dos indianos, onde “gu” é trevas e “ru”, o que dissipa. Olavo é um dissipador de trevas e isto ficou patente após ler oito de seus livros: “O Jardim das Aflições”, “O Imbecil Coletivo: Atualidades Inculturais Brasileiras”, “A Nova Era e a Revolução Cultural”, “Fronteiras da Tradição”, “Aristóteles em nova perspectiva”, “Os gêneros literários”, “Astrologia e religião” e “Símbolos e Mitos no Filme ‘O Silêncio dos Inocentes'”. (Conheça todos os livros.) Aliás, fiquei muito espantado quando descobri que ele assina boa parte dos melhores artigos publicados pela revista Planeta dos anos 1970, cuja coleção meu pai ainda mantém. Sem esquecer, é claro, sua tradução do livro “Tabu”, de Alan Watts, que marcou minha primeira juventude.

Por essas e outras, não posso deixar de rir ao me lembrar que, em 2000, na festa de aniversário de 70 anos da escritora Hilda Hilst, um casal de jornalistas da Agência Estado — amigos de um amigo próximo — ficou tentando me convencer de que Olavo é um representante do “mal absoluto”!  (Foi a expressão maniqueísta que eles usaram.) Eu olhava para os dois sem acreditar que alguém pudesse conceber tamanha bobagem, e o pior: sem nunca sequer terem lido um livro dele. E, por fim, vaticinaram: “Esse Olavo é um idiota que irá estragar todo o benefício que o PT prepara para o Brasil”. Ah, pensei, agora entendi tudo. Todos sabemos — e o Olavo já sabia desde meados dos anos 1990 — que benefício era esse.

(A propósito: Olavo é touro com ascendente em aquário, a mesma combinação astrológica da Hilda Hilst, escritora com quem mantive as conversas mais viajantes da minha vida.)

101 livros

Se você tem um amigo com a estante abarrotada de livros exclusivamente técnicos ou, pior, de livros bobos, ou simplesmente nada a ver, dê a ele esse guia da Super Interessante: 101 livros que mudaram a humanidade. Claro, O Cânone Ocidental, do Harold Bloom, embora trate exclusivamente de literatura, é mil vezes melhor, pois não se trata de um mero guia ao estilo “menu de restaurante”, senão de um excelente conjunto de ensaios. Mas para quem não sabe por onde começar…

Papillon, a grande farsa

Após ler meu conto Memórias da Ilha do Capeta, o internauta Platão Arantes me enviou o seguinte email:

Lendo seu conto sobre “A ilha do Capeta” e o seu comentário sobre Henri Charrière, quero informá-lo de que Henri Charrière jamais escreveu livros, ele se apropriou dos manuscritos de seu companheiro de prisão René Belbenoit, e, para dar-se a entender ter sido ele o autor, pagou para que outra pessoa os modificasse. Mas, ao se apresentar na França para promover o livro “Papillon”, entrou em muitas contradições, chegando ao desespero de afirmar que o livro era uma obra coletiva e que ele não vivenciara aqueles fatos.

Estou há 12 anos investigando esse assunto. Já publiquei dois livros: A Farsa de Um Papillon – A Historia Que A França Quer Esquecer , editado em 1999, e a continuação: Papillon O Homem Que Enganou O Mundo, editado em 2002. Continuo a investigar e em breve estarei reeditando “Papillon O Homem Que Enganou O Mundo”, que foi atualizado. Além de muitas fotos e documentos teremos os “laudos” de peritos da Suíça e da Policia Federal de Brasília, considerados os melhores da “América Latina”.

Já pensou? O primeiro tijolão que li – Papillon, o homem que fugiu do inferno – provavelmente não passa de um grande plágio. Isto é, Charrière, que viveu seus últimos dias na Venezuela, talvez devesse ter voltado para a cadeia…

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