blog do escritor yuri vieira e convidados...

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Aïnouz e Goiânia

Do Blog do Merten, crítico de cinema, no Portal Estadão, que está cobrindo o Festival de Tessalônica, na Grécia:

Soh reencontrei Karim [Aïnouz, diretor] hah pouco. Estah feliz da vida porque O Ceu de Suely ganhou o premio de direcao no recem encerrado Festival de Goiania. Nao eh soh o prestigio do premio, que cai bem face ao lancamento ainda recente, na sexta passada. O premio vem acompanhado de um cheque de R$ 20 mil e isso tambem conta pontos.

PS.:

O post do Merten é de segunda-feira

Olavo de Carvalho fala sobre Religião/B

Neste sexto podcast, “lado B“, Olavo discorre sobre os seguintes tópicos: pensamento epidérmico e pensamento profundo; diferença entre Deus e Alá; fraternidade; a conversão acentuadamente “civil” islâmica e a conversão estritamente espiritual cristã; o Verbo Divino; Fé e confiança; a conversão não é instantânea; a Salvação; o pensamento de Jacques Derrida como testemunho da perdição da alma; a Imortalidade; o Livro de Urântia (Urantia Book); a Bíblia e a literatura; a Bíblia como chave para interpretação da vida pessoal; alma fechada e alma aberta; a diferença entre o poeta e o louco; “Deus não é objeto para o pensamento”; “o desconstrucionismo, o marxismo e a psicanálise defendem-se da crítica tal como o faz o homossexualismo”; unidade planetária e globalização; abismos culturais; George Soros; “os quatro graus de credibilidade”; maturidade intelectual; uma dica de filme; o lançamento de sua rádio online.

    [audio:http://www.archive.org/download/Bate_papo_com_Olavo_de_Carvalho/olavo6ladoB_64kb.mp3]
Para baixar este arquivo, e os anteriores, visite o Archive.org.

Olavo de Carvalho fala sobre Religião e Sociedades Secretas

Neste sexto bate-papo (“lado A”), o filósofo Olavo de Carvalho discorre sobre os seguintes temas: Islã, Frithjof Schuon, religião comparada, judaísmo/hinduísmo/budismo, conceito de religião, revelação e doutrina, Cristianismo, o indivíduo, fé e crença, a filosofia perene, Martin Heidegger, religião evolutiva?, Islã e terrorismo, queda do Império Romano, os feudos, a Igreja Católica, racionalismo e moral cristã, Emmanuel Swedenborg, a Bíblia, ateus, sociedades secretas, Maçonaria, os Illuminati, René Guénon, o caos e a unidade do Islã, califado mundial, etc.

    [audio:http://www.archive.org/download/Bate_papo_com_Olavo_de_Carvalho/olavo6ladoA_64kb.mp3]
Para baixar este arquivo, e os anteriores, visite o Archive.org.

Frase de cinema — 26

aspas_vermelhas_abre.gif Fantasmas não choram aspas_vermelhas_fecha.gif

Carmen Maura para Penélope Cruz, em Volver (2006)

Boas Novas

A boa nova é que fazer um longa metragem pode não ser tão difícil quanto parece.

A má notícia é que ontem assisti a um dos piores filmes da minha vida e, como sou amigo, alertá-los-ei para que não incorram na mesma sessão de tortura.

A segunda má notícia é que fazer um BOM longa metragem talvez seja mesmo tão difícil quanto pareça.

Eu não gosto de fazer críticas destrutivas, especialmente ao cinema nacional. Pode ser um certo corporativismo, mas acho que é preciso estimular quem está fazendo. Neste caso, entretanto, está além da minha evolução espiritual. Como diabos este rapaz conseguiu dinheiro da Petrobrás – edital para longas de baixo orçamento – e de mecanismos de estímulo do Estado do Rio para produzir isso?

A sombra do Marilson

maratona.jpg

Uma coisa chata para os repórteres é conseguir dar uma cara nova a algo que parece “velho”. É que os fatos se repetem. Presidentes dizem o que já haviam dito antes, todo domingo tem jogo de futebol, sempre há um feriado prolongado e por aí vai. É a mesma coisa para os repórteres fotográficos. Fotos de futebol, do presidente ou trânsito quase sempre parecem as mesmas. Mas, às vezes, o cara (repórter ou fotógrafo) consegue fazer algo diferente. Como nesta foto do New York Times (por Vicente Laforet) da chegada da maratona de Nova York. Ficou bonito o recurso da sombra, mesmo não sendo novo.

Não a vi nos jornais brasileiros, mas compreendo que eles precisavam mostrar a cara do Marilson Gomes dos Santos, o brasileiro que venceu a prova. Acho até que o próprio NYT deve ter publicado outra mostrando seu rosto.

Programação da Semana

Minha programação esta semana no Festival de Cinema de Goiânia, com bastante expectativa, prioriza:

Antonia, filme de Tata Amaral, sobre quatro jovens cantoras negras da periferia de São Paulo que sonha em viver de música e a maneira pela qual seu cotidiano de pobreza, violência e machismo se confronta com esse sonho. O filme já gerou uma série, de mesmo nome, que estréia em breve na Rede Globo. Entre outros pontos a seu favor, Antonia, cujas quatro atrizes principais são efetivamente cantoras de rap da periferia de São Paulo que nunca tinham atuado antes, tem o nome de Sérgio Penna, como preparador de elenco, responsável, entre outro filmes por “Bicho de Sete Cabeças”, “Contra Todos” e “Batismo de Sangue”.

O Céu de Suely, de Karim Aynouz, diretor do espetacular “Madame Satã”. O filme, grande vencedor do Festival do Rio deste ano, conta a história do retorno ao interior do Ceará de Hermila, que viveu desde muito pequena em São Paulo. Lá, à espera de um marido que nunca chega e sufocada pela atmosfera da pequena cidade, ela acaba se prostituindo.

Cartola, documentário de Lírio Ferreira e Hilton Lacerda, sobre a vida e obra do genial sambista, uma dívida antiga do cinema nacional para com esta figura ímpar e de tamanha importância.

O Cheiro do Ralo

Esta semana, quem quiser me encontrar procure aqui.

Ontem, o Festival abriu com a apresentação do premiado “O Cheiro do Ralo”, filme do pernambucano Heitor Dhalia, estrelado por Selton Mello, grande vencedor do da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e agraciado com os prêmios Especial do Júri e de melhor ator no Festival do Rio deste ano.

O filme vem sendo bastante incensado e realmente tem muitas qualidades, mas, sorry modernos, em minha opinião, deixa a desejar pela ausência de uma trama, de uma história com começo, meio e fim e, sorry uma vez mais modernos, sem plot points, isto é, sem os pontos de virada na trama que conformam, via de regra, mas não de maneira exclusiva (discutamos isso em outro momento) quase todo bom roteiro. A velha estrutura do teatro grego que Hollywood industrializou e pasteurizou.

O filme é realmente engraçado em seu cinismo e humor negro e tem uma concepção visual muito bonita e bem trabalhada. Se encaixa numa certa tendência, não?, do encanto com a escatologia, o grotesco e o perverso, combinado com esse apuro estético, com revalorização do kitsch e do obsoleto, do universo urbano decadente e do underground – de imediato, nacionalmente, me vêm à cabeça outro pernambucano, Cláudio Assis, com “Amarelo Manga” e o próprio Dhalia com “Nina”, seu filme de estréia. Todos evidentemente, em termos cinematográficos, bebendo na fonte do mestre Tarantino e, nas demais artes, de Bukowski, Robert Crumb e outros.

Eu gosto muito quando a arte explora o estacatológico, o grotesco e o bizarro – esta é nossa salvação – e gostei bastante de “O Cheiro do Ralo”, mas, no cinema, acho que não basta exibir este mundo semi-escuro, é preciso contextualizá-lo. E é isto que falta ao filme.

2 sofás

sofa.jpg

Avenida Paulo VI, no Sumaré (zona oeste de São Paulo), por volta das 15 horas de hoje.

Melhor sem o fim

infiltrados.jpgTenso, muito tenso. Tensão de primeira mesmo. Mas o final… O final — isto é, como toda aquela tensão é concluída —estraga tudo. A última cena, última mesmo, antes de entrarem os créditos, é uma piadinha bem meia-boca.

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