blog do escritor yuri vieira e convidados...

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O louco da Coréia do Norte

O anti-americanismo é realmente uma atitude prodigiosa: a professora Eva Paulino Bueno chega a dizer que Kim Jong-Il, o líder norte-coreano, é admirável apenas porque é capaz de se fazer ouvir pelos EUA. (!) E para ela pouco importa se, para tanto, ele tenha de ser implacável com os opositores do regime, matar sua população de fome e ameaçar o Japão com uma bomba atômica. Agora raciocine. Quando você vê um vizinho esbravejando com um rifle nas mãos, é claro que você não irá discutir com ele de forma agressiva, afinal, o cara está fora de si. Você vai é ouvi-lo, responder-lhe melifluamente, enquanto por trás se prepara para dar o bote. Até parece que o Kim Jong-Il é realmente um “gênio” que cala o poderio americano. E, ao contrário do que a professora diz, não é por falta de petróleo que ele está seguro. As potências do Eixo não foram derrotadas por petróleo. Aliás, o problema do Kim Jong-Il é a solidão, ele é “so ronry”, “so ronery”, coitado. Fica tanto tempo sem receber afeto que acaba se achando um solitário no cume intocável da sabedoria e da iluminação. Como prova do que digo, eis este vídeo gravado pela CIA:

A propósito: o esqueleto boiando no aquário é do emissário da ONU e a estátua ao pé da escadaria é na verdade um ator real. Para ver mais, assista Team America: World Police, de Trey Parker (South Park). Um filme muito engraçado com ótimas canções. Aliás, algum filme possui uma cena de sexo melhor do que esta?

Move Over, by my sister

Karina Vieira, minha irmã, não irá gostar nada disso, mas eis sua interpretação de Move Over, imortalizada por Janis Joplin. A gravação é de 1999, ou talvez 2000, e foi produzida, mixada e finalizada pelo músico paulistano Paulo ElKhouri. (Talvez o Paulo tampouco curta a divulgação deste mp3, pois ambos são perfeccionistas, acham que não está lá essas coisas… mas, como não sou especialista, para mim está é muito bom.) Acho que os amigos e parentes só reconhecerão minha irmã pela risada…

    [audio:http://karaloka.net/audio/audio/moveover_karina.mp3]

Siga a bolinha luminosa:


“Move Over”

You say that it’s over baby, Lord,
You say that it’s over now,
But still you hang around me, come on,
Won’t you move over.

Os dois Estados Unidos de Truman Capote

Diferentemente de até bem pouco tempo, eu hoje tenho grande vontade de voltar aos Estados Unidos. Este desejo acaba de receber uma boa dose de reforço com a conclusão da leitura de “In Cold Blood”, a célebre “novela de não-ficção” do mestre Truman Capote.

Evito ao máximo ler traduções de livros publicados em línguas que domino. Como já exerci o ofício de tradutor, atento para e me irrito em excesso com os erros ou escolhas equivocadas de meus colegas. Além do fato óbvio de que o estilo de um mestre como Capote só pode ser integralmente apreciado no original.

Desta forma, comprei na Livraria Cultura uma edição paperback deste best-seller logo depois de assitir ao espectacular Capote, filme que rendeu o merecido Oscar de melhor ator a Philip Seymour Hoffman, e que conta a história do envolvimento do escritor com os fatos reais que inauguraram um novo gênero literário – o que se passou a designar como “non-fiction novel” – e geraram este livro que permanece como uma das grandes obras da literatura americana: o assassinato de uma próspera família numa comunidade rural do interior do estado do Kansas.

Do filme Waking Life

waking life

So I’m walking along, and Lady Gregory turns to me and says, “Let me explain to you the nature of the universe. Philip K. Dick is right about time, but he’s wrong that it’s 50 A.D. Actually, there’s only one instant, and it’s right now, and it’s eternity. And it’s an instant in which God is posing a question, and that question is basically, ‘Do you want to be one with eternity? Do you want to be in heaven?’ And we’re all saying, ‘No thank you. Not just yet.’ And so time actually is just this constant saying No to God’s invitation. That’s what time is, and it’s no more 50 A.D. than it’s 2001. There’s just this one instant, and that’s what we’re always in.” Then she tells me that actually, this is the narrative of everyone’s life. That behind the phenomenal differences, there is but one story, and that’s the story of moving from No to Yes. All of life is like, “No thank you, no thank you, no thank you,” then ultimately it’s, “Yes, I give in, yes, I accept, yes, I embrace.” That’s the journey. Everyone gets to Yes in the end, right?

(Waking Life, diálogo final.)

Yes, digo eu, totally right…

Frase de cinema – 12

God is a kid with an antfarm…

He´s not planning anything

Keanu Reeves em Constantine.

Aniversariantes de hoje

Hoje é aniversário do poeta Stefan George que, graças a um poema de sua autoria sobre o anticristo, convenceu ao Conde von Stauffenberg, ao irmão deste e a outros oficiais nazistas de que o dito cujo carcará sanguinolento não era outro senão seu próprio líder, Adolf Hitler. Daí para a idéia de assassinato e para o ato de colocar uma bomba no bunker em que o ditador participaria de uma reunião foi um pulinho. A explosão matou um oficial, mas a grossa mesa de madeira protegeu Hitler, que sofreu apenas algumas escoriações. Todos os conspiradores foram executados.

Também é aniversário do irmão Henry David Thoreau, escritor americano, autor de Walden e do ensaio sobre a Desobediência Civil. Foi um ferrenho defensor do libertarianismo, do individualismo sadio e, certa feita, após ser preso por não pagar impostos atrasados – o cara tinha uma birra enorme com o Estado – riu-se por achar ridícula a crença dos burocratas de que aquelas grades o privariam de sua liberdade interior. (Isso me lembra um caso que li no De Gustibus sobre um velhinha americana que preferiu ser presa a pagar um imposto territorial urbano que não era usado para melhorar de forma alguma sua própria rua. Deve ser descendente do Thoreau.) Thoreau é citado no filme Sociedade dos Poetas Mortos. Aliás, sempre achei incrível o fato de que estudantes universitários prefiram o alienado do Karl Marx a esse figura genial.

Alemanha X Grécia

Outro dia comentei por alto – no texto A Culpa é da Sociedade – sobre o filme Monty Python Live at the Hollywood Bowl. Esqueci de dizer que, entre os atos da apresentação, o grupo humorístico inglês projetava alguns curtas-metragens impagáveis. O Márcio Santana Sobrinho me enviou o link de um deles, veja:

Nelson Rodrigues e as mulheres

Eu sei que a citação é mais que batida. Mas dificilmente a ouvimos na voz do próprio autor.

    [audio:http://www.vozesbrasileiras.com.br/html/mp3/g/g-nelson_rodrigues.mp3]

(Valeu pela dica, Aryna.)

Frase de cinema — 11

aspas_vermelhas_abre.gif Tenho saudade do meu pai.

Tenho saudade de tudo… aspas_vermelhas_fecha.gif

Fernanda Montenegro, em Central do Brasil (1998)

O túnel

É ou não é uma alucinação razoável?

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