blog do escritor yuri vieira e convidados...

Categoria: Arte Page 53 of 112

DJ Rafa Moraes no Discofonia

Seleção do DJ Rafa Moraes. (Veja matéria no Electronic Brasil.) Para conhecer as faixas, visite o dono da fonte, isto é, o ótimo podcast Discofonia. (Eu ia comentar algumas letras, mas deixa pra lá, a música é muito boa.)

    [audio:http://media.libsyn.com/media/gwerneck/Nu_Jazz_Flavour_04_-_Rafa_Moraes.mp3]

O enigma da passividade

Nunca deixa de me espantar, por mais comum e generalizada que seja, a passividade das pessoas, que se deixam gratuitamente enrabar sem esboçar a mínima reação. A única explicação possível é a de que não se importam ou, mais provável, de que até gostem disso.

Ontem, superatrasados, fomos eu e Juliana finalmente assistir a X-Man 3. A projeção começa e os trailers são exibidos com um foco errático: a imagem ganhava e perdia nitidez todo o tempo. Paciência. Quem sabe, com o início do filme, a coisa se consertasse. Vem a atração principal e o problema persiste. Contrariada, Juliana se levanta e pacientemente vai do lado de fora da sala e chama a atenção de um funcionário. O foco de corrige, mas se sustenta por apenas alguns minutos, logo retornando ao padrão errático anterior. Como se não bastasse, com mais algum tempo, o som Dolby desaparece e somos obrigados a nos contentar com apenas as inaudíveis caixas de trás da tela. Tudo isso, fora o estado lamentável da cópia, absolutamente arranhada e repleta de problemas, resultado do tratamento porco dado por projecionistas porcos que não respeitam a sagrada matéria de seu trabalho: a película cinematográfica.

Desta vez, vou eu em busca de socorro. O problema no áudio não se corrige. Finalmente, com princípio de dor de cabeça, desistimos e pedimos nosso dinheiro de volta.

Me agride obviamente que alguém preste com a maior naturalidade e cara lavada um serviço tão porco, especialmente nessa arte que é também meu ofício e à qual me devoto com máxima delicadeza. Mas o que mais me espanta é que ninguém além de nós tenha esboçado qualquer reação a essa agressão e assalto às nossas carteiras. Fomos embora e outras 10 pessoas continuaram lá passivamente se deixando enrabar.

Por essas e outras, nutro pouquíssima esperança na espécie humana.

“Tutu” – Miles Davis


.

Frase de cinema — 10

aspas_vermelhas_abre.gif

— Are you alone, Mr. Gittes?

— Isn’t everybody?

aspas_vermelhas_fecha.gif

Jack Nicholson responde a ???, em Chinatown (1974)

O último espetáculo da diva

marilyrosa.gifmarilynlastsitting7.gifmarilynlastsitting2.gifMARILYN.jpeg

Estas fotos fazem parte de um ensaio do fotógrafo americano Bert Stern para a Vogue. Foram feitas poucos dias antes da morte de Marilyn, em 5 de agosto de 1962 — a revista as publicou no dia seguinte. Stern a fotografou num quarto de hotel, num clima de estúdio improvisado, e construiu imagens marcadas por muita sensualidade e espontaneidade, como se vê. As fotos pertencem a colecionadores privados. Valem hoje uma fortuna.

Uma curiosidade: marcas vermelhas foram feitas pela própria diva nos negativos das imagens que ela não aprovou.

A passagem dos anos

Taí um boa forma de apreciar a passagem dos anos.

100 filmes

Tempos atrás rolou uma brincadeira na rede na qual era preciso descobrir nomes de artistas ligados a uma gravadora — acho que era a Virgin — a partir de uma fotomontagem. Uma cobra branca, por exemplo, era a banda Whitesnake.

Agora está rolando outra, inspirada naquela, sobre filmes. São 100 ao todo. Aqui vai a foto para o caso de alguém quiser tentar (faça assim: deixe no comentário qual você descobriu). Só que é preciso lembrar que o nome do filme está em inglês (o IMDb, que se apresenta como o maior banco de dados sobre filmes na Terra, pode ser útil). Eu já recebi a foto com 60 nomes descobertos. Clique na imagem para ampliá-la.

Schopenhauer e os ideogramas

Já escrevi algumas vezes sobre o futuro dos ideogramas chineses, que certamente conquistarão todo o mundo. (Veja este artigo e estes posts:Pão em coreano e As línguas do futuro.) O que eu não sabia é que Schopenhauer já previra o mesmo há mais de um século:

Nós desprezamos os ideogramas chineses. No entanto, como a tarefa de toda escrita é evocar conceitos mediante sinais visíveis na mente alheia, apresentar à vista, em primeiro lugar, apenas um sinal equivalente ao sinal audível e fazer com que ele se transforme no único portador do próprio conceito representa, evidentemente, um grande desvio: com isso, nossa escrita por letras é apenas um sinal do sinal. Poderíamos então nos perguntar qual vantagem teria o sinal audível em relação àquele visível, a ponto de nos fazer deixar o caminho direto da vista à mente para tomar um desvio tão grande, como o de fazer o sinal visível falar à mente alheia apenas por meio do sinal audível; enquanto seria obviamente mais simples, à maneira dos chineses, fazer do sinal visível o portador direto do conceito, e não o mero sinal do som; tanto mais que o sentido da vista é sensível a modificações ainda mais numerosas e delicadas do que o da audição e, além disso, permite que as impressões sejam dispostas uma ao lado da outra, o que as afeições da audição, por sua vez, não são capazes de fazer, pois são dadas exclusivamente no tempo. Os motivos aqui indagados poderiam ser os seguintes:

Frase de cinema — 9

aspas_vermelhas_abre.gif Forget it, Jake. It’s Chinatown. aspas_vermelhas_fecha.gif

??? para Jack Nicholson, em Chinatown (1974)

Quatro a um

Brazil X Japan
Na foto, tirada minutos antes do início do jogo, torcedor japonês adepto da “tetomancia” prevê os dois gols gordos do Ronaldo…

Page 53 of 112

Desenvolvido em WordPress & Tema por Anders Norén