blog do escritor yuri vieira e convidados...

Categoria: meio ambiente

Patrulha Ideológica

Ontem, um comentário do Yuri no meu post sobre o portal Às Claras, me levou a chafurdar no estranho mundo da extrema-direita norte-americana e a pensar sobre como, nos extremos, as coisas se encontram.

O site Discover the Networks, cujo grande mentor é David Horowitz, ex-marxista convertido neoconservador, faz um mapeamento das conexões políticas e econômicas do que eles chamam de “esquerda americana”. Entre lá e digite “Bill Clinton”, “George Soros”, “Gore Vidal”, “Noam Chomsky” ou ainda qualquer nome de palestino conhecido em solo americano e descubra quem financia quem e quem é amigo de quem. Tirando o fato de que sempre alguém tem que me explicar o que é esquerda hoje em dia, saí tentando entender do que se tratava.

Meu primeiro artigo

Ainda revirando meus arquivos, que encontrei em duas caixas aqui em São Paulo, dou de cara com o exemplar do jornal no qual publiquei meu primeiro artigo: Gaya, Nuestra Diosa, pide auxilio. Trata-se obviamente dum reflexo da minha chatérrima fase ecoxiita, o que prova a meus amigos ecologistas que eu já era um agitador enquanto muitos deles agitavam chocalhos e, por isso, passada essa etapa de aborrescência mental, isto é, de agitação, ecologismos radicais e místicos já não me emocionam em nada. O jornal chama-se El Día e é o principal jornal da cidade de Latacunga, no Equador, onde fiz intercâmbio estudantil entre 1989 e 1990. (Não é chique? O primeiro texto que publiquei foi escrito originalmente em espanhol…)

Araponga

Dois dias em Brasília, onde voltei a ajudar o Pedro Novaes com seu documentário. Entrevistamos diversas figuras ligadas às questões ambientais e inclusive estive presente a uma reunião no Ministério do Meio Ambiente com representantes do Banco Mundial. (Logo eu que não represento absolutamente nada!) Vi que não era mentira: meu bróder Paulo Paiva, que expunha seu projeto eco-mirabolante, realmente é um engenheiro idealista! Mas o melhor mesmo foi rever o Maurinho Oliveira, amigo das antigas, do saudoso grupo Trilhas e Cavernas, que eu não encontrava havia uns dez anos, hoje assessor do João Paulo Capobianco, Secretário de Biodiversidade. Mas quando eu disse que estava na reunião como representante da Abin, o Maurinho acreditou! Pensou que eu realmente havia prestado concurso na tal Agência. E, se até ele engoliu, quantos mais não terão embarcado na piada? Aquele gordito grisalho que vezenquando me observava com o canto dos olhos? Desconfiaaado. Divertido com a situação, cheguei a simular uma troca de pastas enquanto o Paulo estava no banheiro do Ministério. Foi minha estréia oficial como agente secreto… deste blog!!

Carlos Miller

Ainda acho que falta uma cena no documentário do Pedro Novaes, uma cena ótima que gravamos com o Carlos Miller, proprietário da Fazenda e Pousada São Bento, na Chapada dos Veadeiros. (Para quem está por fora, o vídeo trata da difícil relação entre os Parques Nacionais e as populações do entorno.) Entre um e outro comentário – que condiziam com minhas próprias opiniões – Carlos Miller soltou uma pérola: “Esses ecologistas aparecem por aqui dando mil palpites, mas só conseguem mesmo reconhecer, em meio à natureza, os pés de maconha…” (Pedro, me corrija se a declaração estiver incorreta, cito de memória.)

Documentário

Ontem, o Pedro Novaes finalizou – com ajuda da Aline Nóbrega e pentelhação minha – a primeira versão, com vinte minutos, do documentário resultante da nossa viagem à Chapada dos Veadeiros. (A versão final incluirá outros dois parques nacionais.) Com argumento, direção e roteiro dele, devo dizer que ficou ótimo. O vídeo trata da relação difícil entre os Parques Nacionais, encabeçados pelo famigerado IBAMA, e a população do entorno. Há depoimentos bem interessantes. A tônica geral é: o povo reconhece a necessidade de se conservar o meio-ambiente, mas o Estado(IBAMA) não é lá muito aberto às necessidades e à opinião das populações locais. Bem, pelo menos é o que senti. O pedro certamente falaria melhor do assunto.

Em Alto Paraíso

Passei uma semana com meu amigo Pedro Novaes, na Chapada dos Veadeiros, rodando a primeira parte de um documentário idealizado por ele. Excelente viagem!

A ratazana

Falando em livros que não recomendo a ninguém, também quero desrecomendar A ratazana, um tijolo de mais de 400 páginas do Günter Grass, que li como quem curte uma azia ou uma má digestão. Fique longe dele, é muito pentelho. Vc encontrará apenas as meditações de uma ratazana a explicar por que os ratos herdaram a Terra dos malditos humanos. Parece interessante, mas não é. Os capítulos que narram os protestos dos personagens de contos de fadas – chapeuzinho vermelho, Lobo mau, João e Maria, etc. – contra a devastação ambiental da Floresta Negra, só pode empolgar mesmo a um militante do Green Peace. Não tem graça. Como alguém pode usar uma linguagem, que beira o desenho animado, sem humor? Tá doido, muito pé no saco. Anos atrás, assisti a uma adaptação do livro O Tambor, do mesmo autor. O filme é muito interessante, embora já não me lembre com muita exatidão das peripécias do tal garoto que não cresce. Já o livro, se for tão seco e teutônico quanto A ratazana, tampouco me interessa.

[Ouvindo: Stand by Me – The Beatles

Ecologistas

“Os ecologistas são marxistas reciclados.”
(Facundo Cabral)

Atitude

Quando vc estiver coçando, sem nada de melhor para fazer, entre nesta página e pesquise, no site da própria Câmara dos Deputados, o que esses figuras andam aprontando. Use palavras chave tais como tributos, crimes, desarmamento, meio-ambiente, etc. Veja então as loucuras que aparecem. Depois, pegue o telefone e disque 0800-619619 (isso mesmo, tel. da Câmara) e deixe registrado seu apoio ou rejeição aos projetos de lei, emendas, resoluções, denúncias, etc.

Novo camping selvagem

Nos anos 80 e começo dos 90, eu e alguns amigos costumávamos acampar em todo e qualquer lugar que nos dava na telha, tanto na praia quanto em cavernas, fazendas ou Parques. Na Chapada dos Veaderios – onde acampei pela primeira vez em 1986 – chegávamos a passar 15 dias andando para todos os lados, acampando onde quiséssemos, sem encontrar mais ninguém. Chamávamos isso de trekking ou camping selvagem. Fazíamos inclusive bivaque, dormindo ao relento.

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