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A morte morreu

Como não tenho palavras para descrever tamanha profundidade nos ensinamentos do Quiroga, limito-me a reproduzir a introdução de sua coluna de hoje no Estadão.

Morte e imortalidade

Quiroga, astro@o-quiroga.com

Data estelar: Sol, Vênus, Mercúrio, Marte e Júpiter transitam pelo signo de Escorpião. Lua cresce em Sagitário.

Enquanto isso, aqui na nave Terra o que de melhor se pode destilar desse veneno que nossa humanidade dissemina através de pensamentos e ações é a oportunidade de libertar-se do puxão para abaixo que os instintos animais provocam nela. Nessa experiência do vale profundo e sombrio ela se farta das ilusões que resultam em sofrimentos e horrores pois, ao tocar no fundo do poço, ela encontre impulso para atingir a iluminação. Tudo está preparado para isso, o que torna o momento extremamente auspicioso, a despeito das aparência. Entretanto, nada pode ser forçado, tudo precisa ser decidido livremente no âmbito íntimo do coração, pois dessa forma a porta por onde o Mal ingressa neste planeta será definitivamente selada e, matando a morte, nossa humanidade ingressará na imortalidade.

Pensando bem, não resisto a um comentário: te cuida, Zé Simão, pois a concorrência está brava!

Nóis sofre, mas nóis goza

A imprensa tradicional anda tão desprezada nessa era internética que vezenquando aparece uma revista ou um jornal se dando de graça para ex-assinantes, afinal, melhor tentar reconquistar o “freguês” do que virar papel reciclado. Primeiro foi a Isto É, agora é a Folha de São Paulo que retorna a esta casa. E eu, claro, salto as terríveis notícias sobre o grau de panaquice do brasileiro médio – que, segundo as pesquisas feitas na porta da Bolsa Família, pretende reeleger o Lula – e vou direto ao José Simão, que anda impagável…


Sábado 21/10

“Direto do país do pleito caído. (…) E o Lulalelé só repete: ‘o adversário só sabe vender; não sabe comprar’. Só o Lula sabe comprar: deputado, dossiê e avião! Rarará. E por que o Geraldo Picolé de Chuchu só repete: ‘Você, que está em casa! Você, que está em casa’. E quem está no motel? Tem tara pra tudo! ‘Meu bem, vamos assistir ao debate no motel?'”

“E a Madonna? A Madonna quer adotar um menino malauiano. Tá mais fácil adotar um goiano! E eu queria ser filho da Madonna. Primeiro pra chamar a Madonna de mamãe. E segundo que, se eu fosse filho da Madonna, ia mamar até os 15. Rarará!”

O cofre e o tempo

Quando meu tio morreu encontramos em seu quarto um cofre do qual não tinhamos conhecimento. Bem, meu pai tinha, mas nunca havia comentado nada. Meu tio era um recluso, excetuando sua certidão de nascimento não possuía nenhum outro documento (nem carteira de identidade, nem CPF, nem título de eleitor). No que diz respeito ao Estado, meu tio não existia. Também não conversava muito. Arredio, não se sentia confortável perto de muita gente. Possuia uma inteligência singular. Aprendeu sozinho a tocar clarineta e banbolim; também aprendeu a pintar (naïf) e consertar televisões por conta própria. Entre outras coisas encontradas no seu barracão, havia um livro de química muito antigo, escrito em francês, com receitas para coisas como pólvora e fogos de artifício. Não me lembro de vê-lo entabulando alguma discussão política ou econômica ou estética. Quando queria demonstrar carinho, nos convidava para passar a tarde com ele no trabalho e nos levava ao bar da esquina. “Peça o que quiser”, dizia. E eu: “Coca-Cola e pão de queijo”. Ficávamos sentados comendo em silêncio. Não foi surpresa, portanto, descobrir que nenhum de nós possuia o segredo daquele cofre.

Um bate-papo com Olavo de Carvalho (podcast)

Conforme prometi, eis meu primeiro podcast gravado em conjunto com o jornalista, escritor e filósofo Olavo de Carvalho. Vale lembrar que certos trechos mais apimentados e recheados com “insultos não fundamentados em fatos” foram excluídos, a pedido dele, em respeito ao ouvinte. Até o final da semana, publicarei outro bate-papo gravado logo após o debate entre Lula e Alckmin. Ah, vale lembrar: este arquivo tem uma duração aproximada de 46 minutos. (O arquivo também pode ser baixado através deste site.)

    [audio:http://www.archive.org/download/Bate_papo_com_Olavo_de_Carvalho/Olavo_09-10-06_64kb.mp3]

Mãe é mãe, piada é piada.

Olha, o Bruno Costa disse, com toda a propriedade, que a piada não diminui em nada as – como direi?? – capacidades totalitárias do PT. É verdade. Mas o Yuri parece ter levado para o lado pessoal um post endereçado exclusivamente a posicionamentos políticos impermeáveis ao bom senso. O meu argumento, brilhantemente ilustrado pelo caso da ONG plutônica, é o de que se vive um contexto de luta política e, neste caso, não há lá muita preocupação com o compreender. Há, na verdade, esforço doutrinário. A ironia, claro, é só a cereja do bolo.

Saiu pela culatra

Ainda sobre o artigo fake do Carlos Chagas a respeito da tal “Sociedade dos Amigos de Plutão”: o tiro saiu pela culatra. O cara, conforme afirmei, quis brincar com os limites entre realidade e ficção ao mostrar o quão absurdo é o atual estado de coisas criado pelo PT, mas acabou é ridicularizando alguém que pretendia combater essa mesma situação de corrupção generalizada. O Daniel, que contribui neste blog, afora mil comentaristas, vieram criticar e/ou tirar o sarro do meu post – fato que já comentei e esclareci – e isso não me abalou em nada: não sou um chefe de redação com repórteres na rua para confirmar cada notícia. Bobagem. O pior mesmo é que essa onda não atingiu apenas este escritor blogueiro, mas até mesmo um senador da república – Heráclito Fortes. A mentira de Carlos Chagas acabou por servir ao PT.

E era piada… (a Sociedade dos amigos de Plutão)

E não é que a história sobre a ONG Sociedade dos Amigos de Plutão era, na verdade, estória (para usar uma distinção bem fora de moda). Por isso eu sempre digo: cuidado com as identificações fortes demais em política. Parece a alguns tão clara a essência maligna de outros, parecem-lhes tão claros os fatos, que não lhes custa muito tomar como verdadeiras informações falsas, se estas confirmam o caráter imaginado destes outros (como disse o Olavo a respeito da ciência: os fatos tornam-se meramente uma ilustração do que o intelecto, a priori, descobriu por si). E isso acontece, principalmente, quando o pathos do texto é o desprezo.

Curioso como esquecemos facilmente o caráter singular dos indivíduos. Quando me dizem que a maioria dos conservadores é hipócrita – escondem interesses esgoístas sob uma fachada moralista -, penso: “será que o Yuri seria capaz disso?”. A resposta, obviamente, é não. Logo, deve haver algo de bom em ser conservador e, com certeza, tem a ver com esta característica moral. Faço o mesmo com meus amigos esquerdistas. Quando pregam por aí a essência totalitária e mau-caráter da esquerda, penso: “Será que meu amigo Ricardo é totalitário e mau-caráter?”. A resposta, obviamente, é não. Logo, deve haver algo de bom em ser esquerdista e, com certeza, tem a ver com uma legítima preocupação social. Emparedados entre a amizade e suas conclusões lógicas, muitos optam pela saída muito cafajeste de reclassificar os amigos como idiotas ou estúpidos (embora “idiota” seja a preferida, por sua óbvia origem etimológica). É de uma prepotência inimaginável. Primeiro, porque quem usa este expediente supõe, sempre, estar correto, mesmo que não consiga explicar o porquê. Segundo, ele acredita que a verdade é uma disjunção exclusiva. Deveria estudar um pouco de lógica modal.

Ah, sim! E mando ao inferno qualquer discurso aterrorizante – o medo é uma arma totalitária -, cujo objetivo seja me fazer ver um amigo como hipócrita ou mau-caráter ou estúpido. O resto é assunto para a psicanálise.

Mudanças no ‘Estadão’

Mudanças na altíssima cúpula do Estadão. Sandro Vaia, diretor de Redação do jornal, e Elói Gertel e Célio V. Santos Filho, diretores-superintendentes do Grupo Estado, deixaram a empresa. Explicando: acima destes caras, só o conselho formado pelos donos.

Os prováveis substitutos são Ricardo Gandour, que dirigia o Diário de São Paulo, na direção do jornal, e Maurízio Mauro, ex-presidente da Editora Abril, como diretor-superintendente.

Detetives no Second Life

As pessoas levam tão a sério seus relacionamentos no Second Life – e ficam tão paranóicas devido ao excesso de liberdade reinante ali dentro – que há inclusive detetives particulares (private investigators) passíveis de serem contratados nessa realidade virtual. Em troca de alguns Linden Dollars, você pode, por exemplo, contratar os detetives Loki Fool e Princess Pierterson, da agência de investigadores Millennium, e descobrir onde afinal anda sua (ou seu) namorada(o) ou esposa(o) virtual. As brigas podem ser homéricas, afinal, as pessoas por trás dos avatares são gente de carne e osso. Aliás, desde criança eu sempre quis ser um detetive. Cheguei a criar a comunidade Manual do Detetive no Orkut. E também a do Manual do Espião. Ambas em homenagem a esses dois livros da editora Abril que eu tanto curti na infância. Bem, no SL eu já sou espião. Tenho tantos avatares… Esse mundinho digital está cada dia mais interessante…

P.S.: Já estou há tanto tempo no SL que minha barba até cresceu…

Não vejo a hora…

Não vejo a hora de o Gerarrrrdo Alckmin ganhar essa eleição. Tô louco de vontade de começar a descer a lenha nele. Pena que o Lula é bilhões de vezes pior, o que faz com que a gente deva detoná-lo antes. Essa de o Alckmin dizer que é mais esquerdista que o Lula – visando, é claro, angariar eleitores entre os eleitores da eterna presidente de DCE Heloísa Helena e do meu ex-ReiThor Cristóvam Buraco – seria cômica caso sua mentira não tivesse uns pingos de verdade. Embora não tanto quanto o PT, ele é esquerdista e estatista sim. No entanto, diz ele que seu “apreço à democracia” é que prova sua posição mais à esquerda. Muito engraçado! Alguém duvida que Stalim, Fidel Castro e Chávez estão mais à esquerda que Lula? E isso representa o “apreço deles pela democracia”? Caramba, realmente levaremos anos e anos para fazer uma faxina no Brasil. Bom, primeiro vamos tirar a sujeira grossa, ou seja, o Lula e sua corja totalitarista. Depois a gente pega a flanelinha, um Veja multi-uso e dá um jeito nesses tucanos otários.

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