blog do escritor yuri vieira e convidados...

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A KGB e a subversão do Ocidente

Bom, agora a entrevista com o ex-agente soviético Yuri Bezmenov está completa. São nove vídeos com cerca de 9 minutos cada. Já que a turma da FSB (ex-KGB) detém o poder no Kremlin, ninguém poderá dizer que os temas tratados nesses vídeos são águas passadas. Principalmente porque o efeito de tudo o que ele declara ainda está nos atingindo, como a agitação circular da água ao se atirar uma pedra ao lago. Bezmenov explica detalhadamente como se dá a subversão gradual da percepção moral da realidade. É de arrepiar os cabelos.

Um dos momentos mais curiosos é quando ele diz que a KGB adorou o interesse dos jovens ocidentais – na esteira dos Beatles – pela meditação transcendental do Maharishi Mahesh Yogi. A KGB chegou a contactar o “sábio”. Para eles, nada melhor do que ver o ocidente voltado para o próprio umbigo – ainda que esse umbigo seja o “terceiro olho” – e alheio aos acontecimentos mundiais…

(A entrevista foi concedida ao comentador político G. Edward Griffin, em 1984. Os vídeos estão legendados.)

Primeira parte:

Segunda parte:

Apenas fotos proibidas

Do Resfest:

Dos arquivos específicos de fotos, este é o mais interessante que encontrei nos últimos tempos. Reúne apenas fotos de lugares em que é proibido fotografar.

Há monumentos, templos, galerias de arte e prédios de governo, todos os lugares imagináveis em que um segurança ia chegar junto de você se te visse com uma câmera, tudo organizado por categorias.

Os caras ainda vão longe e anunciam o site como uma espécie de frente de batalha pela liberdade, defendendo que cada foto ali é uma pequena obra de arte visual.

Depois do Sucesso da Tropa…

Na Folha de hoje:

Major do Bope ironiza morte de seqüestrador do 174

“Eu não fiz questão realmente de ressuscitá-lo muito, não; foi embora!”, afirmou

Em palestra, oficial absolvido em processo que apurou morte de Sandro Nascimento conta como apertou o pescoço do rapaz

RAPHAEL GOMIDE
ENVIADO A PORTO ALEGRE

Absolvido pela Justiça da acusação de assassinato, o major do Bope Ricardo Soares narrou em palestra a cerca de 130 policiais de todo o país como o seqüestrador do ônibus 174, Sandro do Nascimento, 21, morreu dentro de um camburão no Rio, em junho de 2000. O relato foi feito no fim de semana, em Porto Alegre.
“Eu não fiz questão realmente de ressuscitá-lo muito, não. Foi embora!”, declarou, provocando risos na platéia. “Vou ser sincero: entre ele e eu, vai ele, porque tenho muita vida pela frente, se Deus quiser”, disse.

Blackle

Estudos mostram que um monitor, quando sua tela está inteiramente branca, consome 70W, e que, quando está inteira preta, consome 50W.
Segundo o Google Trends (site de estátistica do Google), em média 3.750.000 pessoas acessam o site do Google simultaneamente.
Desta forma, se a tela do Google fosse preta, haveria uma economia mundial de cerca de 750 Megawatts/hora.

1 kWatt = R$ 0,02 => 750 000 kWatt = R$ 15.000,00

Portanto, se a tela do Google fosse preta, haveria uma economia mundial de cerca de R$ 15.000,00 por hora.
Pensando nisto, a Heap Technology criou o Blackle, um site igual ao Google e ligado ao mecanismo do Google, porém preto. O Blacke, além de tudo, conta quantos usuários estão logados no momento e mostra o que isso significa em kilowatts/hora de energia economizada.

UPDATE:
Não se trata exatamente de um hoax, mas como tem muito nego com tempo no mundo, parece que esta história do Blackle já andou gerando polêmica. No Techlogg há um teste definitivo que contesta algumas das alegações de economia de energia feitas pelo site da Heap Technology. Segundo eles, em monitores CRT de fato há redução no consumo, mas longe da escala mencionada pelo Blackle, conforme cálculo acima. Por outro lado, segundo o Techlogg, nos monitores LCD, que brevemente serão maioria, pode na verdade haver um aumento de consumo com a tela preta.

Chávez e a opinião pública internacional

Veja como o documentário The Revolution will not be televised distorce os fatos para passar uma imagem equivocada do que realmente está ocorrendo na Venezuela.

7º bate-papo com Olavo de Carvalho – B

Depois de um atraso de quase um ano – que pode se justificar graças a muita enrolação, indisciplina e ao meu trabalho de direção de um curta-metragem de ficção e de dois documentários – finalmente consegui me organizar e publicar o lado B do meu mais recente bate-papo com o filósofo Olavo de Carvalho (Nov/2006), cujo arquivo eu já nem me lembrava onde estava. Teve neguinho que só faltou me jogar pedra por conta dessa demora, mas… enfim: saiu. Ainda preciso anexá-lo a um “vídeo” e colocá-lo no You Tube com os demais, que é onde a demanda é maior. Mas já dá para baixá-lo do Archive.org e ouvi-lo logo abaixo.

Temas abordados: o homem perante o Infinito (e o bobão do “entrevistador” como exemplo da “baixa inteligência do homem moderno”); a divinização do espaço, Fritjof Capra; só Alborghetti poderia comentar as “críticas” da imprensa ao livro The God Delusion, de Richard Dawkins; Bruno Tolentino e o Kung Fu, o gnosticismo adolescente e as contradições do filme Matrix; verossimilhança na ficção (a lista de super-heróis do filho do Olavo, O Exterminador do futuro, o filme Coração Satânico e seu diabo de meia tijela); o desconhecimento sobre temas e conceitos religiosos; a humanidade é mais trouxa do que julga o esforço vão da Matrix de falsificar até mesmo bananas (na verdade, bastam uma ou duas mentiras); Santo Agostinho e o poder do diabo; o diabo não é capaz de fazer a banana; o gnosticismo é uma prova permanente da estupidez humana; todos nós passamos por momentos gnósticos; o movimento revolucionário mundial; o PC do B e a apologia do genocídio; Coronel Ustra; a existência do PC do B equivale à existência de um Partido Nazista; a UNE, Cuba, o crime e a esquerda no Brasil; mais de 50.000 homicídios ao ano; o pobre não é culpado pela violência; o programa True Outspeak no BlogTalkRadio; o verbete da Desciclopédia sobre o Olavo; o governador petista punheteiro; Hilda Hilst também mandava tomar naquele lugar; a sinceridade é um tesão; o Brasil escolheu a tragédia.

Bate-papo com Olavo
[audio:http://www.archive.org/download/Bate_papo_com_Olavo_de_Carvalho/olavo7ladoB_64kb.mp3]

Iceman

Na internet ninguém tem filhos, nem estrias, nem cicatriz de cesariana. Eu também era apenas um nome bonitinho — Iceman —, algo que sugeria vagamente meu desprezo pelo mundo, mas não delatava minha barriguinha, minhas pernas magras e os comprimidos contra calvície. Quando nos encontramos é claro que isso veio à tona, e ela pensou em acabar tudo, pegando meu telefone e prometendo ligar qualquer dia. Mas eu era advogado, tinha um Audi e pagaria sem dificuldade uma pousada em Cabo Frio ou Búzios. Ela costumava sair com jovens bonitos, que esbanjavam cabelo e bíceps, mas eles viviam de pequenas pontas em novelas e eventos, tinham no máximo um Pálio, e não persistiam quando descobriam o garoto. Por isso ela teve uma pequena vertigem quando insisti em pagar a conta. Estava ao mesmo tempo revendo seus conceitos de homem ideal e se perguntando qual seria a melhor hora para falar em Daniel — se antes ou depois da primeira foda. Decidiu que depois era melhor, assim já teria me mostrado aquelas habilidades especiais que ela não aprendera na escola — nem com os pais — e justamente por isso considerava seu poder mais autêntico e confiável. Foi aliás lembrando desse poder que ela encontrou segurança para já falar em como gostava de Cabo Frio e seu mar calmo e esverdeado. Eu, que nunca dei a mínima para praia, afirmei terminantemente que amava Cabo Frio e seu mar calmo e esverdeado. Eu amaria o mar, a areia e até as palmeiras de qualquer lugar se a mulher que me acompanhasse tivesse a delicadeza de me dar, em troca da viagem, o merecido deleite sexual. Ela era jovem e muito bonita — a cicatriz de cesariana era insuspeitável naquele momento — e me parecia que a troca valeira a pena.

De fato valeu. Uma pequena cicatriz não faz diferença nesses momentos, a não ser pela interrogação que suscita. Ela me falou de Daniel, da pertinácia da sua bronquite e do seu desprezo inabalável a tudo que não estivesse diretamente ligado a jogos de computador. Falou das intermináveis horas-extras que ela fez para pagar o cursinho de inglês, enquanto ele matava aula para freqüentar uma lanhouse. Para arrematar, acrescentou que o estado precisava buscar mecanismos mais eficientes de controlar os jovens, antes que eles se tornassem marginais, drogados e pais solteiros. Como toda brasileira, ela achava que qualquer problema devia ser de alguma forma resolvido pelo estado, cabendo aos cidadãos apenas o dever imprescindível de ir à praia e ver televisão.

Não foi difícil perceber que aquele menino era a chave para dominá-la. Se eu me aproximasse do garoto, se o fizesse repetir algumas frases em inglês, se conseguisse convencê-lo da utilidade de ter um maldito diploma, ela se apegaria tanto a mim, desejaria tanto a minha permanência na sua vida, que talvez chegasse até mesmo a sentir algum prazer quando estivesse me chupando. Foi por isso que decidi comprar o playstation no natal; foi por isso que mencionei o fato de os fabricantes de games serem formados numa faculdade chamada “ciência da computação”; e foi ainda por isso que paguei a conta do oculista e os óculos ridículos que davam o contorno definitivo daquela cara de néscio.

E foi assim que eu vivi o delicioso prazer de ter razão. Valéria me amou intensamente, suportou bravamente meus gritos e momentos de cólera, me chupou algumas vezes na sala, quando o rapaz estava trancado no quarto, cantando alguma gordinha pelo msn. Pensei várias vezes em abandoná-la, mas descobri que de vez em quando eu também gostava da sua companhia. Ela era a única namorada de quem eu não precisava esconder as garrafas de Red Label. Ela foi a única que ficou comigo depois que os médicos me explicaram o que era pancreatite aguda.

O menino é que nunca me engoliu. Depois que se formou, arrumou um emprego numa multinacional, e disse que não queria mais nos ver. Explicou que gostava muito da mãe, só que não suportava sua condescendência com meu autoritatismo. Mas de vez em quando ele escreve pedindo algum dinheiro e Valéria se lembra de como ser carinhosa e usar uma lingerie. Acho que somos uma família.

Olho de Vidro

O blog sobre cinema da Sertão Filmes, editado pelo Pedro Novaes e do qual eu e o Paulo Paiva somos colaboradores, já está em seu novo endereço. Agora só falta recolocar os links e demais firulas bloguísticas. Cada dia está com um visual distinto, mas uma hora haverá de encontrar sua própria cara. (No começo, não curti esse título, mas o Pedro insistiu e já estou começando a achá-lo engraçado.)

O blog do Fernando Meirelles

O Pedro Novaes me enviou o link do blog Blindness, uma espécie de “diário de viagem” do diretor Fernando Meirelles pelas entranhas da produção de seu filme mais recente, uma adaptação do romance do José Saramago, Ensaio sobre a Cegueira. Em geral, quando leio textos de pretensos diretores de cinema, me lembro daquela sentença do Fernando Pessoa na boca de Bernardo Soares: “Ofende-me o entendimento que um homem seja capaz de dominar o Diabo e não seja capaz de dominar a língua portuguesa”. Aqui, Pessoa se referia a um livro sobre ocultismo pessimamente escrito. Mas fico particularmente irritado quando alguém tenta dominar o diabo da técnica cinematográfica sem antes dominar a escrita. O Fernando Meirelles prova que não é um desses: o cara manda bem.

Para quem tem interesse nos bastidores de uma produção cinematográfica, para quem trabalha ou quer trabalhar com cinema, o blog é uma mão na roda. Aliás, uma amiga que trabalhou durante dois anos na produtora O2 me disse que, lá, o Meirelles é visto como uma espécie de guru interno. Já um de seus sócios, segundo ela, é o mauzão da área. (Parece que as demais sócias são mulheres.) Ao fim e ao cabo, os caras são espertos e sabem que não são apenas as duplas policiais que devem ter um cara que bate e um que fala manso. Cinema também é diligência.

Com relação a diretores que sabem escrever, sugiro ainda os livros/textos de Andrei Tarkovsky, Andrzej Wajda, Glauber Rocha e François Truffaut.

Uma palestra no Second Life



Esta foto dá uma idéia de como é uma palestra no Second Life. Os avatares se sentam no anfiteatro e assistem às apresentações em Power Point, além, é claro, de ouvir a voz do palestrante ao vivo (ou, como se diz no internetês, em “tempo-real”), graças às facilidades do Voice Chat.

Sim, alguém aí pode se levantar e dizer: “Para quê isso? Já dá para acompanhar, por exemplo, ao Olavo de Carvalho ao vivo no seu programa True Outspeak, e com a mesma possibilidade de lhe fazer perguntas. Para que essa bobagem com bonequinhos?” A diferença é que, no Second Life, a gente consegue ver quantos são esses ouvintes, quem são e, após a palestra, trocar idéias, contatos e iniciar novas discussões, uma vez que o Voice Chat é capaz de comportar todas as vozes presentes. E mais: fiz o teste e sei que dá para gravar esses diálogos com o Audacity. Depois, basta subir o arquivo de áudio para algum site ou, o que me parece melhor, convertê-lo em vídeo, usando as fotos da palestra como um slideshow, e colocá-lo em seguida no You Tube.

Vale lembrar que, sempre que algum livro, artigo ou site é citado, basta escrever seu título ou endereço no chat de texto, durante a própria palestra com o Voice, e esses dados ficam guardados no histórico do seu SL.

Mas tudo isso, obviamente, é só para quem gosta de “joguinhos” de computador…

(Se eu tivesse grana para bancar uma área, criaria minha própria universidade virtual. Já tenho até a lista de professores a serem convidados…)

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