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Categoria: Política Page 28 of 83

Dez milhões de empregos

“Outro dia eu até me lembrei da promessa de campanha do Lula. Ele pode até ter criado dez milhões de empregos. Só que foi na China e não aqui. Caímos numa verdadeira arapuca.”

Rodrigo Loures, presidente da federação industrial paranaense, em entrevista à Isto É Dinheiro Nº471

Oriana Fallaci (1929-2006)

No dia 15 de Setembro, a jornalista italiana Oriana Fallaci encerrou sua missão: partiu desta pra melhor. Bom, melhor em termos, vá lá saber o que é o pós-vida de uma atéia honesta e corajosa, talvez ela preferisse ter deixado de existir, sei lá, mas… enfim, a mulher trabalhou muito por aqui entrevistando, conforme diz a revista Época citando a própria, “os filhos da puta estúpidos que mandam em nossas vidas”. (Faltou entrevistar o Chávez e o Lula, provavelmente.) Eu a li pela primeira vez ainda garoto graças à coleção de revistas Playboy que meu pai mantinha. Sempre que rolava uma entrevista com algum ditador, terrorista, líder revolucionário, aiatolá e assim por diante, lá estava a assinatura dela: Oriana Fallaci. Uma mulher de fibra que, ainda pré-adolescente, participou da resistência florentina contra os alemães na Segunda Guerra. Indignada com a violência e com os ataques à liberdade, tornou-se correspondente de guerra e, por fim, uma entrevistadora que parecia jogar pimenta na cara dos entrevistados. Há uma entrevista com ela, na revista Época, concedida ao jornalista dinamarquês Flemming Rose, o editor do Jyllands-Posten, o mesmo que lançou o concurso de caricaturas de Maomé. Sim, porque seus últimos três livros são alertas contra a islamização da Europa que, conforme me disse o Olavo de Carvalho outro dia, foi prevista por Frithjof Shuon, discípulo de René Guénon, ainda no início do século XX. (Citei alguns dos artigos da Oriana sobre o mesmo tema, por ocasião dum comentário do jornalista Janer Cristaldo.) Bom, leia este trecho da entrevista publicada pela revista Época:

Rose – Você se encontrou com o Papa Bento XVI no ano passado. Sobre o que vocês conversaram?

Me belisquem

Rapaz, quase não dá pra acreditar, mas parece que é verdade. A Câmara Municipal de São Paulo realmente aprovou o fim de todo o tipo de propaganda externa na cidade: outdoors, bilboards, banners, faixas, letreiros em táxis, ônibus e até aviões. Na mesma leva, os tamanhos de totens e painéis em fachadas de comércio foram significativamente reduzidos. O projeto original do prefeito Gilberto Kassab (PFL) foi tornado ainda mais restritivo pelos vereadores.

As empresas de publicidade estão esperneando. A ver se o judiciário não mela a história e se a Prefeitura realmente fiscalizará.

De tão positivo, nem parece verdade. Aqui o link da matéria na Folha de hoje.

Evo Morales apoia Lula (claro)

O governo boliviano deu uma leve recuada em suas ofensivas contra a Petrobrás nos últimos dias. (Por enquanto.) Indagado a respeito pela Agência Estado (li no jornal O Popular), o ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas, saiu-se com uma pérola:

AE: A eleição presidencial no Brasil de alguma forma influenciou esse processo de nacionalização?
Villegas: Sim. Compreendemos que o Brasil está num processo eleitoral. Nós, como governo, alentamos que ganhe o presidente Lula. Não somente para a Bolívia, mas para a América Latina. Isso é importante.

Alguém ainda duvida que essa gente é toda ela farinha, digo, cocaína do mesmo saco? Com este post, inauguro a tag “América Latrina”.

Censura no Orkut

Conforme comentei, essa pressão do Ministério Público sobre o Orkut e a Google poderia não visar apenas combater crimes, mas iniciar uma caça às bruxas contra o pensamento discordante, isto é, tornar-se pura ação totalitarista. Quem não quis apoiar a Google, a liberdade de expressão e de opinião, agora poderá ter dificuldades para reclamar. Os totalitaristas começaram a mexer em seus (nossos) direitos digitais. (O Alerta Total já tinha avisado que a Polícia Federal estava de olho na comunidade Fora Lula 2006.) Ou terão sido hackers? Não parece, mas a verdade é que até agora ninguém se pronunciou. Veja esta matéria:

Comunidades somem do Orkut sem deixar rastros

Bastou uma madrugada e pronto. Pelo menos dez grandes comunidades do Orkut foram apagadas, sem explicação. A maioria tratava de temas políticos e era relacionada à oposição.

A maior de todas as comunidades varridas da rede na madrugada de sábado, a “Fora Lula 2006”, tinha 180 mil integrantes. Diferentemente do costume em casos assim, nenhum grupo de “defacers” (hackers que desfiguram páginas) assumiu a autoria da ação.

“Foi um ataque à liberdade de expressão”, afirmou ao G1 o publicitário Fernando Nascimento, 21 anos, criador e moderador da “Fora Lula 2006”. “Já sabia que isso poderia acontecer, não fui pego de surpresa”, completou.

O moderador da também apagada “Serra 45”, Thierry Besse, 21 anos, teve o próprio perfil apagado. A comunidade que ele mantinha, com 11 mil participantes, sumiu. Para Thierry, que é filiado ao PSDB, os ataques tem caráter criminoso.

O rol de comunidades apagadas não inclui apenas aquelas de aspecto político-ideológico (como “Heloísa Helena Presidente”, “Mamãe, eu sou reaça”, “Olavo de Carvalho”, “PSDB Nunca Mais” e “Anti-PT”), mas também outras que tratam de cerveja (“Kaiser” e “Skol”) e confissões (“No Escuro”), entre outros temas menos cotados. Os grupos mais populares já começaram a ser reconstruídos. Do zero.

Borracha no Orkut

Uma comunidade do Orkut pode ser apagada de duas maneiras. A primeira depende da ação do próprio moderador. A segunda, da administração do site que, por solicitação dos usuários, barra conteúdo ofensivo.

Os representantes do Google não foram encontrados para comentar esta reportagem.

Veja abaixo a lista das comunidades apagadas do Orkut:

Vou lavar meu cachecol

O post do Yuri sobre o demônio do Lula querendo acordar e o do Paulo reproduzindo o artigo do Reinaldo Azevedo sobre “Origens do Totalitarismo” primeiro me deprimiram, depois me deram uma preguiça danada.

Aí fiquei pensando pra onde vou me mandar na hora em que essa escumalha fechar o Congresso e começarem os fuzilamentos. Até troquei uma idéia com o Paulo sobre o assunto e chegamos à conclusão de que primeiro nos exilaríamos nos Estados Unidos só de implicância. Eu faria até um discurso exaltando o capitalismo, o que não combina comigo, antes de levantar o dedo e bater a porta atrás de mim. Depois, provavelmente iria para Buenos Aires tirar onda usando meu cachecol com ar blasé, tomando mate e fazendo de conta que lia Ernesto Sábato em bancos de parque, enquanto remoía meu ódio e me autoflagelava por já ter dito palavras como “neoliberal”, por ter feito parte de uma chapa do DCE e, pior, por ter digitado 13 duas vezes em 2002.

Mas depois fiquei racional e lembrei que o verdadeiro equilíbrio do poder aqui, o fiel da balança desta pobre democracia, não está nos checks and balances e blá blá blá, mas em que tem o cacete guardado, isto é, nos milicos. Essa escumalha do PT e o demônio do Lula só podem aprontar qualquer aventura deste naipe se os militares concordarem em ficar quietos nos quartéis ou até em sair de lá para ajudar a fechar o Congresso. Se não, não vai.

Eu queria saber um pouco mais sobre o perfil dos comandantes das forças armadas e sobre as idéias que circulam pela caserna hoje. Eu acho que, neste segundo mandato, se esta turma do PT sentir que tem suporte dos tanques, o bicho pega. Mas eu acho que não tem. Acho que os milicos, para o nosso bem, não se aventuram.

Por via das dúvidas, vou reforçar os contatos com meus amigos nos EUA e na Argentina e mandar lavar meu cachecol.

A candidata do DCE

Cada vez que vejo a Heloísa Helena, sinto exatamente as mesmas náuseas que sentia quando entrava uma comissãozinha do DCE na sala de aula, lá na UnB, com ao menos três estudantes metidos em camisetas do PT ou do PC do B. A conversa deles era – e ainda deve ser – exatamente a mesma dessa figura dinossáurica. Sempre a mesma “inteligência emocional” escondendo a velha e horrorosa “burrice intelectual”. Uma figura que só vive de impressões e percepçõezinhas, enfim. Por mais corretas e exatas que estas sejam, não darão em nada. Bem, por outro lado, como sinto coisas piores ao ouvir o Lula – aliás, cá entre nós, sempre tenho vontade de seguir à risca o conselho da banda punk Os Garotos Podres e, enquanto de paletó e gravata o presidente sobe no palanque pra tentar enganar todo mundo, ir fazer cocô – enfim, por outro lado, não posso deixar de citar a eterna presidente de DCE Heloísa Helena (claro, apenas suas agudas percepções, suas soluções seriam muito piores do que o atual estado de coisas):

“Eu não tenho dúvida de que o presidente Lula é o grande comandante dessa estrutura, que é uma organização criminosa, capaz de roubar, matar e liquidar quem pela frente passar, ameaçando seu projeto de poder”, disse Heloísa, após encontro com lideranças da Força Sindical, em São Paulo.

Na opinião da candidata do PSOL, uma vitória de Lula – como indicam as pesquisas – além de legitimar a corrupção, mostraria a fragilidade da nossa democracia. “Para mim, o banditismo político ganhar a eleição é um mecanismo de golpismo da democracia frágil representativa brasileira”, afirmou.

Segundo o excelente critério utilizado pelo Paulo Paiva para avaliar esquerdistas de bom coração, eu diria que a Heloísa Helena levaria uns três anos para sucumbir ao Estado revolucionário e ir para o paredão. Não porque ela seja uma figura assim tão utopista, mas porque é “nordestina, sertaneja, mãe, mulher macho”, sim senhor. Resistiria uns três anos, sim, como quem perambula pelos sertões ideológicos do poder totalitário, sem água que sacie a consciência, mas com a mesma perseverança cega que leva o pobre retirante às periferias da cidade grande e a seus paredões de concreto. Heloísa Helena é antes de tudo uma forte. Pena que seja tão fraca da cabeça…

Manifesto Holodomor 1932-33

DOS PARICIPANTES DO 4º FORUM MUNDIAL DE UCRANIANOS (KYIV,24.08.06) PARA A COMUNIDADE INTERNACIONAL, GOVERNOS E PARLAMENTOS DOS PAISES DO MUNDO, INSTITUIÇÕES MUNDIAIS

A Grande Fome (Holodomor) de 1932-33 na Ucrânia não é um simples passado histórico, é antes de tudo uma maciça ação terrorista do regime comunista contra a pacífica população, a qual não possui características de antiguidade e de esquecimento.

Foram 10 milhões de ucranianos mortos pela fome artificialmente organizada, a fim de um criminoso objetivo político – enfraquecer e destruir a laboriosa e amante da paz classe camponesa, a base social da nação ucraniana.

Essa tragédia espanta não tão somente pelo número de suas vítimas, principalmente entre as crianças. Espanta, antes de tudo, pelo frio, criminoso e insistente silenciamento, negação do acontecido, motivados pelos princípios ideológicos e políticos. Os ucranianos assassinados nunca foram reconhecidos pelo regime comunista como vítimas do terror político.

Amnésia moral de certas forças políticas, que herdaram a criminosa ideologia comunista, retardam o reconhecimento da Grande Fome de 1932-33 como genocídio do povo ucraniano. O número de testemunhas do crime está diminuindo, ficando como prova documentos; a memória histórica está se apagando; sobrando nos cemitérios placas e, destruídas pelo tempo, as cruzes de madeira.

Candidato a ditador

De Mônica Tavares – O Globo:

Na sua coluna de domingo, na nota com o título “Demônio golpista”, Elio Gaspari informa que Lula, durante jantar com empresários, na última quinta-feira, ao responder ao empresário Eugênio Staub sobre como pretendia fazer as reformas necessárias ao país, durante o segundo mandato, teria dito:

“Staub, não acorde o demônio que tem em mim, porque a vontade que dá é fechar esse Congresso e fazer o que é preciso”.

Polícia Política contra a Constituição

Leia a matéria completa no Alerta Total:

O uso da polícia política, para censurar a livre difusão de informações ou idéias no Brasil, é a mais recente tática de um governo que vira sinônimo de crime organizado, pois viola, sistematicamente, a Segurança do Direito. Sob o pretexto de zelar pela honra dos candidatos a presidente da República, a Polícia Federal desperdiça seu tempo na caça a internautas que publicam ofensas pessoais aos candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB). As assessorias jurídicas dos candidatos pediram à PF que retire do ar 32 blogs e dezenas de comunidades do orkut que atacam o petista e o tucano.

A Polícia Federal também está à procura de internautas que enviam e-mails coletivos para até 800 mil pessoas ofendendo a honra dos candidatos. Nessas mensagens, eles chamam os políticos de ladrão, corruptos e outras ofensas impublicáveis. O governo acionou todo o aparato da Unidade de Repreensão à Crimes Cibernéticos da PF, comandada pelo delegado Adauto Martins, para reprimir a liberdade de expressão. Um dos principais alvos é a comunidade “Fora Lula 2006”, que tem 170 mil membros e defende que o petista não deve permanecer no governo. Na mira da PF também está a comunidade “Alckmin nem morto!”, que tem 12.500 mil membros.

A usar o aparelho repressivo do Estado para praticar a censura, mesmo com as melhores das intenções, o governo atenta contra a Constituição e pode ser legalmente responsabilizado por tal crime. A censura é caracterizada pelo fato de ser aplicada por agente da administração pública, de ter caráter incontrastável, e não admitir recurso, defesa ou contraditório, e de ser baseada em critérios vagos como a ordem moral e política. O artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, de dezembro da 1949, deixa claro: “Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão”. (…)

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