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Categoria: Religião Page 15 of 30

Motivos de conversão religiosa

Só uma minoria muito reduzida se converte a uma religião — ou ao ateísmo — por achar que ela detém a hipótese mais verdadeira sobre a criação do universo, a natureza de Deus, do homem ou do que quer que seja. A imensa maioria se converte, não porque busque a verdade e a encontre numa determinada religião, mas simplesmente porque espera obter um benefício com a conversão.

Na juventude o homem (o homem e a mulher, obviamente) deseja o sexo sem o peso dos compromissos conjugais, deseja desobedecer aos pais, para fazer suas próprias descobertas, deseja experimentar o álcool e as drogas, porque todo mundo diz que é legal. Então surge uma conversão ao ateísmo ou a alguma espécie de religião pessoal, na qual beber e fazer sexo sem compromisso não sejam pecados. Nem sequer passa pela cabeça do jovem a idéia de examinar filosoficamente as religiões em busca da mais verdadeira. O ateísmo é escolhido porque lhe permite satisfazer seus desejos e não por motivos filosóficos.

Pão em coreano

Assisti ao filme coreano citado pelo Pedro NovaesCasa Vazia, de Kim-ki Duk – ainda em São Paulo. Também gostei apesar da forçação de barra do final. (Nossa, sensação mais esquisita, acho que nunca havia escrito forçação na minha vida, imagine, uma palavra com dois c-cedilhas!) Na mesma semana em que o assisti, fui a uma festa com o Sunami Chun, diretor-presidente da Monkey Lan House. Lá, o Chun me apresentou “Marcelo”, assim entre aspas porque, na verdade, “Marcelo” era da Coréia do Sul e, depois de quase dois anos no Brasil, decidiu adotar um nome que, além de ser “sexy para as mulheres”, não fosse impronunciável por seus amigos brasileiros. Misturando português com um tanto de inglês (de Tarzã), conversamos longo tempo sobre seu país, seu cinema atual, sua história, a língua, a influência chinesa, japonesa, portuguesa e assim por diante. Porém, como neste exato momento estou com meu módulo baiano ativado, e por isso estou com uma preguiça de rachar o chão, me limitarei a descrever apenas alguns pontos desse papo. (Atenção, baianos, não estou sendo preconceituoso: realmente herdei alguns legítimos genes baianos dos meus avós paternos e, tanto como o Caymmi, sei do que falo.)

O Pai Universal

Será que meus colaboradores haviam esquecido que eu, o editador deste blog, continuarei urantiano mesmo com a presença deles? (“Yurantiano”, dirá o Daniel.) Pois é, fiquem eles sabendo que o HAL9000 retornou dos confins do espaço e, após passar por uns maus bocados, também ele veio proclamar, de cima dos telhados digitais, o amor do Pai Universal por seus desencaminhados filhos terráqueos, quero dizer, urantianos.

Escutem só.

Para saber (em português) o que foi que o HAL9000 aprendeu após sofrer um boot da parte do Dave – não há nada como uma experiência de quase-morte – clique no link abaixo. (Por favor, amigos, respeitem a minha loucura e eu respeitarei as respectivas.)

Razão não, covardia Razón no, cobardía…

Mais uma chifrada das boas do nosso amigo taurino:

“O que se opõe à fé não é a razão, é a covardia.”


Una corneada más de nuestro amigo taurino, el escritor y filósofo brasileño Olavo de Carvalho:

“Lo que se opone a la fé no es la razón, es la cobardía.”

Discutindo… Deus!

No blog do Janer Cristaldo andou rolando um desses debates inúteis entre ateus, agnósticos e crentes, dos quais já estou mais que cansado, tendo participado de inúmeros justamente nas três posições citadas, aliás, migrando duma a outra nessa mesma ordem aí descrita. Vale dizer: me sinto melhor hoje… Bem, a questão é que o Olavo acabou aparecendo na discussão com um texto excelente: Discussões vãs. Não deixe de ler.

Um erro

Num artigo intitulado Krishnamurti, escreveu Monteiro Lobato:

“Erro pensar que é a ciência que mata uma religião. Só pode com ela, outra religião.”
(in Na Antevespera, pág. 199.)

Mirisola, o demônio

Veja abaixo o futuro encontro do escritor Marcelo Mirisola com o Senhor Yama, o Plutão dos hindus, senhor da morte, que encaminha as almas para seus devidos lugares(loka)… 😉
Mirisola diante do Senhor Yama

Urantia Project

No Equador, sempre que alguém me explicava algo, e eu não compreendia, surgia a invariável pergunta: “Quieres que te dibuje?” Para nós, brasileiros, o termo dibujar – pronuncia-se “diburrar” – soa quase ofensivo. (Di burro é a…) Mas a irônica indagação apenas sugeria que o assunto fosse explicado graficamente, através de um desenho(dibujo). Daí o aspecto interessante desse tal Urantia Project, que dibuja alguns dados do Livro de Urântia, tal como a organização física do cosmos. (Todo mundo acha lindo o Silmarillion e sua narrativa sobre a origem do mundo, aquele papo de uma coluna encimada pelo sol, outra pela lua e etc., etc. Claro, né, ficção é demais, é uma beleza. Mas basta alguém acreditar que o LU é uma revelação real – e muitos acreditam – e as pessoas se borram de medo de lê-lo, como se temessem uma lavagem cerebral. Não imaginam a viagem que estão perdendo.)

Primeira edição do Livro de Urântia

A Fundação Urântia está prestes a lançar a primeira edição em português do Livro de Urântia. Afirma estar com as provas finais das versões em português, alemão e italiano e planeja iniciar a impressão neste outono (primavera aqui no sul). Prepare-se, pois, para agüentar a pentelhação dos amigos que o lerem. Mas não se preocupe, o efeito “puts, você tem de ler também” não dura mais que um, dois ou três anos. Depois seu amigo deixará de te encher o saco e perceberá que não necessita da anuência de nenhuma coletividade ou do apoio de terceiros para encontrar significados espirituais e valores morais vida afora. E continuará lendo o livro, quietinho em seu canto.

Karlheinz Stockhausen

Eu pensei que já havia escrito sobre Karlheinz Stockhausen, mas não o encontrei no arquivo. Estranho. Tinha certeza de que já havia iniciado um artigo a respeito. Bem, já que no dia 22 de Agosto ele completou 77 anos de idade, farei ao menos um pequeno comentário.

Stockhausen é um dos pioneiros da música eletrônica, tendo passado pelas pouco palatáveis músicas serial, indeterminada e eletroacústica – aliás, muito interessantes para trilha sonora. (Que me desculpem os fãs.) Conversando com o compositor Paulo Guicheney, aluno do José Antônio de Almeida Prado, fico sabendo que o cara é considerado por seus pares um maluco, já que compõe óperas ou sinfonias que duram uma semana – que poderiam ser acompanhadas numa rave, imagino, de dentro de uma barraca – em geral baseadas na cosmologia do Livro de Urântia. Aliás, é o primeiro artista consagrado a utilizar o livro como tema. Há uma entrevista com ele neste site. A propósito: parece que ele anda dizendo por aí que veio de outro planeta…

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