Cada vez que morre um dos cães da Hilda Hilst sinto uma estranha pressão no peito: é como se a Hilda ainda não tivesse terminado de morrer. Agora foi a vez da Sílvia, filha do Zidane, o cachorrão com quem eu “lutava kung fu”. Na foto abaixo, de 1999: a diretora teatral Ana Kfouri, Hilda, eu e a Sílvia, sob a figueira da Casa do Sol.
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Karina Vieira, minha irmã, não irá gostar nada disso, mas eis sua interpretação de Move Over, imortalizada por Janis Joplin. A gravação é de 1999, ou talvez 2000, e foi produzida, mixada e finalizada pelo músico paulistano Paulo ElKhouri. (Talvez o Paulo tampouco curta a divulgação deste mp3, pois ambos são perfeccionistas, acham que não está lá essas coisas… mas, como não sou especialista, para mim está é muito bom.) Acho que os amigos e parentes só reconhecerão minha irmã pela risada…
- [audio:http://karaloka.net/audio/audio/moveover_karina.mp3]
Siga a bolinha luminosa:
“Move Over”You say that it’s over baby, Lord,
You say that it’s over now,
But still you hang around me, come on,
Won’t you move over.
Quero recomendar esse livro ao amigo Pedro Novaes, que costuma dar a volta ao mundo para participar das reuniões de jovens lideranças. Poxa, não é preciso, bróder, basta ler o livro…
Vive la France! (Et Portugal…)
(Dica do Márcio Santana Sobrinho.)
Eu e o Pedro Novaes escrevemos um roteiro para o making of do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental de Vila Boa de Goiás que não é senão uma carta ao Glauber Rocha. As imagens foram captadas pelo cumpadi Dib Lutfi e por seus alunos na oficina de Fotografia de Cinema (da qual eu e o Pedro participamos como monitores) – além de outras imagens oriundas dos arquivos do Festival – e editadas pelo cumpadi João Paulo Carvalho e pela cumadi Aline Nóbrega durante a oficina de edição. Foi projetado no dia da premiação e fez o maior sucesso: recebemos elogios do Zuenir Ventura, do Ismail Xavier, do Lisandro Nogueira, do Nasr Chaul (Presidente da Agepel), do Alcides Rodrigues (governador de Goiás), entre outros. Para minha sincera surpresa, o texto da carta chegou a causar comoções.
Nada como uma ótima parceria e o enorme empurrão dos nossos consagrados cumpadis…
Sábado, fui à festa de aniversário dum amigo que é advogado criminalista. E também professor de direito. E, claro, geminiano ao estilo do meu cunhado, ou seja, às vezes não se sabe se está ou não falando sério. Conforme meu costume de ficar atéééé o fim da festa, às quatro e meia da manhã – a mulher dele já desmaiada no quarto, minha melhor amiga apagada no sofá, os demais convidados a caminho de suas casas – ficamos os dois discutindo mil e um temas para terminar em… política. (O que mais?) E o cara vem e me diz que votará no Lula. E começou a usar mil e um argumentos ladinos e contraditórios para defender sua causa. As contradições me irritavam tanto que, a certa altura, já não me lembrava da mania sofística do cara, essa mania de defender pontos de vista completamente absurdos apenas para representar o lado antitético do diálogo. Até agora não sei quando ele era e quando não era sincero, uma coisa espantosa. Enfim, a questão é que, às cinco, decidi ir embora e, enquanto abria a porta do carro, ele me disse: “Na verdade, vou votar no Lula porque nunca ganhei tão bem, estou cheio de clientes. Os crimes aumentaram tanto!”
“Hummmm, entendi”, resmunguei, enquanto ele ria da minha cara…
Ao Pedro e à Juliana, meus votos de toda a felicidade do mundo… Meu presente:
Os Apaixonados, de Pablo Picasso
O amigo Paulo Guicheney – que aliás irá compor a trilha sonora do curta-metragem que rodarei com a Cássia Queiroz – enviou este convite para o Concerto de Música Brasileira com a Orquestra Sinfônica Jovem da Educação.
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Data: 10 de maio de 2006 – quarta-feira
Horário: 20 horas
Local: Teatro Goiânia
End.: Av. Tocantins, esq. com Av. Anhanguera, Centro
Entrada Franca.
PROGRAMA
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• CARLOS ANTÔNIO DE SOUZA – Fanfarra, Prelúdio para Orquestra (Primeira Audição)
• FERNANDO CUPERTINO – Modinha para Belkiss (Primeira Audição)
• HENRIQUE DE CURITIBA – Pequena Suíte para Orquestra de Cordas, Flauta e Percussão
• PAULO GUICHENEY – Tempo para uma Paisagem
• ESTÉRCIO MARQUEZ CUNHA – Variações para Orquestra (Primeira Audição), Dedicada à Orquestra Sinfônica Jovem da Educação
• OSVALDO LACERDA – Pequenos Estudos para Orquestra de Cordas
• ALBERTO NEPOMUCENO – Série Brasileira
Solista: Lorena Aires Felipe
Regente: Eliseu Ferreira
Release:
Dia 13 de Maio, nosso bróder e colaborador Pedro Novaes se casará com nossa bela sister Juliana. Sim, mais dois a obedecer o “crescei e multiplicai-vos”. Monteiro Lobato, em cartas a seu amigo Rangel, costumava fazer críticas ao casamento e ao conseqüente fim da liberdade que só o solteiro supostamente tem. Claro, ele tinha apenas vinte e poucos anos de idade e não sabia de quase nada. Porque, depois que se casou com Purezinha (“linda e mais inteligente do que eu”), descobriu que os solteiros é que vivem escravizados à idéia de encontrar “a escolhida” ou, o que é pior, escravizados à perene necessidade de arranjar outra, mais outra e ainda outra provisória cara metade. Tal é o grilhão que prende o ego à concepção de que a experiência se ganha com quantidade e não com qualidade de relações. Quem está casado, descobriu ele, se abre ao mundo inteiro e ao além; quem está solteiro só pensa no sexo oposto, pensamento este que ofusca todos os demais…
Francis Ford Coppola, por seu turno, falou algo muito próximo disso em sua entrevista ao James Lipton no Inside Actors Studio. Ao ser indagado se seu casamento precoce não atrapalhou sua carreira, disse que muito pelo contrário, que, se não tivesse se casado tão cedo, teria demorado muito mais para realizar seus projetos, porque a família o fez colocar os pés no chão e finalmente avançar, a passos largos, pela realidade, pois os filhos precisavam comer, a vida tornou-se urgente. De fato, Coppola disse que fica impressionado cada vez que ouve um jovem diretor ou roteirista afirmando que pretende primeiro construir uma carreira estável para só depois se casar. Disse ele: “Apenas minha mulher e meus filhos me deram a motivação e a inspiração necessárias para fazer os filmes que fiz. Tenho pena desses jovens que pensam o contrário…”
Por fim, há também a excelente frase do tio dum amigo meu de São Paulo. Diz ele: “Homem que não casa, vira um traste…” Eu, por exemplo, estou em pleno processo de trastização… 🙂
Enfim, que Deus abençoe sua união, Pedro e Juliana. Sejam felizes e, antes de felizes, sejam a força um do outro. Se um dia eu me tornar um homem trilhardário – ahahahahaha, pobre de mim – comprarei um quadro como este do Marc Chagal para vocês:
Besos y abrazos
del amigo
Yuri
Esta animação (gif) eu recebi da Tatiana Ribeiro:

Não é bacaninha? Pena que só fique nesse eterno retorno oriental…