O Garganta de Fogo

blog do escritor yuri vieira e convidados...

Efeitos do Second Life… o retorno

Este vídeo é em homenagem ao Daniel, que não percebe que o Second Life apenas deixa as pessoas muito mais inteligentes e com o comportamento mais normal do mundo…

As abelhas e a fome mundial

Parece enredo de desenho animado: “Vamos acabar com o mundo, Pinky?” “Mas como, Cérebro?” “Vamos desenvolver um vírus que irá matar todas as abelhas do mundo! Ahahahaha!!” E o pior é que pode funcionar

Os EUA já perderam 80% de suas colméias. As abelhas morrem às toneladas – aliás, desaparecem, pois morrem longe de “casa”, abandonando as rainhas (estarão sendo abduzidas?) – e o melhor suspeito até agora é um vírus israelense. Coisa mais esquisita. Alguns estados norte-americanos já perderam 90% das abelhas. A França mais de 70%. Vamos ficar sem mel? Não, ficaremos sem produtos agrícolas, já que, segundo os botânicos, 75% dos vegetais que consumimos são polinizados por abelhas. E, pelos cálculos do Einstein, os seres humanos sobreviveriam apenas mais cinco anos sem essas venenosas.

Com essa, nem o Nostradamus contava.

Enquanto isso, no Japão…

Por falar em escrever sobre assuntos mais importantes e urgentes, eis um interessante vídeo japonês…

Os japoneses são melhores que a gente até para elaborar bobagens.

Joana D´arc

Joana D´arc - Jules Michelet

Quem estiver com o tempo livre e com algum sobrando eu gostaria de indicar um livro. Não porque a personagem é uma das principais figuras da história francesa, nem porque fui eu quem escreveu a introdução. Indico porque é uma boa leitura e uma excelente oportunidade de penetrar no universo do genial Michelet.

Até mesmo seus exageros são extraordinários. Michelet é o primeiro historiador a desenvolver um método de compreensão da história a partir do modo de vida das pessoas, buscando a ressurreição total de uma época na compreensão de fatos ou personagens até então desconsiderados pela historiografia clássica. A edição é muito bem cuidada, a tradução é excelente e a introdução não comete nenhum grande pecado. Leiam.

Cadê o Digestivo Cultural?

Um dos meus maiores desejos, no tocante à vida virtual, era poder dizer: amigos, hospedem seus sites em serviços brasileiros! Mas, após passar por maus bocados com dois dos maiores serviços de hospedagem locais, transferi meu site – sim, há cerca de quatro anos – para serviços internacionais e, embora tenha passado por um ou outro transtorno, nunca amarguei a perda de dados. Outros problemas inerentes ao trabalho de qualquer webmaster – downtimes, lentidão, instalação de módulos, etc. – ainda poderão ocorrer, mas como os serviços estrangeiros costumam custar 70% mais barato que os brasileiros não fica difícil relevá-los. Agora, realmente, perda de dados é o fim da picada. E, até o momento, parece que é exatamente o que vem ocorrendo com o Digestivo Cultural, site do qual sou colaborador. (Clique nos links da página inicial e veja o que ocorre.) Escrevi ao Julio Daio Borges, o editor, e ele me disse que já está nesse sofrimento há cerca de duas semanas. O nome do seu algoz? Terra Empresas. Se estiver pensando em hospedar seu site com ela, muito cuidado. Pela descrição que ele me fez do contato com o suporte técnico, tudo se passa como num desses casos cyber-kafkianos em que a empresa diz que está tudo sob controle sem demonstrar, em qualquer uma de suas respostas, que ela realmente sabe o que está acontecendo.

Boa sorte aí, Julio, espero ver o site online o mais breve possível.

Grafite — 2

grafite2.jpg

Brazil

Second Life, a volta do que não foi

Enquanto não me afogo em minhas próprias secreções nasais (argh!!!!) surfo distraído pela Internet e trombo com esta matéria do Estadão. “O fim do Second Life como o conhecemos“. Mas o futuro já acabou? Pensei, entre uma e outra aplicação de Aturgil. Lembrei-me imediatamente de outra notícia, agora do Portal G1, “Atração ‘De volta para o futuro’ é desativada no parque da Universal“. Eu gostava muito desta série, cujo melhor filme é, como quase sempre, o primeiro. A partir de então assisti a tudo que o diretor Robert Zemeckis fez. Discutia-se, há pouco tempo, a possibilidade de mais um filme da franquia, mas a suspensão do brinquedo no parque da Universal jogou um balde de gelo na boataria.

E o Second Life? Bem, as possibilidades iniciais do joguinho (joguinho, joguinho, joguinho) se esgotaram rapidamente a medida que as pessoas iam descobrindo o óbvio. A vida do dia-a-dia é muito chata, seja ela virtual ou não. Segundo a matéria do Estadão

O modelo de exploração se esgotou rapidamente. Levar uma segunda vida ficou chato e sem graça para 80% dos usuários, que abandonaram seus avatares depois da “febre” no início do ano. Hoje, há 9,2 milhões de residentes cadastrados, mas apenas 465 mil estiveram conectados na última semana.

Realmente, ajudar uma senhorita a ficar milionária com bugigangas para alguns tamagochis ultrasofisticados não iria muito longe, mesmo sendo a população mundial pouco atormentada pelo bom senso. A matéria abre flanco para mais uma modificação “revolucionária” (bem, eles não usam o termo, mas o título tem algo de fênix, né não?): a possibilidade de conhecimento gratuíto. Mas meu ceticismo deu o alarme. Querer redefinir o modo de relação das pessoas num ambiente virtual pelo diapazão intelectual é coisa complicada. Em geral nossas relações sociais se pautam pelo emotivo, pelas tonalidades afetivas. Bem esperemos. Ou ele se estabelece ou será mais um joguinho desativado.

Crônica de um almoço improdutivo

O cara que trabalha na Caixa Econômica precisava ir ao Detran. Ele pensou: na hora do almoço eu vou. Mas, quando chegou ao Detran, o funcionário do Detran também estava almoçando. Ele esperou o funcionário do Detran voltar, mas o homem não voltou a tempo, e ele teve de ir embora sem resolver seu problema.

O funcionário do Detran precisa ir ao Tribunal de Justiça. Ele pensou: na hora do almoço eu passo lá. Mas, quando chegou ao TJ não tinha ninguém para atendê-lo. Todos estavam almoçando. Ele ficou esperando algum funcionário voltar, mas ninguém chegou a tempo, e ele perdeu seu horário de almoço.

O funcionário do TJ precisava resolver um problema na Caixa Econômica Federal. Ele pensou: na hora do almoço eu passo lá. De fato, ele foi lá na hora do almoço. Havia uma fila interminável, e só um caixa estava atendendo, porque os outros tinham ido almoçar. Ele ficou um tempão na fila e não conseguiu resolver o que queria. Ele perdeu seu horário de almoço. Oh, que triste.

Um dos caixas da Caixa Econômica precisava ir à C&A. Ele pensou: na hora do almoço eu vou. Quando chegou a hora do almoço, ele foi à C&A, e foi prontamente atendido. As empresas inteligentes têm turno de 12h às 18h. Quando você chega lá na hora do almoço (entre 12h e 14h), tem gente para te atender.

Porque as estatais também não fazem esse turno? Porque os gerentes de estatais são burros.

Porque os bancos em geral não fazem esse turno? Porque os gerentes de banco são burros. Muita gente preferiria trabalhar das 12h às 18h. Seria mais produtivo. Quando uma pessoa usasse seu horário de almoço para resolver alguma coisa, ele encontraria funcionários para atendê-lo, em vez de guichê vazios.

Mas quem, numa estatal, está preocupado com a produção?

Os bancos em geral deviam trabalhar das 12h às 18h ou, sei lá, das 14h às 20h. Mas eles trabalham justamente na hora em que ninguém pode ir ao banco. Não é ridículo?

Participe da campanha “horário inteligente”. Vamos sugerir que os bancos trabalhem das 12h às 18h. Será mais produtivo para todo mundo.

Como faremos isso? Vamos entrar nos saites dos bancos e colar este texto. Quem sabe não tem algum gerente de banco que já trabalhou na C&A e tem uma vaga idéia do que é produtividade.

Grafite

grafite.jpg

Page 39 of 271

Desenvolvido em WordPress & Tema por Anders Norén