blog do escritor yuri vieira e convidados...

Categoria: Religião Page 9 of 30

Oriana Fallaci (1929-2006)

No dia 15 de Setembro, a jornalista italiana Oriana Fallaci encerrou sua missão: partiu desta pra melhor. Bom, melhor em termos, vá lá saber o que é o pós-vida de uma atéia honesta e corajosa, talvez ela preferisse ter deixado de existir, sei lá, mas… enfim, a mulher trabalhou muito por aqui entrevistando, conforme diz a revista Época citando a própria, “os filhos da puta estúpidos que mandam em nossas vidas”. (Faltou entrevistar o Chávez e o Lula, provavelmente.) Eu a li pela primeira vez ainda garoto graças à coleção de revistas Playboy que meu pai mantinha. Sempre que rolava uma entrevista com algum ditador, terrorista, líder revolucionário, aiatolá e assim por diante, lá estava a assinatura dela: Oriana Fallaci. Uma mulher de fibra que, ainda pré-adolescente, participou da resistência florentina contra os alemães na Segunda Guerra. Indignada com a violência e com os ataques à liberdade, tornou-se correspondente de guerra e, por fim, uma entrevistadora que parecia jogar pimenta na cara dos entrevistados. Há uma entrevista com ela, na revista Época, concedida ao jornalista dinamarquês Flemming Rose, o editor do Jyllands-Posten, o mesmo que lançou o concurso de caricaturas de Maomé. Sim, porque seus últimos três livros são alertas contra a islamização da Europa que, conforme me disse o Olavo de Carvalho outro dia, foi prevista por Frithjof Shuon, discípulo de René Guénon, ainda no início do século XX. (Citei alguns dos artigos da Oriana sobre o mesmo tema, por ocasião dum comentário do jornalista Janer Cristaldo.) Bom, leia este trecho da entrevista publicada pela revista Época:

Rose – Você se encontrou com o Papa Bento XVI no ano passado. Sobre o que vocês conversaram?

Revelação

Alguns trechos do livro “Fronteiras da Tradição”, do Olavo de Carvalho, que o Bruno Tolentino me emprestou lá na casa da Hilda Hilst:

“O revigoramento periódico do contato entre a inteligência e o infinito, que é a sua origem, denomina-se revelação, quando desse contato surgem um rito e uma norma destinada a possibilitar esse contato para um grande número de pessoas; denomina-se intuição intelectual quando ocorre para um indivíduo em particular. A revelação fornece os meios para que os indivíduos atinjam, quando qualificados para isso, a intuição intelectual. Para os que não tem essa qualificação, ela fornece a norma e o ensinamento para que se aproximem o quanto possível desse limite(…).”

“Não há religião nem esoterismo de espécie alguma sem uma revelação.”

“A revelação origina ao mesmo tempo as técnicas e disciplinas que conduzem à intuição, e as normas e leis que conduzem à vivenciação simbólica e indireta do sentido. A estas duas instâncias dá-se o nome de esoterismo e exoterismo, respectivamente.”

“Toda tradição remonta a uma revelação.”

“A revelação provém da Misericórdia divina, e a Misericórdia é por natureza expansiva.”

“A manifestação da ‘Tradição Primordial’, com uma forma própria e independente das demais, é um contra-senso puro e simples, que vai contra todas as condições de espaço, tempo e número que definem o ‘nosso mundo’, e portanto essa manifestação não ocorrerá antes do término deste mundo, o qual por sua vez deverá ser precedido justamente pela ‘Grande Paródia’ de Tradição Primordial, que será o Reino do Anticristo.”

(Fronteiras da Tradição, Olavo de Carvalho, Nova Stella, 1986.)

Contra-ataque israelense

Taí um vídeo tenso do jornalista Itai Anghel, que acompanhou o avanço de um pelotão israelense no Líbano. O Hezbollah, claro, sempre aprontando das suas: alguns de seus homens usavam uniformes israelenses.

Respondendo ao Ronaldo

Na verdade, não busco nada no Livro de Urântia. Ele apareceu na minha vida completamente ao acaso – uma amiga me emprestou um exemplar em 1997, lá na UnB, dizendo que eu certamente o acharia interessante – e o li inteiro, pela primeira vez, achando que não lia senão um desses livros que descrevem o mundo de um jogo de RPG. O problema é que o tal “mundo” esboçado por ele é, na minha humilde opinião, o mais vasto e profundo que nossa imaginação pode alcançar. Não é um livro perfeito – não é uma revelação direta de Deus – e tenho minhas críticas a muito do que está ali escrito. Mas o tempo me mostrou que, se a vida é um jogo, ela é um jogo de RPG (Role Playing Game), um jogo no qual desenvolvemos e aperfeiçoamos nossa personalidade, sendo esta um dom de Deus – exatamente o que diz o livro. E, a vida (e não o livro), me confirmou que esse RPG também tem um Mestre, a saber, o Arcanjo Miguel, que esteve entre nós como Jesus. Eu sei que tudo pode parecer muito louco ali. Mas não creio que o universo seja bobo e sem Graça como querem os céticos sistemáticos. A Hilda Hilst, o Bruno Tolentino e o Olavo de Carvalho me ensinaram pessoalmente que a fé não apenas não atrapalha a inteligência e a criatividade como, muito pelo contrário, as estimula e fortalece. Eu sei que não necessito d’O Livro de Urântia para chegar a tal conclusão. Eles não precisaram dele. Mas o planeta Terra precisa.

Olavo de Carvalho, Hilda Hilst e… o diabo?

Domingo, fiquei uma hora e meia ao telefone com Olavo de Carvalho (viva o SkypeOut!) e, recheada por todo tipo de assunto, tivemos uma boa conversa entremeada por boas risadas. Quando chegamos ao tema “sociedades secretas”, perguntei se ele de fato não ouvira mais nada a respeito do famigerado Livro de Urântia — do qual ele leu, anos atrás, e instigado por mim, apenas um trecho. Ele acha que semelhante leitura é um desses empreendimentos que pode ocupar toda uma vida e, com grande probabilidade, redundar em nada; isso caso o livro se mostre na verdade justamente o contrário do que diz ser, a saber, uma “revelação”. (Olavo, Hilda Hilst e Bruno Tolentino — afora alguns amigos e três ex-namoradas — ainda que eu não os tenha convencido a ler o livro por completo, foram as únicas pessoas que não riram da minha cara ao me ouvir falar dele. Gente fina é outra coisa.) Voltando. A certa altura, disse que me dedico a esse livro porque, entre outras coisas, ele fez parte da minha conversão à fé em Cristo. Replicou Olavo: “Pois é, muita gente chega a Deus e a Cristo por intermédio do diabo…” Tive de rir, o cara é fueda. Só esqueci de acrescentar que, sendo ou não autêntico, creio que esse livro ainda arrebatará o planeta inteiro, não importa se em 10, 100 ou 1000 anos, mais ou menos como faz o Orbis Tertius do conto do Borges. Aliás, acho que só ele pode enfrentar o Corão e os jihadistas. Bem, o Olavo acha que com esses aí só uma boa dose de mísseis, balas e bombas…

Em tempo: antes que algum amigo comum, meu e da Hilda, apareça para me dizer que ela não aprovava o Livro de Urântia, eu sei qual era de fato o caso. Quando lhe mostrei o livro, ela leu todo um “documento” sozinha — salvo engano, a parte que falava do “Monitor residente” — e, mais tarde, lemos outro juntos. Por fim, ela me disse: “Yuri, esse livro é tão louco, tãão louco, tããão louco — e eu sou tão velha, tãão velha, tããão velha — que eu tenho medo de, se continuar a leitura, ficar completamente gagá”. Rimos e, em seguida, ela me disse: “Fulano me disse que esse livro está te deixando pra lá de gling-glang”, e os olhos dela brilharam com aquela mistura de ironia e de admiração que tinha por gente doida. Sim, meu bróder, a fofoca funcionou ao contrário.

Ahmadinejad no 60 Minutes

Para quem quiser assistir à entrevista do presidente do Irã no 60 Minutes, aconselho a leitura dos comentários de Ali Tabrizipoor, no FaithFreedom (em negrito), que aclaram muitos pontos que o jornalista Mike Wallace deixou passar batidos. (No site há uma transcrição completa da entrevista.) Exemplos: enquanto Wallace descreve Ahmadinejad como um simples engenheiro civil que se tornou um presidente popular, Tabrizipoor o apresenta como um ex-militante dum movimento político-religioso radical (Office for Strengthening of Unity Between Universities and Theological Seminaries) – nomeado presidente não pelo povo mas por um colegiado de clérigos xiitas – que, além de tudo, ficou conhecido entre os prisioneiros políticos iranianos como “Tir Khalas Zan”, isto é, “aquele que dá o tiro de misericórdia” (após um fuzilamento malsucedido). Ahmadinejad, ao contrário de sua conversa fiada de amor e respeito a culturas distintas, é também aquele que, na TV iraniana, promete “acelerar a vinda do Imã Mahdí”, personagem mítica que instaurará um califado mundial. Segunda a tradição islâmica, esse líder espiritual surgirá após um cataclisma internacional cujo ápice será a guerra total contra os infiéis. Em suma, a missão de Ahmadinejad é ser o detonador desse processo.

Primeira parte

Aquele carnívoro do Dalai Lama…

Parece que existe mesmo algo como “os prazeres politicamente-incorretos”. Senti isso ontem ao dar, na revista Planeta (edição 408, ano 33), com a carta dum leitor indignado a respeito dum artigo publicado anteriormente, artigo esse que tinha o Dalai Lama como assunto. O tal leitor – Sr. Virgino – demonstra toda sua lástima por descobrir que nosso amigo lama não é, segundo ele, um ser de fato compassivo, uma vez que costuma comer carne mais de uma vez ao dia. Eis a missiva:

O Dalai Lama na berlinda
Em PLANETA 406, li a matéria com citações do Dalai Lama: “Como alcançar a paz de espírito”. É com pesar que revelo minha decepção em relação a esse líder budista. Por onde quer que ele passe, em qualquer matéria sobre ele, o tema é a compaixão. O Dalai Lama parece um incansável apóstolo da compaixão. Mas eu pergunto: até onde deve ir nossa compaixão? Será que devemos deixá-la de lado quando estamos diante de um prato de comida?

Na página 60 de seu livro A Prática da Benevolência e da Compaixão, ele fala sobre sua dieta alimentar e revela, sem o menor constrangimento: “Às 12h30, eu almoço, geralmente comida não-vegetariana, embora a minha preferência seja a vegetariana… Algumas vezes thupka (sopa com macarrão), ocasionalmente momo (bolinhos de massa cozidos no vapor com carne) e skabakleb (pão frito recheado com carne)”.

É deprimente saber que o líder maior do budismo tibetano não siga os preceitos de Sidarta Gautama, o buda histórico, cujo princípio religioso mais elevado é ahimsa – a não-violência e a compaixão. Mas a compaixão não exclui nenhuma forma de vida, especialmente a dos nossos irmãos indefesos encarnados em corpos de animais.

Eu sugiro ao Sr. Virgino a leitura do livro dum autor – segundo o critério acima exposto – muito mais compassivo que o Dalai Lama, uma vez que o sujeito não comia carne de forma alguma e, inclusive, talvez fosse ainda mais budista, tendo adotado um símbolo tibetano para o seu movimento político: Mein Kampf (Minha Luta), de Adolf Hitler. O quê?! Hitler era vegetariano? Sim, era. E adorava animais. Mas infelizmente o Senhor do Universo tem toda a razão: não é o que entra pela boca o que pode nos levar ao mal, mas sim o que sai dela. O Sr. Virgino pode ficar muito chateado com isso, mas não se atinge a compaixão através meramente duma dieta.

Blog do Pingüim e do Mun-Ha

Já falei aqui do blog do Ahmadinejad, o louco de Allah, o anti-semita da hora. Mas ainda não comentei sobre o blog do José Dirceu, o vice-presidente do Mensalão. (Sim, vice, pergunte ao Hélio Bicudo quem é o presidente da corrupção.) É engraçado bisbilhotar o site desses caras. É como se a gente estivesse lendo o jornalzinho do Pingüim, do Mun-Ha ou de qualquer outro vilão de desenho animado. Pena que eu não sou um hacker menor de idade. Substituiria suas respectivas imagens por outras photoshopadas, imagens essas mais de acordo com as loucuras desses dois. Lula disse no Jornal Nacional que afastou pessoalmente o José Dirceu – que, imagino, “o traiu” – mas o figura tá aí batalhando pela reeleição do “ex”-chefinho. Parece mulher de bandido. Gosta de apanhar, apanha, mas ainda ama seu homem. Tudo pela ideologia. Como bem comentou um dos “idiotas úteis” que freqüentam o blog dele, “a luta continua”. Tudo pelo social(ismo).

Quanto ao Ahmadinejad, fiz um comentário em seu blog – infelizmente sou tão caxias que assinei meu nome verdadeiro e dei minha URL real – que, claro, não foi aprovado. Em inglês (de Tarzã), critiquei algumas coisas óbvias – a suposta falsidade do Holocausto e a lapidação de mulheres, entre outras – que ele certamente não pretende ouvir e que obviamente foram deletadas antes pelo seu staff. O qual, aliás, deve ter me colocado num “banco de dados negro” (ou lista-negra) para o caso de um dia eu vir a me tornar de fato alguém que possa atrair alguma atenção. (Possibilidade bastante remota – e ainda escrevendo em português?! – mas o que são, lá para eles, alguns bytes nessa era de HDs com terabytes de capacidade?)

Aposto que se eu tivesse lido o livro A Arte da Guerra inteirinho, do Sun Tzu, teria visto ali: “a guerra é a arte da esquiva, do engano, por isso nunca deixe seu IP, seu email e seu site no blog do inimigo…”

Santa ingenuidade, Batman. Vivendo e aprendendo.

Bin Laden recebe permissão para matar 10 milhões

Da CNN, via Jihad Watch:

Michael Scheuer, que já comandou a unidade da CIA reponsável por Bin Laden, afirma que foi dada permissão a Bin Laden, por parte de um jovem clérigo na Arábia Saudita, autorização para que a Al Qaeda “use armas nucleares contra os EUA… até um limite de 10 milhões de mortos.”

“Ele recebeu permissão, uma permissão religiosa para dez milhões de mortes?”, perguntei-lhe.

“Sim,” Scheuer respondeu.

Islã, uma religião pacífica?

Fotos de uma passeata, em Londres, de grupos islâmicos que pretendiam demonstrar seu apreço pelo… Ocidente? Não, pelo fim do Ocidente.

Page 9 of 30

Desenvolvido em WordPress & Tema por Anders Norén