O Kirchner reestatizou os serviços de água e esgoto na Grande Buenos Aires, maior concessão do gênero no mundo, retirando-os das mãos da Águas Argentinas, um consórcio internacional, cujo controle acionário pertencia à francesa Suez. As alegações são essencialmente as de descumprimento do contrato, especialmente no que se refere a investimentos, e de ameaça à saúde publica porque supostamente relatórios da agência reguladora vinham apontando altos níveis de nitrato na água servida pela empresa. A Águas Argentinas alega que já pedira, ela mesma, o rompimento do contrato, no ano passado, porque o governo não cumpria a sua parte, essencialmente pelo fato de que os preços das tarifas públicas estão congelados abaixo do Prata desde a crise de 2002.
Autor: pedro novaes Page 23 of 33
Coluna do Alexandre Soares Silva publicada na Revista Semana 3, em julho de 2005 (todas as colunas dele nesta revista estão disponíveis aqui).
Esquerda? Direita? Muito pelo contrário!
Quando vejo alguém dizer que não é de esquerda nem de direita, tenho a mesma reação de quando encontro um carioca: olho para os pés dele em pânico, com medo que comece a sambar.
Ah, entendi tudo agora. Como sou inocente.
Me desculpem por citar seguidamente o Cláudio Weber Abramo, mas essa tem que ser reverberada. Sou tão bobinho.
Espero que não tenham se esquecido do Jobim do Mal ou do Mau Jobim, aquele que, presidente do Supremo e candidato a qualquer coisa que possa agarrar nas eleições vindouras, não vê incompatibilidade entre suas intenções e o cargo que ocupa. Well, não é que o dono dos porcos no STJ também?
O Senador Demóstenes Torres (PFL-GO),relator do processo de cassação do Senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) no Conselho de Ética daquela alta casa, produziu a pérola jurídica de que o mensaleiro-mor do PSDB não poderia ser defenestrado do cargo porque, como não era senador à época em que embolsou recursos do Valerioduto, não pode ter havido quebra de decoro parlamentar. Ou seja, roubar antes pode. Durante, não.
(Via Cláudio Weber Abramo).
Quer ficar com mais raiva ainda? De Olho no Imposto.
Finalmente chegou aqui à província “Menina Santa”, segundo longa da badalada diretora argentina Lucrecia Martel. Almodóvar é dos que se impressionou com o talento demonstrado pela moça em “O Pântano”, seu filme de estréia. Tanto que tornou-se produtor executivo deste outro.
La Niña Santa não é um filme arrebatador. Ao contrário, impressiona e marca o espectador em sua sobriedade e na sutileza quase subliminar com que nos incomoda.
Na linha “mamãe, saí do armário”, inaugurada pelo Paulo aí embaixo, venho a público, um pouco avexado, fazer essa confissão. Também não sei muito bem o que fazer com isso. Que vexame geral ontem…
Sabiam que a sonda Mariner I, lançada em 1962 pela NASA, saiu de seu curso e teve que ser destruída por causa da ausência de um hífen numa linha de código FORTRAN? US$ 80 milhões de dólares e anos de trabalho na latrina.
E que, mais recentemente, a Mars Climate Orbiter, se perdeu no espaço porque os engenheiros da NASA se esqueceram de converter unidades britânicas para unidades métricas num arquivo-chave de dados?
Isso me faz perder o sono pensando nas minhas humildes planilhas estatísticas. E se um comando de uma operação estiver errado em uma fórmula de cálculo? E se isso comprometer todos os meus dados, toda a minha linha de raciociocínio, todas as minhas conclusões, o trabalho for publicado e depois alguém apontar o erro e meu nome ficar manchado?
Acho que vou revisá-las mais uma vez.
Francis Bacon disse que:
“For myself, I found that I was fitted for nothing so well as for the study of Truth; as having a mind nimble and versatile enough to catch the resemblances of things … and at the same time steady enough to fix and distinguish their subtler differences; as being gifted by nature with desire to seek, patience to doubt, fondness to meditate, slowness to assert, readiness to consider, carefulness to dispose and set in order; and as being a man that neither affects what is new nor admires what is old, and that hates every kind of imposture.”
Mais ou menos isso:
“Descobri que nada me era mais adequado do que o estudo da verdade; dotado de uma mente ágil e versátil o suficiente para captar as semelhanças entre as coisas…e ao mesmo tempo firme o suficiente para separar e distinguir suas diferenças mais sutis; abençoado pela natureza com o desejo de buscar, paciência para duvidar, gosto por meditar, lentidão para afirmar, disponibilidade para levar em conta, cuidado ao descartar e ordenar;e sendo um homem que nem se assusta com o novo, nem tampouco admira o que é velho, e que detesta todo tipo de impostura.”
Do site Critical Thinking on the Web, que vale a visita.

