Fui informado – obrigado, Junior – de que a versão em português do Livro de Urântia será lançada oficialmente no dia 21 de Agosto, às 20:00 horas, na Rua Mesquita, 423 (travessa da Rua Cel Diogo, na altura da Av. Lins Vasconcelos), Jardim da Glória, São Paulo-SP. Caso queira comparecer, confirme sua presença pelos telefones 11-6163-0188 ou 3085-7909, ou então por e-mail:
Autor: yuri vieira (SSi) Page 66 of 72
Pessoa sempre afirmou ser um neurastênico (categoria muito difundida hoje em dia), sendo, além disso – eis seu diferencial – capaz de criar uma personalidade para cada sentimento que lhe acometesse: “Dar a cada emoção uma personalidade, a cada estado de alma uma alma”, escreveu. Daí seus heterônimos. Mas a lucidez, não sendo uma emoção, mas um “enxergar apesar de toda emoção”, não era uma prerrogativa do, digamos, Álvaro de Campos. Bernardo Soares era, como “outros Pessoas”, muito lúcido também. Veja como ele possuía, na primeira metade do século vinte, a clara noção do estado de coisas que se prolonga até os nossos dias:
Amigos, estou disponibilizando para download um roteiro que escrevi há três anos – Estou de Olho / Eye am the I – aliás, último trabalho que concluí enquanto ainda morava com a escritora Hilda Hilst. De lá pra cá, passou consecutivamente pela mão de três cineastas que, animadíssimos, quiseram “rodá-lo de qualquer maneira”. Por incidentes – e até acidentes – diversos, o dito cujo acabou não vindo à luz. O mais incrível é que foi aprovado por uma lei estadual e até pela Lei Rouanet. A turma da captação, claro, me deu o cano, até agora nada. E o já ex-diretor têm outras prioridades, já que finalmente encontrou a realização artística como DJ trance, tendo viajado a trabalho inclusive pela Alemanha e periferias semelhantes… Pois é, como não sou produtor executivo e muito menos gostaria de ser diretor iniciante de um roteiro tão complexo (embora seja um curta), fica ele aqui exposto aos interessados. Quem quiser plagiá-lo, fique sabendo que – além de ele já estar registrado há dois anos na Biblioteca Nacional – que isto seria ótimo, já que assim eu teria alguém para processar e finalmente descolar uma grana (ohohoho). Ah, mais uma coisa: se alguém aí resolver rodá-lo, já vou avisando que não mudarei o final do filho-da-mãe nem sob tortura. Boa leitura!
PS.: Para salvar o arquivo PDF em seu PC, clique no link acima com o botão direito do mouse e escolha “salvar destino como…”.
[Ouvindo: These Days – Nico]
Recebi este email de Marô de Freitas, o qual me pareceu extremamente relevante em vista das últimas atividades do MST. Ele também tem sido comentado na imprensa.
Carta de uma sem-nadaTenho 60 anos e vivi os últimos 12 anos em Colméia, numa fazenda, estado de Tocantins. Sou casada há 40 anos, meu marido é engenheiro agrônomo, 65 anos. Meu filho que trabalhou conosco até 1995 também é engenheiro agrônomo e tem 34 anos.
Éramos, talvez, a única família razoavelmente educada que morava naquele fim de mundo. A nossa casa era lá, era lá que passávamos as festas em família, lá estavam as nossas árvores, nossas flores, a casinha da nossa neta. Há 20 anos, periodicamente, dou aulas de arte no exterior (desenho, composição, pintura em porcelana). Assim conciliei a vida do Terceiro Mundo (ou no avesso do Terceiro Mundo) com três ou quatro viagens por ano aos Estados Unidos e Europa. Tenho o prazer de dar aulas a grupos realmente interessados e enfrento o “stress” de ter que explicar a inflação, a
destruição da Amazônia, a violência etc. a pessoas que faziam perguntas até por delicadeza. Pareciam preocupadas com uma “very nice person” “pessoa muito simpática” sofrendo tanto.
Se nessas últimas semanas alguém tentou encontrar, através dos links deste blog, a tradução para o português do Livro de Urântia, certamente deu com os burros n’água. A Fundação Urantia solicitou a retirada dos trechos ora traduzidos do site em que estavam hospedados. Já li por aí muita gente reclamando da ousadia da Fundação Urantia em manter o copyright de um texto supostamente revelado, cujo autor (ou receptor dos documentos) sumiu sem deixar rastros. Da minha parte não vejo qualquer problema no fato. Quem já leu o livro todo pôde perceber claramente a fonte inesgotável de polêmicas e controvérsias passíveis de serem sucitadas por tal leitura. Uma tradução não revisada ou, na pior das hipóteses, uma edição com cortes ou acréscimos apócrifos poderia vir a ser pura dinamite. O livro tem a pretensão de trazer a união, não a cisão. Por isso acho mais do que justo o zelo da Fundação pelos escritos. E, no final das contas, logo logo o texto estará disponível seja no site da Fundação, seja no dos Estudantes do Livro, seja em livro. Até lá, paciência.
Repito o que escrevi a um amigo: a “mobilização dos camponeses sem terra é a princípio legítima e digna de toda atenção”. Tem que fazer reforma agrária sim, mas sem violar o Estado de Direito. Ou seja, tem que respeitar a propriedade privada e, portanto, o governo, pobre como está, só pode mesmo fazer a coisa lentamente, uma vez que já está endividado até o pescoço. (Claro, pois é preciso compensar de forma justa, sem roubalheiras, quem detém hoje a propriedade das terras. Nem muito, nem pouco: o justo.) A única alternativa a esse modo de ação é o uso da força, o que corresponde a governos totalitários, sejam eles fascistas ou comunistas. Toda mudança profunda, que pretenda respeitar a maioria sem violar os direitos do indivíduo, deve ser gradual, racional e sensata. Não adianta abolir o direito à propriedade e sair invadindo. Qualquer prisioneiro sabe disso: o direito à propriedade pode não ser absoluto, mas nem mesmo numa cadeia haverá ordem se não houver a propriedade de um local, pequeno que seja, para encostar a cabeça e dormir. Quem garantiria a um “assentado” a posse de seu novo pedaço de terra em tais circunstâncias? Quem garantiria que ninguém iria tirá-lo de lá? Apenas um governo totalitário. Em última instância só o Estado seria o dono das novas terras e poderia fazer daqueles que ali habitam o que lhe desse na telha. Reforma agrária sim, baderna e violência não.
O texto abaixo, de Paulo P. Martins Jr., não é senão um comentário a uma das entradas do meu extinto blog O eXegeta, que tratava unicamente do Livro de Urântia:
O livro de Urantia quanto a ser revelado, ou não, de fato não difere da Bíblia ou do Coran ou do Baghava Ghita em suas condições de “ditas revelações”. Isto é compreensível já que nenhuma reveleção, ainda que os profetas o descrevessem não é “falada, ditada ou coisa que o valha por um alienígena de corpo presente”. Todo o fenômeno da revelação, como o da iluminação aliás, é fenômeno transpessoal bem tratado e já estudado em Psicologia Transpessoal e outros ramos do saber científico.
Eu já disse diversas vezes que a política me causa terríveis náuseas, tanto como esses vinhos doces e baratos que, em nossa adolescência, nos fizeram rolar pelo chão, cheios de vertigens e promessas de não mais repetir a dose. Grande parte dos políticos vivem de embriaguês, tanto a deles quanto a do povo. Semana passada, a revista Época finalmente publicou uma matéria dando a verdadeira face do MST. Quem leu ou o livro “Doutor Zhivago” ou o os escritos do Che Guevara sabe que a mobilização dos camponeses sem terra – a princípio legítima e digna de toda atenção – não é senão, quando em mãos de politiqueiros revolucionários, mais uma forma de embriagar e atordoar o restante da sociedade. É um perigo. Sempre o mesmo papo totalitarista da coletivização dos meios e modos de produção. Sempre o mesmo papo anti-indivíduo, anti-iniciativa individual, anti-liberdade humana. Bom, não estou a fim de voltar a essas coisas podres, a essa gente que insiste em se apegar a idéias mortas e comprovadamente falíveis. (Quantos não morreram no século XX devido a tantas boas intenções?) Basta a leitura dessa fábula do Leonardo da Vinci para se compreender a total falta de bom senso dessa gente:
Amigos, este blog completou um ano em Maio e, de Junho pra cá, finalmente pude – com a ajuda do Movable Type – reformulá-lo e assumir total poder sobre ele. Agora já não haverá aqueles problemas pentelhos do Blogger, que ora estava em manutenção, ora sumindo com meus arquivos, ora ignorando meus templates, além de outras chatices técnicas. Com o Movable Type este site ganha novas funções, tais como o trackback – que servirá de ponte para outros blogs -, o sistema automático de notificações – agora associado aos meus livros on line – e um sistema próprio de comentários, o que o livrará da sacanagem da Yaccs de engolir todo comentário que ultrapasse os dois meses de idade. Claro que alguns detalhes ainda devem ser corrigidos, como por exemplo a incapacidade que o script de importação de comentários apresentou em compreender os caracteres acentuados, e semelhantes, da língua portuguesa. Nada que uma revisão minuciosa não possa corrigir. O importante é que estou livre desses sistemas gratuitos que, a longo prazo, acabam saindo muito caro, principalmente para quem pretende realizar um trabalho sério.
Outro detalhe digno de nota é o fato de que agora este blog está “RSSficado”, clique aqui. Não sabe o que é isto? Então informe-se:
“O RSS (Rich Site Sumary) é um formato padronizado mundialmente para troca de notícias e usando RSS você pode ler as manchetes de seus sites preferidos sem precisar visitá-los a toda hora. A idéia do Projeto RSSficado é permitir que você acesse notícias de diversas fontes (fontes estas que geralmente disponibilizam notícias apenas para acesso via navegador HTML) em um único programa (RSS reader), permitindo que você se mantenha informado e otimize seu tempo. Geralmente as notícias no formato RSS fornecem um título, resumo da manchete e um link através do qual você pode obter maiores informações, dessa forma você só abre o seu navegador para ler aquilo que realmente lhe interessa.
Há RSS readers em vários sistemas operacionais. Um que recomendamos é o Feedreader, disponível para usuários do Windows. Outros leitores podem ser encontrados aqui.”
Bom, espero que desfrutem da mudança.
[Ouvindo: Where It’s At – Beck ]
No email abaixo respondo a um internauta que criticava minha atitude de criar um blog dedicado ao Livro de Urântia:
Oi Carlos
Estou ciente de todo esse julgamento feito por vc. Meu primeiro site data de 1998 e, desde aquele ano, venho pensando na possibilidade de trazer a público meus pensamentos e dúvidas sobre o Livro de Urântia. Pode confirmar com meus amigos: sou exagerado no que se refere a pensar antes de agir, não faço nada gratuitamente. E se criei este blog, não foi por ter simplesmente acatado o tal livro como uma revelação, mas porque ele foi, entre outros fatores de cunho existencial, o catalisador da minha aceitação de Deus e do Cristo. Seja ele uma revelação ou não, isto não é o mais importante neste momento. O mais importante é que muitos acreditarão que ele é. Sendo assim, nada melhor do que servir à minha fé fazendo uma leitura em profundidade. (É preciso evitar fundamentalismos a todo custo, o que, aliás, e ironicamente, o próprio livro afirma.) Tudo bem, ainda não coloquei aqui nada muito crítico, mas hei de.