blog do escritor yuri vieira e convidados...

Autor: yuri vieira Page 33 of 107

Lula na ONU

Eu fiquei impressionado quando vi, na propaganda do PT, o Lula ser aplaudido de pé na ONU. Pensei, “nossa, essa gente não tem a menor noção do que está acontecendo aqui”. E ainda fiquei me remoendo ao imaginar o efeito da cena sobre a jegaiada que ainda apóia esse cara. O que eu não sabia é que era tudo uma lição de casa da matéria do tio Eisenstein, uma cena forjada para parecer real, enfim, uma mentira deslavada. Leia este trecho do Daniel Sant’Anna:

Um bom exemplo desse problema é a utilização de imagens do presidente Lula, discursando na ONU. Sua campanha pela reeleição utilizou-se dessas imagens (que são reais: Lula de fato esteve lá) adicionadas da imagem da mesma assembléia, aplaudindo de pé (imagens reais, também). O problema reside no fato, já conhecido, de que os aplausos utilizados não foram direcionados a Lula, e sim a um outro discurso, o de Kofi Annan.

Diogo Mainardi e Reinaldo Azevedo – II

Mais um diálogo dos “golpistas” a respeito das eleições, via Veja podcast

    [audio:http://veja.abril.com.br/idade/podcasts/mainardi/audios/011006.mp3]

Ainda o Orkut

Essa confa entre o Orkut e o Ministério Público brasileiro está causando discussões enormes lá fora. Veja aqui, aqui e aqui.

Entre outros, gostei deste comentário:

For those playing at home: we just learned why Google is hesitant to build data centers in countries that have weaker protection for freedomes than does the US.

¿Que pasa?

Este site, que costuma receber em média 1000 visitas/dia, de repente passou a receber mais de 2000/dia. Ontem chegamos a 3000. Humm. (Cofiando o cavanhaque.)

Bem-vindo ao mundo… virtual!

Quando você finalmente aderir ao Second Life, esta é a região em que irá nascer: The Help Island, que não é senão uma espécie de umbral para a Main Land, onde você realmente irá iniciar sua segunda vida. A área circular da foto vive em constante efervescência. É nela que pipocam a uma taxa de vinte por minuto os novos avatares. (O Second Life possui atualmente 806.237 habitantes, dentre estes, se nos basearmos na comunidade do Orkut – Second Life Brasil – 918 são brasileiros.) Estou quase criando um avatar apenas para ficar vagando pela Help Island e gritando aos recém chegados: “Abandonai todas as esperanças vós que entrais, pois em breve estareis irremediavelmente viciados e perdereis vossas primeiras vidas!” E a isto se seguirá uma gargalhada tétrica: ahahahahaha!

Diogo Mainardi e Reinaldo Azevedo

Eis o diálogo, via podcast da Veja, entre os dois “golpistas” da hora, que têm todo o meu apoio.

[audio:http://veja.abril.com.br/idade/podcasts/mainardi/audios/280706.mp3]

Alborgueti: quem é mais ladrão?

Um singelo vídeo para meditação pré-eleitoral…

Saudade do Boris Casoy – II

Olhaí por que deram um chá de sumiço no Boris Casoy. O governo federal ameaçou retirar sua verba publicitária da Record, caso o Boris não fosse afastado, e os pastores cretinos, que pelo jeito não entendem mesmo nada de consciência, baixaram a cabeça. Lula é de fato um ditador em fase larvar. E ainda estou com saudade do Boris

WTC no Second Life

O World Trade Center foi destruído por fanáticos religiosos, mas esse atentado terrorista jamais será apagado de nossas memórias. No Second Life, por exemplo, há ao menos quatro réplicas virtuais das torres gêmeas. Estive em três delas e, na mais caprichada, cheguei a conversar com seu diretor/construtor, o inglês Jon Vang Padan, 40 anos de idade. Jon mora num subúrbio a 12 milhas do centro de Londres e decidiu criar seu memorial na área virtual de Solchan The JV Center – em homenagem a um amigo norte-americano, um bombeiro morto juntamente com dois irmãos na queda da última das torres. Seu memorial apresenta não apenas a reprodução em grande escala das torres, mas ainda diversas fotografias reais – feitas antes e após os ataques – e uma maquete. Pretende acrescentar vídeos e textos assim que lhe sobrar algum tempo.

Este sou eu aos pés do WTC virtual. Uma foto parecida com a que o Rodrigo Fiume, nascido num dia 11 de Setembro, fez sob as torres originais.

Na imagem abaixo, converso com Jon Vang, à esquerda. Note que, no Second Life, enquanto escrevemos no chat os avatares reproduzem o movimento de digitação.

Ainda o Second Life (um esboço de artigo)

O aspecto revolucionário do Second Life está em seu potencial, não naquilo que ele já é. Há três anos, entrei num “mundinho virtual” que imagino tenha sido o próprio. Era apenas um chat com “bonequinhos”, uma chatice de tão lento e tosco. Nada além disso. Mas, conforme avança a tecnologia, conforme aumenta a capacidade de processamento dos computadores servidores e clientes, conforme aumenta a velocidade da transmissão de dados, a coisa vai assumindo proporções espantosas. Hoje, um arquiteto já pode comprar um terreno ali e reconstruir virtualmente todos os seus projetos já realizados em vida, um condomínio, com casas planejadas apenas por ele, que pode ser seu portfolio profissional, seu mostruário. “Ah, você quer conhecer meu trabalho? Visite meu bairro: ‘arquiteto fulano (123, 87, 67)'”. E pronto. Um decorador pode se associar ao arquiteto e botar mãos à obra. Artistas plásticos (olha a chance dos escultores) e fotógrafos expõe seus trabalhos. Salas de cinema virtuais exibem filmes de verdade. (Já imaginou? Um festival de cinema ali dentro? Com entrega de prêmios e tudo mais?) A exposição de trabalhos em 2D pode parecer redundante, afinal, a internet já tem tudo desse campo. Mas o louco do Second Life é que ele reforça a ação do acaso no relacionamento virtual. Na internet, em geral, as pessoas saem pesquisando o perfil uma das outras no Orkut, ou através de blogs, e já entram em contato com o próximo condicionadas por aquilo que acreditam saber dele. No Second Life, não. Você encontra os demais como quem se esbarra na rua com um desconhecido e, sem qualquer razão que não seja a pura cortesia, troca com ele uma idéia. Amizades podem sair daí. Sociedades. Parcerias. “Ei, vai rolar um vernissage agora, vamos?” E vocês saem voando juntos.

Uma das coisas mais interessantes no Second Life é sua semelhança com os sonhos e projeções astrais. Para quem não vê o mundo como eu vejo, isso pode soar como uma grande besteira. Então apenas esqueça tudo o que já ouviu a respeito desses “esoterismos” e entenda: agora você poderá experimentar, em grau menor, o que certos místicos afirmam experimentar, a saber, o relacionamento com pessoas reais num ambiente onde tudo o que é imaginável é também possível. Sim, é virtual, é ilusão, a maya da Maya, mas as pessoas são reais e também as reações delas a suas ações. O sentimento de vergonha existe ali dentro, você se sente embaraçado ao cometer uma gafe em público e há aquela mesma timidez de sempre ao se aproximar duma “mulher bonita” pra puxar conversa. Retorna aqui toda aquela metáfora do mundo da Matrix no tocante a esse mundo real. Tal como num RPG, ou num simulador de vôo, é possível ter experiências ali dentro que nos aprimorem. Não importa se o mundo é feito da mesma matéria dos sonhos ou da mesma matéria dos pixels, os espíritos são os mesmos e não importa o meio que usam para se manifestar. Sem falar que Freud está ali o tempo todo: você pode expressar seus desejos mais recalcados. Daí toda a perversão que também existe no Second Life. Tal como colocou Swedenborg ao falar da vida após a morte, nessa realidade virtual cada qual se encaminha até as regiões com a qual se sente mais afim. Você pode ter ótimos diálogos, aprender outras línguas, ir a saraus de poesia, passar a tarde inteira fazendo compras, procurar um “emprego” ou expor seu trabalho, explorar sozinho ou acompanhado as curiosidades daquele mundo ou simplesmente ficar num inferninho de sexo explícito. Você é quem sabe.

Enfim, há muito o que falar sobre mais esse “fenômeno da internet”. Mas deixarei isso a cargo do meu avatar no sistema, uma mistura daquelas coisas lindas que eu imagino ser com aquelas horríveis que trago em mim, o meu Mister Hyde pessoal.

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