Polêmica na revista Forbes digna da revista Marie Clair: o colunista Michael Noer sugere – a partir duma dessas importantes pesquisas acadêmicas – que os homens não devem casar com mulheres carreiristas, essas workaholics que não ligam pra casa, pros filhos e que ganham mais que os maridos. (Pobre auto-estima de matcho!) Sua colega, Elizabeth Corcoran, contra-atacou afirmando que o casamento só não funcionará com homens lerdos incapazes de aprender com os fatos da vida, enfim, com homens burros. Bem, segundo a tal pesquisa, as mulheres bem sucedidas preferem homens ainda mais bem sucedidos. Parece fazer sentido, principalmente na posição papai-mamãe. (Como dizia o Álvaro de Campos, se eu casasse com a filha da minha lavadeira, talvez fosse feliz…)
Autor: yuri vieira Page 39 of 107
Enquanto isso, nos EUA, o programa Survivor (CBS) – aquele Big Brother para exibicionistas sádicos radicais – terá suas equipes separadas por etnias: grupo dos brancos, dos negros, dos hispânicos e dos asiáticos. Rush Limbaugh brincou com o absurdo da idéia – onde está o grupo da Al Qaeda? e o dos judeus? – e a mídia politicamente correta caiu sobre dele. Claro que o cara se saiu muito bem da história…
Veja lá no Reinaldo Azevedo: o PT, com a reeleição de Lula (que não irá ocorrer, credo), pretende criar mecanismos stalinistas para controlar os meios de comunicação. Zeus poderia jogar um raio nessa gente…
Do Cláudio Humberto:
Disse bem
Ex-esquerdista que renegou o “terrorismo” na ditadura, Marcos Vinício Fernandes revelou a Fernando Molica, da GloboNews, que foi torturado, mas não quer indenização: “O povo brasileiro não me deve nada”.
Eu que pensei que nenhum deles – a começar pelo Carlos Heitor Cony e pela alta cúpula do PT – tinha vergonha na cara.
P.S.: Atenção companheiros do Garganta: graças a esse post fui obrigado a criar a tag “milagre”. Use-a em casos como esse.
O Chris Rock é mais uma prova de que a inteligência tem tudo a ver com o comportamento politicamente incorreto.
O Julio Daio Borges, editor do Digestivo Cultural, publicou uma resenha com os melhores podcasts brasileiros e internacionais até o momento. (Por incrível que apareça até o nosso – tão desprezado por nós mesmos, coitado – está lá. Obrigado, Julio.)
Para quem ainda não assistiu, esse é o documentário britânico sobre as relações da TV Globo com a sociedade brasileira, com seus políticos e com a classe artística. Está proibido no Brasil desde 1993. Apesar de trazer um ou outro comentário boboca de viés esquerdista anti-capitalista – como se os problemas apresentados fossem inerentes ao capitalismo e não à promiscuidade entre poder público e poder financeiro -, a peça é bem interessante. É curioso ver, através da ótica dum estrangeiro, o quão bizarra é a nossa televisão.
Atenção para a declaração do Walter Clark, segundo o qual Roberto Marinho é um Citizen Kane sem Rosebud. (Isso me lembra os causos que ouvi do jornalista Washington Novaes e do cineasta Eduardo Escorel – nas duas ocasiões em que almoçamos juntos lá no FICA – sobre os bastidores da Globo nos anos 70 e 80, as confas entre Clark e Boni, etc. Qualquer dia voltarei ao tema.)
Para quem quiser assistir à entrevista do presidente do Irã no 60 Minutes, aconselho a leitura dos comentários de Ali Tabrizipoor, no FaithFreedom (em negrito), que aclaram muitos pontos que o jornalista Mike Wallace deixou passar batidos. (No site há uma transcrição completa da entrevista.) Exemplos: enquanto Wallace descreve Ahmadinejad como um simples engenheiro civil que se tornou um presidente popular, Tabrizipoor o apresenta como um ex-militante dum movimento político-religioso radical (Office for Strengthening of Unity Between Universities and Theological Seminaries) – nomeado presidente não pelo povo mas por um colegiado de clérigos xiitas – que, além de tudo, ficou conhecido entre os prisioneiros políticos iranianos como “Tir Khalas Zan”, isto é, “aquele que dá o tiro de misericórdia” (após um fuzilamento malsucedido). Ahmadinejad, ao contrário de sua conversa fiada de amor e respeito a culturas distintas, é também aquele que, na TV iraniana, promete “acelerar a vinda do Imã Mahdí”, personagem mítica que instaurará um califado mundial. Segunda a tradição islâmica, esse líder espiritual surgirá após um cataclisma internacional cujo ápice será a guerra total contra os infiéis. Em suma, a missão de Ahmadinejad é ser o detonador desse processo.
Primeira parte
Parece que existe mesmo algo como “os prazeres politicamente-incorretos”. Senti isso ontem ao dar, na revista Planeta (edição 408, ano 33), com a carta dum leitor indignado a respeito dum artigo publicado anteriormente, artigo esse que tinha o Dalai Lama como assunto. O tal leitor – Sr. Virgino – demonstra toda sua lástima por descobrir que nosso amigo lama não é, segundo ele, um ser de fato compassivo, uma vez que costuma comer carne mais de uma vez ao dia. Eis a missiva:
O Dalai Lama na berlinda
Em PLANETA 406, li a matéria com citações do Dalai Lama: “Como alcançar a paz de espírito”. É com pesar que revelo minha decepção em relação a esse líder budista. Por onde quer que ele passe, em qualquer matéria sobre ele, o tema é a compaixão. O Dalai Lama parece um incansável apóstolo da compaixão. Mas eu pergunto: até onde deve ir nossa compaixão? Será que devemos deixá-la de lado quando estamos diante de um prato de comida?Na página 60 de seu livro A Prática da Benevolência e da Compaixão, ele fala sobre sua dieta alimentar e revela, sem o menor constrangimento: “Às 12h30, eu almoço, geralmente comida não-vegetariana, embora a minha preferência seja a vegetariana… Algumas vezes thupka (sopa com macarrão), ocasionalmente momo (bolinhos de massa cozidos no vapor com carne) e skabakleb (pão frito recheado com carne)”.
É deprimente saber que o líder maior do budismo tibetano não siga os preceitos de Sidarta Gautama, o buda histórico, cujo princípio religioso mais elevado é ahimsa – a não-violência e a compaixão. Mas a compaixão não exclui nenhuma forma de vida, especialmente a dos nossos irmãos indefesos encarnados em corpos de animais.
Eu sugiro ao Sr. Virgino a leitura do livro dum autor – segundo o critério acima exposto – muito mais compassivo que o Dalai Lama, uma vez que o sujeito não comia carne de forma alguma e, inclusive, talvez fosse ainda mais budista, tendo adotado um símbolo tibetano para o seu movimento político: Mein Kampf (Minha Luta), de Adolf Hitler. O quê?! Hitler era vegetariano? Sim, era. E adorava animais. Mas infelizmente o Senhor do Universo tem toda a razão: não é o que entra pela boca o que pode nos levar ao mal, mas sim o que sai dela. O Sr. Virgino pode ficar muito chateado com isso, mas não se atinge a compaixão através meramente duma dieta.
Você já assistiu aos desenhos animados da famigerada Betty Boop? Alguns são excelentes, completamente surreais. Tudo o que aparece na tela pode ganhar vida duma hora pra outra.