blog do escritor yuri vieira e convidados...

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Melhor direção no 3º FestCine Gyn

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Eu tenho andado tão “anti-blog” ultimamente — temos gastado proveitosamente nossas palavras no grupo de discussão dos colaboradores do Garganta — que sequer me dei ao trabalho de dizer que eu e Cássia ganhamos, no III FestCine Goiânia, o prêmio de Melhor Direção em curta-metragem por nosso filme ESPELHO. O juri era formado por Neuza Borges, Cecil Thiré, Germano Pereira, Guilherme de Almeida Prado, Telma Reston e Anselmo Pessoa Neto. Recebemos o prêmio das mãos do ator e diretor Cecil Thiré (foto), que tem um olhar azul aparentemente cheio de histórias para contar. Não pude deixar de mandar lembranças à mãe dele, a atriz Tônia Carrero.

Enfim, foi nosso primeiro prêmio com o ESPELHO. Agora veremos o que rola nos próximos festivais.

O fim da dúvida

No mês passado, eu sanei uma velha dúvida. E foi na prática mesmo, sem nada de teoria.

Fui ao Rio fazer um frila e, numa quarta-feira de manhã, peguei a ponte aérea de volta a São Paulo. Para poder chegar à minha poltrona, a 5a, na janela, pedi licença à passageira da 5b, a do meio, que prontamente se levantou para que eu pudesse passar. De cara, eu a reconheci, apesar de seus imensos óculos de sol.

Numa discreta blusa branca e preta, a senhora retirou um grosso livro (em inglês) de sua bolsa (Prada, deu pra ver bem) e passou a viagem lendo. Confesso que ela me deixou um pouco tenso. E se eu cometesse alguma gafe? Sei lá…

Resolvi, assim, ficar “na minha” o máximo que conseguisse. Ou seja, mal abri a boca. Acho que o “máximo” que fiz foi pedir-lhe a revista da Gol que estava no “porta-coisas” à sua frente. “Posso?”, perguntei-lhe. “Claro”, respondeu-me.

Nem aceitei a barrinha de cereal; pedi apenas água com gelo. Ela só aceitou o suco de manga. “Light”, frisou.

Daí que, chegando a São Paulo, me distraí olhando pela janela a imensidão de concreto e asfalto. Foi quando a minha antiga dúvida se resolveu.

Como não notei que o comissário me dirigia a palavra, pedido o copo já vazio, a senhora me chamou a atenção. Não disse uma palavra, na verdade. Apenas tocou meu ombro — e com certa força, não foi ligeiramente — usando dois dedos, o indicador e o do meio.

Agora já posso dizer à Débora, minha filha, que tá liberado o cutucão. Se a Gloria Kalil cutuca, nós também podemos cutucar, não?

Olho de Vidro

O blog sobre cinema da Sertão Filmes, editado pelo Pedro Novaes e do qual eu e o Paulo Paiva somos colaboradores, já está em seu novo endereço. Agora só falta recolocar os links e demais firulas bloguísticas. Cada dia está com um visual distinto, mas uma hora haverá de encontrar sua própria cara. (No começo, não curti esse título, mas o Pedro insistiu e já estou começando a achá-lo engraçado.)

Lançamento do nosso curta-metragem

Eis o cartaz/flyer do nosso curta-metragem ESPELHO. (Clique sobre a imagem para vê-la ampliada.) Para conhecer o endereço, clique aqui.

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Espelho – quase lá

Nosso curta-metragem Espelho – cujo roteiro escrevi e que dirigi com a Cássia Queiroz – está quase terminado. No momento, estamos à espera da trilha sonora. Assim que tiver notícias sobre – como dizer? a estréia? o lançamento? a avant-première? – darei um toque aqui. (Vale lembrar que dois colaboradores deste blog participaram como atores: o Pedro e o Paulo. Não, não é um filme sobre apóstolos…)

Abaixo, no escurinho do cinema, os excelentes atores Renata Mello e Sandro Torres.

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Adeus, Bruno!

Faleceu hoje o mestre e amigo Bruno Tolentino, que conheci em 1998, na casa da escritora Hilda Hilst, no dia do meu aniversário de 27 anos. Bruno também morou ali na Casa do Sol – por cerca de oito meses – e, além de termos feito algumas feijoadas juntos, discorremos sobre todo tipo de assunto, principalmente literatura, arte, política e religião. Juntamente com a Hilda e com o escritor Mora Fuentes, costumávamos também, ao final daquelas saudosas tertúlias diárias, assistir a clássicos do cinema. Nunca me esquecerei da expressão em seu rosto quando, certa tarde, apareceu em meu quarto para reclamar do CD que eu estava ouvindo e que, segundo deixou claro, o estava incomodando em seus afazeres: Passages, de Philip Glass e Ravi Shankar. “Essa composição está andando em círculos, não tem a saída da espiral! Isto não é música, é a música como idéia…”, comentou, parafraseando o título do livro que vinha finalizando, O Mundo como Idéia.

Amigo e mestre, vá com Deus e mande um beijo pra Hilda.

Voltamos

Este blog ficou uma semana offline devido a problemas no servidor. (Na verdade, os caras suspenderam minha conta até que eu desse um jeito no script.) Instalei, pois, o wp-cache. Vamos ver se é o suficiente para não sobrecarregar a CPU da Routhost.

Negócios no Second Life

Que vêm ocorrendo reuniões, palestras, aulas e seminários nas várias áreas do Second Life – e sobre os mais diversos assuntos – não é segredo para ninguém. Eu mesmo já estive no Primeiro Festival de Literatura do SL, em várias outras discussões literárias, filosóficas, políticas e inclusive numa leitura ao vivo do escritor D. Harlan Wilson, e basta checar a categoria SL deste blog para comprovar isso. (Sim, todos os eventos em inglês, pois o povo mais inteligente do mundo – o povo brasileiro – ainda pensa que SL é só um joguinho e utiliza o programa apenas para desperdiçar tempo.) Enfim, as pessoas vêm utilizando a nova ferramente cada vez mais e melhor. Até aí tudo normal… Agora, um seminário sobre o Second Life, fora do Second Life, e no Brasil, é algo realmente digno de nota. É um projeto da Editora Abril e da revista Info e cobrará R$665,00 de cada participante. (É brincadeira isso? Claro que não, neguinho não brinca com dinheiro.) O seminário de chama “O ambiente de negócios no Second Life” e ocorrerá dia 20 de Junho, em São Paulo.

(Fonte: Katia Teatime, a companheira do meu avatar.)

Saída de emergência

Caramba, tive de subir quase todos os arquivos de áudio do nosso podcast para o Archive.org ou, do contrário, ficaríamos com o site bloqueado. Depois que saiu a matéria sobre podcasts literários no Portal Literal, a taxa de consumo de banda do Karaloka subiu às alturas. Nesse aspecto, apenas os primeiros dois dias de Maio já bateram todo o mês de Abril!! Dá pra imaginar? Se não dá, veja: uma página deste blog tem, em média, entre 60Kb e 100Kb de dados; o podcast possui arquivos que variam de 5Mb a 40Mb. Os dois Loudmess, do Paulo Paiva, tem 37Mb cada um. Ou seja, uma única pessoa que por ventura ouça um deles equivale a 616 pessoas lendo uma página de 60Kb. Sacou? Podcast é bacana, mas não vale a pena hospedar os arquivos mp3 no nosso site não. E olha que nosso limite de transferência de dados é de 40Gb. Na velocidade que a coisa ia não chegaríamos nem ao final desta semana…

Bom, aproveitei o ensejo e dei uma atualizada no podcast, que estava sem a entrevista que fiz com o André Abujamra e o mais recente bate-papo com o Olavo de Carvalho.
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E o Controle venceu a Kaos

Ter dirigido o curta-metragem Espelho, com a Cássia, foi simplesmente uma das coisas mais loucas que fiz na vida. Entrou para os Top 5 do meu rol de insanidades, justamente após a escalada ao vulcão Tungurahua e antes de… bem, leia meu conto Genus irritabile vatum… Sério, não estou brincando: uma pessoa que decide estrear no cinema com um orçamento curtíssimo e colocando, além da equipe, cerca de 150 figurantes famintos e cansados dentro duma sala de cinema por quase 21 horas seguidas não pode bater bem. Quando mais alguém disser “o Yuri é doido”, direi “de fato, ele é”. Eu andava pelo set e pensava, “as pessoas devem estar dizendo para si mesmas: ‘eu não gostaria de estar na pele desse cara'”. Mas tudo correu bem, graças ao apoio dessa equipe maravilhosa cujos nomes citarei mais tarde. Conforme anunciei, o Controle protegeu o set contra as forças trevosas da Kaos. Tudo poderia ter dado errado, mas mil e um pequenos milagres nos salvaram. E da maioria deles só tomei conhecimento após as gravações. Eu acreditava estar na posição mais difícil, mas na verdade estava no olho do furacão, um oasis de calma em meio a uma verdadeira batalha contra as circunstâncias. Cada situação, cada encrenca de que nem me dei conta, concentrado que estava em instruir os atores e compor os planos. Sim, às vezes chegavam notícias escabrosas: “alguém desmaiou!”, “uma diabética está com hipoglicemia!”, “uma grávida está passando mal!”, “não encontraram as balas de festim!”, “sem óleo o projetor vai queimar!”, “mais da metade dos figurantes querem ir embora!”, “a comida ainda não chegou!”, etc., etc. Embora nem tudo tenha saído conforme planejado, e a pressão das circunstâncias tenha impedido, em algumas cenas, a busca do “plano perfeito”, minha co-diretora foi destemida, minhas produtoras foram verdadeiras paladinas, os atores foram incríveis e os técnicos, excelentes. Que Deus abençoe a todos.

Seguem algumas fotos (feitas pela Karina, minha irmã, que se incumbiu da claquete), que incluem nossos atores estreantes Pedro Novaes e Paulo Paiva, colaboradores deste blog. (O Pedro tornou-se um verdadeiro psicopata, uma atuação impressionante.)

Equipe do filme EspelhoCom o ator Pedro NovaesA atriz RenataInstruindo o ator Sandro TorresYuri, no monitorCassia, diretoraO ator Paulo Paiva

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