blog do escritor yuri vieira e convidados...

Categoria: Ciência Page 19 of 29

Stalinismo Ambiental

Não ando com muito saco pra ficar escrevendo sobre meio ambiente, mas essa merece pela raiva que dá do Estado. Está n’O Eco, um dos melhores veículos de comunicação sobre a matéria.

Muita gente deve conhecer a Fazenda Imperial, no Distrito Federal. Trata-se de uma área de 4 mil hectares absolutamente preservada na qual seus proprietários estabeleceram um bem sucedido empreendimento de ecoturismo. Pois é. E acaba de ser aprovada na Câmara dos Deputados uma ampliação em 14 mil hectares do Parque Nacional de Brasília, o que é muito bom, exceto pelo fato de que, com isso, o Ministério do Meio Ambiente e o Ibama pretendem passar para suas eficazes mãos algo que a iniciativa privada tem preservardo muito bem, obrigado.

Firefox nos trinques

O principal motivo para eu navegar com o Firefox é a visualização através de abas: abro diversos sites na mesma janela, o que é muito prático quando se está escrevendo um email ou um post que faça referência a algum site específico. Muito bom mesmo.

O segundo motivo é a barra de ferramentas da Google, muito mais completa no Firefox que no Internet Explorer. Com ela você pode pesquisar imagens, vídeos, lugares (Google Maps), produtos (Froogle), glossários, dicionários, desktop, etc. (Para instalá-la, clique no selo no final deste post.)

Dez planetas não – doze!

Os cientistas continuam discutindo se o 2003 UB313 é ou não um novo planeta, o que evidentemente tem lá sua importância. Primeiro porque, se decidirem que não, terão de rebaixar o status de Plutão, que é menor que o novo astro. Segundo porque, se decidirem que sim, continuarão procurando novos planetas, o que evidentemente poderá levá-los a descobrir ainda mais um, afinal, Monmátia, nosso sistema solar, possuía doze planetas quando de sua formação, sendo que um deles teria se fragmentado entre Júpiter e Marte, dando origem ao Cinturão de asteróides Principal. Contudo, é também possível que esse novo planeta já seja o décimo primeiro, isto é, se incluirmos Sedna no jogo.

[Ouvindo: the gypsy (kodaly girls choir) – bartok ]

Que viva o imperador

37° no termômetro da Henrique Schaumann. Depois de sushi à sombra das árvores no Sumaré, me abrigo no ar condicionado do Arteplex e nas paisagens gélicas de A Marcha do Imperador

Não sei dizer se foi o melhor documentário que já vi. Mas com certeza foi o mais bonito.

As paisagens do filme de Jean Luc Jacquet são magníficas. E, de fato, a vida do pingüim imperador vale um romance. A idéia de misturá-los (vida e drama) como forma narrativa para mostrar como eles vivem — e sobrevivem — no mais inóspito dos hábitats funciona perfeitamente. Não por acaso foi o segundo documentário mais visto de todos os tempos, atrás apenas de Fahrenheit 9/11, de Michael Moore.

No deserto branco, o embate entre a vida e o inverno é tocante. Quem vencerá?

[Ao som de: Nina Simone / The Best of (s/d; Sum Records), em homenagem ao Pedro]

Patrulha Ideológica

Ontem, um comentário do Yuri no meu post sobre o portal Às Claras, me levou a chafurdar no estranho mundo da extrema-direita norte-americana e a pensar sobre como, nos extremos, as coisas se encontram.

O site Discover the Networks, cujo grande mentor é David Horowitz, ex-marxista convertido neoconservador, faz um mapeamento das conexões políticas e econômicas do que eles chamam de “esquerda americana”. Entre lá e digite “Bill Clinton”, “George Soros”, “Gore Vidal”, “Noam Chomsky” ou ainda qualquer nome de palestino conhecido em solo americano e descubra quem financia quem e quem é amigo de quem. Tirando o fato de que sempre alguém tem que me explicar o que é esquerda hoje em dia, saí tentando entender do que se tratava.

Empatia e recompensa

Acho que o mundo deveria ser mais matriarcal… Da Reuters:

Homem fica mais feliz com desgraça alheia que mulher, diz estudo. (…) Usando técnicas de mapeamento cerebral, os pesquisadores compararam como homens e mulheres reagiam ao verem outras pessoas sentindo dor. Se o sofredor era alguém de quem se gosta, áreas do cérebro ligadas à empatia e à dor eram ativadas em ambos os sexos. Mas as mulheres tiveram uma reação semelhante quando não gostavam da pessoa submetida à dor, enquanto os homens ativavam a área do cérebro responsável pelo sentimento de recompensa. (…) Os cientistas, que divulgaram o estudo na revista Nature, disseram que ela mostra que a reação de empatia entre os homens depende da lealdade da pessoa que está sofrendo.

Aperte aqui para ver o texto completo.

Tecnologia e literatura

Eis uma declaração do escritor Kurt Vonnegut, citado por Pierre Assouline, no blog La république des livres, que certamente agradará ao Paulo Paiva, um fã declarado de ficção científica:

“Un roman qui exclut la technologie déforme la vie aussi affreusement que les Victoriens la dénaturaient en excluant le sexe.”
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“Um romance que exclui a tecnologia deforma a vida tão terrivelmente quanto os vitorianos a adulteravam ao excluir o sexo.”

A tela

Uma coisa curiosa tem me acontecido praticamente todos os dias. É uma bobagem, reconheço, mas não consigo deixar de reparar. Talvez seja um bom exemplo do poder da mídia. Já chego lá.

Tem coisa mais sem graça do que papo de elevador? Puxa, aquela conversinha mole que a gente escuta meio com a orelha de lado naqueles poucos segundos que parecem não passar é de lascar. Tem sempre alguém dizendo como seu fim de semana foi chato ou detalhando uma receita culinária ou contando uma piada meio preconceituosa.

Mas existe algo que empata. Silêncio de elevador. Eu entro e sempre topo com aquele sujeito com cara de bobo que, claro, não tenho a menor idéia de quem seja. Mas o fulano toda vez me cumprimenta. E sabe meu nome! “Bom dia, Rodrigo! Como vai?” E eu ali, sorrisinho de lado, botando os neurônios para processar, mas eles sempre travam antes de me dizer quem é o cara. Morro de medo de o sujeito perceber que não tenho a menor idéia de quem ele seja. Resta-me ficar em silêncio.

E não é que descolei um elevador à prova de papo furado e de silêncio constrangedor? É no prédio onde fica o escritório da Reuters, colado à Ponte João Dias, em São Paulo.

Cada elevador do edifício tem uma tela LCD conectada ao Portal Terra. Ou seja, você viaja até seu andar acompanhando as últimas notícias e, naturalmente, alguma publicidade.

Dia mundial do pulo

Isto saiu na revista Galileu Nº173 de Dezembro/2005:

Está marcado para 20 de Julho de 2006 o “World Jump Day” (Dia mundial do pulo). Na data, 600 milhões de pessoas irão pular juntas para mudar a órbita da Terra e ajudar a resolver o problema do aquecimento global. A idéia foi inspirada em um estudo publicado em 2004 por pesquisadores alemães, que dizia que o planeta poderia mudar sua órbita com a ajuda da combinação de forças de 600 milhões de pessoas do hemisfério ocidental pulando ao mesmo tempo. Quem quiser participar pode se cadastrar no site WorldJumpDay.org.

Claro que os orientais irão aderir à moda e a Terra – com a juda de um bilhão de chineses – quebrará ao meio feito um ovo. Neste dia, se Deus quiser, estarei em Alto Paraíso, na Chapada dos Veadeiros…

A curva do mundo

Ano passado (2005) eu vi a curva do mundo. Aos 32 anos finalmente viajei de avião. Fiquei imaginando aqueles senhores da virada do século XIX para o XX, experimentando seu primeiro vôo aos 50, e entendi o deslumbre que se seguiu com a capacidade tecnológica do homem, com a técnica. Um monstro de ferro e fibra de carbono pesando mais do que algumas toneladas levantar do chão é mesmo um assombro.

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