blog do escritor yuri vieira e convidados...

Categoria: tecnologia Page 7 of 15

O etanol é imoral?

Achei estranha a declaração da Shell que vi na Reuters, até por se tratar da maior comerciante mundial de biocombustíveis. Não sei qual a fatia deste tipo de combustível no mercado internacional, mas tenho certeza de que ainda é bem pequena. É só lembrar das guerras em torno do maldito petróleo. Acho que isso é choradeira de quem não quer largar o osso — o fóssil, no caso. Ou será que usar uva para fabricar vinho (ou cana para fazer cachaça) é algo imoral?

Shell diz que fabricar biocombustíveis com alimentos é imoral

StumbleUpon: para matar o tempo

Qualquer dia a Google irá comprar o StumbleUpon. Trata-se dum mecanismo para navegar ao acaso pela internet. Bem, mais ou menos ao acaso, afinal você tem a opção de escolher as categorias. E de votar no que achar mais interessante. Ah, e também de acrescentar outros sites que ir encontrando pelo caminho. Não se esqueça de instalar a extensão apropriada do Firefox. E boa viagem.

O nano e eu

Este post faz parte daquela série Confissões…

nano.jpgEntrei no mundo do MP3, finalmente, no 12 de junho. Tenho agora um iPod Nano 4G. É bem bacana mesmo; estou curtindo.

Meu problema em relação a estas maravilhosas geringonças é que eu sou meio — talvez inteiro — atrapalhado. Levo séculos para entendê-las e nunca, nunca mesmo, consigo usufruí-las totalmente. Fico só no básico.

Com o iPod não tem sido diferente. Primeiro, demorei uns bons minutos para entender o processo de carregamento da bateria — não tem de pôr na tomada; é feito via porta USB, algo que eu nunca tinha visto. Aí demorei mais um pouquinho (eu minto às vezes, ok?) para passar alguns CDs do Jobim para o bichinho. Até agora, só sei ouvir. E ainda apanho na hora de recarregar a bateria, porque aparece na telinha uma mensagem: “Não desligar”.

Militares, Zé Dirceu, Globo, etc.

O blog Alerta Total faz jus ao seu nome. As notícias que veicula são tão chocantes que a gente fica até sem fôlego, os olhos arregalados. Eu, por exemplo, não sabia dessa tal carta enviada por comandantes militares ao Senado. Diz o blog:

Schopenhauer e os ideogramas

Já escrevi algumas vezes sobre o futuro dos ideogramas chineses, que certamente conquistarão todo o mundo. (Veja este artigo e estes posts:Pão em coreano e As línguas do futuro.) O que eu não sabia é que Schopenhauer já previra o mesmo há mais de um século:

Nós desprezamos os ideogramas chineses. No entanto, como a tarefa de toda escrita é evocar conceitos mediante sinais visíveis na mente alheia, apresentar à vista, em primeiro lugar, apenas um sinal equivalente ao sinal audível e fazer com que ele se transforme no único portador do próprio conceito representa, evidentemente, um grande desvio: com isso, nossa escrita por letras é apenas um sinal do sinal. Poderíamos então nos perguntar qual vantagem teria o sinal audível em relação àquele visível, a ponto de nos fazer deixar o caminho direto da vista à mente para tomar um desvio tão grande, como o de fazer o sinal visível falar à mente alheia apenas por meio do sinal audível; enquanto seria obviamente mais simples, à maneira dos chineses, fazer do sinal visível o portador direto do conceito, e não o mero sinal do som; tanto mais que o sentido da vista é sensível a modificações ainda mais numerosas e delicadas do que o da audição e, além disso, permite que as impressões sejam dispostas uma ao lado da outra, o que as afeições da audição, por sua vez, não são capazes de fazer, pois são dadas exclusivamente no tempo. Os motivos aqui indagados poderiam ser os seguintes:

Bolachão, como CD

lt1.jpegEste aparelho me fez lembrar dos meus vinis. Ainda guardo uns 100, no fundo de um armário em casa. Alguns são antigos, espero até que um dia se tornem “colecionáveis” — acho que os mais inusitados são dois LPs do Chico Buarque, um de 68 e outro de 69; e o Fruto Proibido, de 75, e Entradas e Bandeiras, de 76, ambos da Rita Lee & Tutti Frutti; todos são originais da época.

Voltando ao aparelho, chama-se Laser Turntable. É um tocador a laser de bolachões. Não tem agulha — nada encosta no LP. Promete uma superqualidade de som. Custa “apenas” US$ 15 mil. Algo apenas para profissionais do setor musical e, claro, nostálgicos das bolachas.

Aperte na foto para ir até o site.

10 relógios curiosos

clock_shirt.gifclock_power.jpegDos 10, eu conhecia apenas o rolling ball, mas ele não era da Lego — um amigo publicitário tem um de madeira. Eu gostei do movido a líquido, qualquer líquido, até cerveja (é este aí com as flores). O da camiseta também é bem divertido.

Os 10 relógios mais curiosos estão no TechEBlog.

Essa doeu…

Tô titulando agora um texto aqui na Folha que me deu uma certa dor no coração. Não sou lá grande aficionado por carros, até porque sou muito duro para investir muita grana nisso. Mas esta história doeu.

Está rolando aqui em Interlagos, em São Paulo, um evento em que as pessoas podem pagar para fazer um test-drive em máquinas que conhecem apenas em sonhos. Também há a possibilidade de pagar apenas por um passeio, ficando a direção do carro a cargo de um piloto indicado pelo proprietário. Mas não é que o tal piloto simplesmente destruiu a principal atração do evento?!

O cara perdeu o controle de uma Ferrari 360 Modena, que se chocou contra o muro da entrada dos boxes. O motor explodiu. Um detalhe inusitado é o precinho da máquina: R$ 830 mil.

Entre Nagasaki, Chernobyl e a Rua 57 em Goiânia

Completam-se hoje 20 anos do maior acidente nuclear da história, a explosão do reator da Usina de Chernobyl, na Ucrânia, à época parte da URSS. Pouco mais de um ano depois, deflagrava-se o maior acidente radiativo já ocorrido no Brasil e quiçá também um dos maiores do mundo: a tragédia latino-americana do Césio 137, em que catadores de sucata romperam a cápsula com material radiativo de um aparelho radiológico abandonado, levando à morte de quatro pessoas e à contaminação de milhares de outras bem aqui, a alguns quilômetros da minha casa.

Vinte anos depois, a humanidade se vê às voltas com a possibilidade da retomada da opção nuclear e de nova corrida armamentista. Aquela para a geração de energia, em função do aquecimento global fomentado pela queima dos combustíveis fósseis; esta, em função da loucura fundamentalista.

O dia enseja uma reflexão. Por isso, acho que vale publicar um texto meu escrito há cerca de um ano e meio atrás, após um passeio de bicicleta passando pela famigerada Rua 57 num feriado de finados. Assim como vale à pena assistir ao filme The Last Atomic Bomb, do americano Robert Richter, sobre as vítimas da bomba atômica de Nagasaki, um triste e bonito manifesto pelo fim das armas nucleares, selecionado para o VIII Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental, que acontecerá entre 6 e 11 de junho na Cidade de Goiás (GO) (há uma cena
muito impressionante do encontro e diálogo entre um sobrevivente de campo de concentração nazista e uma velhinha japonesa sobrevivente da bomba de Nagasaki – de arrepiar).

VIAGEM URBANA NO DIA DE MORTOS
(Texto escrito em dezembro de 2004)
Neste feriado de mortos, tive uma viagem urbana.
Tenho duas pessoas que moram dentro de mim. Por isso, gosto da cidade, da urbanidade, assim como gosto do mato. Sou cético e, ao mesmo tempo, profundamente esperançoso.
Duas coisas me atraem na cidade: a decadência em toda a sua humanidade, assim como a humanidade em toda a sua decadência.

Dinossauros! — 2

Dias atrás eu escrevi aqui que as câmeras digitais e os MP3 players podem virar dinossauros. Vejo agora que os velhos relógios de pulso já estáo caindo em desuso, por conta de novas tecnologias. Do Los Angeles Times, via Estadão:

Relógio se torna vítima da tecnologia

Público jovem prefere ver as horas nos telefones móveis ou nos iPods e as vendas do produto caem

Page 7 of 15

Desenvolvido em WordPress & Tema por Anders Norén