blog do escritor yuri vieira e convidados...

Categoria: Cotidiano Page 18 of 58

Where are the girls?

Fernanda

Aproveitando e explicitando a onda (re)introduzida pelo Fiume, voltamos a implorar por maior presença feminina neste blog. Eu nem ia falar nada sobre isso, mas quando me deparei com este ensaio da sempre número um no meu ranking de mulheres lindas Fernanda Lima, não resisti. No Paparazzo.

2 sofás

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Avenida Paulo VI, no Sumaré (zona oeste de São Paulo), por volta das 15 horas de hoje.

Um filósofo na Playboy

Leia o artigo aqui.

Jardim público-privado na Vila

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O Beijo

O Beijo

Le Baiseur, Auguste Rodin (Musée Rodin, Paris)

Previsões intestinais

O horóscopo do Globo previu para mim um domingo no banheiro. A que ponto chegamos…

VIRGEM (de 23/8 a 22/9) Regente: Sol

Instabilidade do sistema nervoso, que pode se refletir na forma de problemas intestinais. Tendência a ser meticuloso demais, superestimar problemas e ignorar conselhos. Dia propício para descansar.

PS.: Dia propício para descansar! Um domingo! Mesmo?! Francamente…

Minha nova confissão

Vez por outra, o pessoal aqui do Garganta faz uma confissão. Bem, como hoje lá fora tá um céu azul e um sol danado e eu estou de castigo, vou me dar o direito de, calmamente, fazer uma confissão bem mal-humorada. Não, não me desculpe.

Confesso, tranqüilamente, que não suporto mais ouvir algo sobre o Juscelino de Tal.

Primeiro, porque não sou ligado a coisas do tipo e tal (não, não me desculpe).

Segundo, porque ele não traz nenhum ganho. Não gera riqueza, não dá emprego, não traz conforto. Afinal, ele nos dá um caminho a seguir? Alguma pista, ao menos? Ele nos mostra como nos conhecermos melhor? Um psicólogo (para quem pode pagar, claro) pode fazer melhor que ele. Até um padre pode fazer isso melhor que ele. Sem falar naquele amigo do peito, para quem você conta aquela sua fraqueza mais tola ou mais suja (sim, todos as temos) e os dois terminam a “sessão” em meio a leves gargalhadas.

Enfim, que ensinamento ele nos dá? Que podemos ver o futuro? Ah, se isso fosse mesmo verdade… De qualquer forma, até conheço pessoas que “vivem” no passado, mas sei de nenhuma que “mora” no futuro.

Acho que, no máximo, o Juscelino de Tal vale como entretenimento. Mas, daí, prefiro um piquenique.

Ah, já ia me esquecendo: por favor, não me desculpe.

Uma vela para os meus mortos

Vai acabando o dia de finados. Ano passado escrevi uma pequena crônica sobre este dia que ficou enterrada no meu antigo e abandonado blog. Para mim o dia de finados é todo pôr-do-sol, é todo crepúsculo. Eis a crônica:

O dia de finados transcorreu normalmente. Céu nublado, muita gente nos cemitérios, muitas flores, choros e longos suspiros de saudade. Algumas pessoas passeavam com o olhar perdido, um longo olhar. Outros permaneciam parados até, de repente, girar a cabeça num movimento brusco, como se tivessem ouvido ou visto alguma coisa. Depois retornam para dentro de si mesmos, contemplando mudamente as lápides como a um espelho. “Ó espelho meu, o que de mim neste morto morreu?”

Meus mortos aumentaram este ano. Por isso este post. Uma vela para os meus mortos, simbólica, cibernética.

Estou ouvindo uma missa composta por Palestrina. Como são belos os meus mortos, congelados em lembranças alegres ou graves. Acompanho-lhes os movimentos em detalhe, acompanho-lhes a precisão dos gestos. Meus mortos não se perdem, nem fazem o que não deviam. Quando me olham, que doçura!!, estão em paz. Hoje é o dia no qual converso com todos.

“Como vão as coisas?”, “O que o senhor tem feito, meu Tio? Continua fechado em si mesmo? É a morte para o senhor tão solitária quanto foi a vida?”.

“Vó, aprendeu mais algum ponto sofisticado no crochê? Há sapos por aí? Sei que senhora não os suporta. Olha, estou morando na sua casa, seu bisneto foi visitar-lhe o túmulo hoje, viu como está grande?”.

“Tio, How are you? Sentimos sua falta na mesa de pôquer”.

“Jordino, como estás rapaz? Sinto falta dos seus conselhos, do seu humor capenga, da sua silhoueta torta pelos corredores da faculdade.”

O meu olhar não pode mais alcançar sua diáfana existência. Apenas a memória persiste. Nela fico atrás da porta, logo após a curva, para tentar alcançá-los desprevenidos, surpreendê-los com um susto ou num gesto inédito, espontâneo. Mas nunca. Sempre os mesmos movimentos, a mesma doçura e a mesma paz. Sempre no museu de cêra dos meus pensamentos.

Ah, este povo estúpido!!!

Durante a época de avaliações na Universidade, uma conhecida piada volta a freqüentar os corredores e salas de professores. A piada diz o seguinte: “aqui é o melhor lugar do mundo para se trabalhar, o problema são os alunos”. Politicamente incorreta? Eu sei. Dá até para sentir um cheiro de autoritarismo, se não fosse piada, se não fosse o humor. Acontece que numa enquete feita aqui mesmo no blog sobre a razão do Lula estar à frente nas pesquisas, a opção mais votada era “porque o povo não sabe votar”. Pensamento perigoso numa democracia. Explico.

Monte sua própria teoria conspiratória

Toda teoria conspiratória é um fetiche da verdade. Ela não é uma mentira pura e simples, não ignora fatos, apenas os interpreta numa chave bastante particular.

Exemplo: Jesus Cristo andou sobre a Terra e era humano, teve filhos com Maria Madalena e a Igreja Católica, numa série de conchavos políticos (os concílios) estabeleceu um cânone cujo interesse não era a verdade, mas a saúde de uma instituição que, ao longo do tempo, especializou-se em cobrar uma taxa regular pela paz de espírito e, claro, por um terreninho no céu. O cristianismo, em toda sua pompa e circunstância, nada mais é do que uma estratégia de marketing bem montada sobre bases filosóficas greco-romanas e alguns devaneios monoteístas de uma religião tribal. Seu objetivo é vender perdão e garantir o poder simbólico do Vaticano. São capazes até de assassinar um Papa, se por acaso ele desenvolver uma consciência.

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