Ontem, além de Vitor Negrete, que tragicamente faleceu na descida, uma brasileira também chegou ao cume do Everest. Trata-se da médica Ana Elisa Boscarioli, de 40 anos. Ela chegou ao cume como parte de uma expedição neo-zelandesa. Com isso, chega a quatro o número de compatriotas a atingirem o teto do mundo. Pena que a notícia tenha sido ofuscada pela morte de Negrete.
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Morreu ontem no Monte Everest (8.848 m), o montanhista brasileiro Vitor Negrete, 38. Um dos mais preparados escaladores do país, Vitor acabara de entrar para o seleto grupo dos que sobem a montanha mais alta do planeta sem o uso de oxigênio suplementar. Ele faleceu na descida, próximo dos 8.300 metros, provavelmente em função de esgotamente físico e das consequências fisiológicas do mal agudo de montanha.
Acaba de sair em DVD “Extremo Sul”, documentário de Monica Schmiedt e Sylvestre Campe, retratando a tentativa de cinco montanhistas – dois brasileiros, dois argentinos e um chileno -para escalar o Monte Sarmiento (2.404 metros), na Terra do Fogo, extremo sul do continente sul-americano.
Na verdade, tratava-se de um duplo desafio: subir uma montanha dificílima, apenas três vezes escalada até então e, ao mesmo tempo, fazer um filme sobre esta aventura. Deu tudo errado, mas é exatamente isso que torna o filme muito bom.
Dizer que os deuses do futebol são implacáveis parece coisa de mesa-redonda de domingo à noite. Ontem, mais do que nunca, eu não quis assitir a nenhuma mesa-redonda porque nunca tive comprovação mais forte, dolorida e terrível dessa implacabilidade.
Voltem o tempo e me digam que nada disso é verdade. Como o mundo é injusto.
Depois de 18 anos sem ganhar um campeonato goiano, o Atlético fez um campeonato de arrasar. Se o torneio fosse por pontos corridos, seríamos campeões disparados. E nem é isso o pior. O time do Atlético é realmente excepcional. Dá prazer, enche os olhos vê-lo jogar. A bola nunca sai do chão, corre na grama todo o tempo. Os caras tocam com uma rapidez de time de Telê Santana, jogam com velocidade, têm uma disciplina tática impecável e grande criatividade em figuras com Fabinho e Dida que, logo, estarão na Série A do Brasileiro.
O que você acha disso, Pedro? Os japoneses já desenvolveram um exoesqueleto robótico com o qual se pode até escalar montanhas! (E nós, otários, usando nossas próprias pernas.) É como se a mochila desenvolvesse pernas e braços e nós trocássemos de lugar com elas. Cada uma…
Final de tarde de quase inverno e me atrevi a aceitar o convite muito gentil do Phil, técnico, para treinar com as meninas do clube de futebol local! Coitado, ele achou que eu sendo brasileira…
Peraí, pára tudo! Rosa Maria jogando futebol num time?
Aqui está minha agenda de vida. Fazer os 15 trekkings mais espetaculares do mundo. Todos são evidentemente caminhadas pesadas de mais de um dia, com mochila às costas, nas paisagens mais incríveis deste planeta. Vergonha total, em meus 13 anos de montanhismo, fiz apenas uma delas. A seleção é baseada em minhas impressões pessoais e na análise de várias seleções de outras pessoas:
- Circuito de Torres del Paine (Patagônia chilena);
- Circuito Cordillera Huayuash (Andes peruanos);
- Subida do Monte Roraima (Gran Sabana venezuelana);
- Circuito do Annapurna (Himalaia, Nepal);
- Subida ao Campo-Base do Everest (Himalaia, Nepal);
- Glaciar Baltoro e Campo-Base do K2 (Cordilheira Karakoram, Paquistão);
- Drakensberg Mountains (Kwazulu-Natal, África do Sul);
- Circuito do Monte Quênia (Quênia);
- Yukon Charley River National Preserve (Alaska/EUA);
- John Muir Trail (Califórnia, EUA);
- Grand Canyon de ponta a ponta (Arizona, EUA);
- Cânion do Cobre (Sierra Madre Oriental, México);
- Circuito do Mont Blanc (Alpes, França-Suíça-Itália);
- Travessia Sul dos Picos de Europa (Cantábria, Espanha);
- Routeburn Track (Ilha Sul, Nova Zelândia).
Lamento, grande Pedro, teremos de discordar veemente um do outro nesta questão. Mas, também veemente, invejo a sensação do Maraca tremendo a um gol do Zico.
Abração!
Entrar num grande estádio de futebol desperta em mim um sentimento de reverência religiosa. Não é à toa que nos referimos a eles frequentemente como “templos”. Eu quase me curvo em respeito e ainda sinto no peito o mesmo entusiasmo que me tomava, menino, mão dada com meu pai, adentrando o templo dos templos, o Maracanã. Quem não vivenciou e não se arrepiou com o Maracanã lotado não viveu – as torcidas indo à loucura com a entrada dos times, o chão literalmente tremendo sob o peso da euforia de um gol de Zico.
Na linha “mamãe, saí do armário”, inaugurada pelo Paulo aí embaixo, venho a público, um pouco avexado, fazer essa confissão. Também não sei muito bem o que fazer com isso. Que vexame geral ontem…