blog do escritor yuri vieira e convidados...

Categoria: amigos Page 15 of 17

Estudando os sonhos

Um amigo continua tentando me convencer de que minhas experiências com sonhos lúcidos e viagens astrais são nada mais nada menos que… irreais. Para tanto me envia o link desse artigo científico. Diz meu amigo: “Eis uma explicação para nossas atividade oníricas. Até onde sua tese sobre viagens astrais depende da ‘ignorância’ da ciência? hehehe….” Bom, acho louvável qualquer estudo do lado físico-químico, palpável, fisiológico, etc. do fenômeno. Nada contra. Mas a frase que mais caracteriza o artigo diz o seguinte: “O sono REM é uma charada envolvida em um mistério dentro de um enigma”. Continuo achando que só resolverão o mistério quando levarem em conta o lado… “parafísico” da questão. Caso contrário continuarão apenas descrevendo as repercussões fisiológicas do fenômeno sem alcançar qualquer certeza das causas.

Deu empate

Eu e Cássia – campeões no quesito “últimos a sair da festa” – encontramos fim de semana passado dois amigos com a mesma fama. Foi o final do campeonato. Ficamos os quatro, atéééé o fim. Mas acabou em empate. Após um acordo, claro, nenhum de nós queria perder a fama. Para divertimento – ou terror – da dona da festa…

Viajando

Esta semana já estive na França e na China. Em sonhos, claro, que é bem mais barato, mas bati ótimos papos. Até tentaram me ensinar chinês, veja só. Na França, em meio a algum evento cultural, eu dizia para uma garota que me acusou de não gostar de cachorros: mas se eu já morei com 80 cachorros! E ela ficou espantadíssima. E lhe contei dos cães da Hilda Hilst. Também lhe falei sobre quando a mulher do Paulo Caruso me escreveu reclamando do meu texto ao estilo “Eu odeio os irmãos Caruso!!“, no qual eu realmente me mostrei demasiado grosseiro. “Mas se ninguém curte aquelas charges”, acrescentei. “Acho que só mesmo a mulher dele.” E a garota: “Vai ver é preciso dar pro Paulo Caruso pra gostar do que ele faz”. À nossa volta, mil olhares de censura…

Issadora!

Estou super feliz! Minha grande amiga Issadora Icaza, que conheci quando fiz intercâmbio no Equador (1989-1990) e que havia “sumido na vida” sem deixar rastros, voltou a me escrever!!! Viva a Internet!

Help!!!

Amigos, o pai de uma amiga – Sr. Rufino Alves Gomes – está internado em São Paulo-SP esperando um coração para transplante. Enquanto isso, precisa de sangue. Quem puder ajudar, basta dirigir-se ao Banco de Sangue da Rua Martiniano de Carvalho nº 1009, Liberdade (próximo à estação Vergueiro do metrô). O tel é 11-3253 5022 ramal 1122. O Banco atende também aos sábados das 8 às 17 horas. (Lembre-se de dizer que o sangue é para ele.) Muito obrigado!

Amigos

Texto enviado pela amiga Joanne, psicóloga, de Brasília, com o qual concordo plenamente:

“Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida…. mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure sempre.”
(Vinícius de Moraes)

Eu acrescentaria essa outra máxima:
“Não há amor maior do que o daquele que dá a vida por seus amigos.”
(Djísus)

Mais Hilda Hilst

Oportuno memorial, escrito por Deonísio da Silva, a respeito da querHilda amiga.

Festinha

Este sou eu, na casa do Pedro Novaes (GYN), do jeito que o diabo gosta – mas não a
Cássia, minha namorada… A foto é do Paulo Paiva e vê-se, da esquerda pra direita: eu, Luciana, Juliana Naves, Leon Rabelo e Andréa Leão. Aliás, peraí: diabo? Não, do jeito que o Pai gosta e a Cássia também. (Com Pedro, Paulo e Leon.) A propósito, minha calça foi um presente da estilista Carol Martins, da Galeria Ourofino, Rua Augusta, São Paulo. Interessados, procurem-na.

Depoimento sobre HH

E por falar no J. Toledo, verei se em breve coloco no site da Hilda o depoimento que ele escreveu a respeito dela para o Blocos on line. Aliás, a Ana Peluso, que parece ser do mesmo planeta que eu, também fez sua homenagem.

Hilda Hilst vestida de vermelho

Amigos, obrigado pelas palavras de carinho e conforto. Logo mais postarei meu próprio depoimento sobre essa figura maravilhosa que é – sei que ainda é – Hilda Hilst.

Quanto a você, Hildeta, saiba que apesar de todas as nossas conversas sobre morte, imortalidade da alma, Deus, transcomunicação instrumental, projeção astral, religiões, santidade, ovnis, cosmologias mil, enfim, sobre “aquelas coisas”, não pude deixar de chorar sua morte. O engraçado é que choro, imagino, mais por mim do que por você. Porque sei que você ficará muito bem, voltará a ter, como você desejava, suas formas jovens, voltará a ser na aparência a mulher linda que sempre foi interiormente. E eu ficarei aqui ainda um bom tempo, suponho. Nesse mundo louco. E você curtindo a liberdade do espírito. Fico até com ciúmes, imaginando que irá correndo atrás do seu pai, do Richard Francis Burton, do James Joyce, do Kafka, do Vinícius de Moraes, do Yogananda e de outros caras “deslumbrantes”. Espero que você possa se comunicar, conforme combinamos. Uma visita – vestida de vermelho, lembra? – um email, tanto faz. Não se esqueça de nós, do Dante Casarini, da Iara, do Zé Luis Mora Fuentes, da Olga, do Almeida Prado, do Toledo, do Vivo, do Araripe, da Inês Parada, do Gutenberg, do Jurandi, da Lygia Fagundes, da Shirley e de tantos outros seus amigos que merecem mais lembrança do que este que agora lhe escreve, apesar da minha sensação de ter entrado pra “família” no dia que me repetiu uma frase que, tenho certeza, já havia sido dita para alguns deles: “Yuri, obrigado por ser adepto da minha loucura”. Eu amo você, querida. Espero um dia me tornar um escritor digno da sua admiração. (Meu Deus, isto será dificílimo! Você é exigente demais. Tanta gente consagrada que você não curtia.) Em todo caso, já vou dizendo o que nunca senti ter moral para lhe dizer, mas que agora, sendo você uma recém nascida do espírito, irá entender: obrigado, Hildeta, por ter sido adepta da minha loucura. Se eu não a tivesse conhecido, se eu não tivesse descoberto que é possível ser um bom escritor em meio a todas “aquelas coisas”, e outras mais, eu teria ido parar num sanatório há algum tempo. Você me provou, nesses seis anos de amizade e dois de convivência diária, que é possível defrontar a loucura deste planeta sem perder a fé no Pai e na Arte. Aliás, obrigado também pelo chapéu de bobo, pela casa (do sol), pela comida e pela alma lavada. Nunca vou lhe esquecer. Fica com Deus.
Besos y besos y besos
Yuri

PS1.: Não sei se você percebeu, mas ontem eu e alguns amigos esvaziamos algumas garrafas de vinho – no apê do Pedro Novaes – em sua homenagem. A de vinho do Porto era da marca “Porto Seguro”. Pra lhe dar sorte.

PS2.: O Toledo já me havia escrito de madrugada avisando do seu passamento. Mas só fui me inteirar do ocorrido quando o Rodrigo Fiume, do Estadão, me telefonou. Eu estava justamente gravando um CD do Miles Davis pra você. Summertime é a primeira música. Vou mantê-lo para me lembrar que você partiu num verão.

PS3.: E veja se vai mudando de opinião com relação a que “gostar de mulher por cima é coisa de viado”. Poxa, tá querendo refutar todo o Kama Sutra, é? Diz isso pro Burton aí em cima pra você ver se ele não lhe dá uns tapas… 🙂

[Ouvindo: Angel – Massive Attack]

Page 15 of 17

Desenvolvido em WordPress & Tema por Anders Norén