Dia 13 de Maio, nosso bróder e colaborador Pedro Novaes se casará com nossa bela sister Juliana. Sim, mais dois a obedecer o “crescei e multiplicai-vos”. Monteiro Lobato, em cartas a seu amigo Rangel, costumava fazer críticas ao casamento e ao conseqüente fim da liberdade que só o solteiro supostamente tem. Claro, ele tinha apenas vinte e poucos anos de idade e não sabia de quase nada. Porque, depois que se casou com Purezinha (“linda e mais inteligente do que eu”), descobriu que os solteiros é que vivem escravizados à idéia de encontrar “a escolhida” ou, o que é pior, escravizados à perene necessidade de arranjar outra, mais outra e ainda outra provisória cara metade. Tal é o grilhão que prende o ego à concepção de que a experiência se ganha com quantidade e não com qualidade de relações. Quem está casado, descobriu ele, se abre ao mundo inteiro e ao além; quem está solteiro só pensa no sexo oposto, pensamento este que ofusca todos os demais…
Francis Ford Coppola, por seu turno, falou algo muito próximo disso em sua entrevista ao James Lipton no Inside Actors Studio. Ao ser indagado se seu casamento precoce não atrapalhou sua carreira, disse que muito pelo contrário, que, se não tivesse se casado tão cedo, teria demorado muito mais para realizar seus projetos, porque a família o fez colocar os pés no chão e finalmente avançar, a passos largos, pela realidade, pois os filhos precisavam comer, a vida tornou-se urgente. De fato, Coppola disse que fica impressionado cada vez que ouve um jovem diretor ou roteirista afirmando que pretende primeiro construir uma carreira estável para só depois se casar. Disse ele: “Apenas minha mulher e meus filhos me deram a motivação e a inspiração necessárias para fazer os filmes que fiz. Tenho pena desses jovens que pensam o contrário…”
Por fim, há também a excelente frase do tio dum amigo meu de São Paulo. Diz ele: “Homem que não casa, vira um traste…” Eu, por exemplo, estou em pleno processo de trastização… 🙂
Enfim, que Deus abençoe sua união, Pedro e Juliana. Sejam felizes e, antes de felizes, sejam a força um do outro. Se um dia eu me tornar um homem trilhardário – ahahahahaha, pobre de mim – comprarei um quadro como este do Marc Chagal para vocês:
Besos y abrazos
del amigo
Yuri