O Garganta de Fogo

blog do escritor yuri vieira e convidados...

New York Law School

O mais interessante do Second Life não é o que ele é hoje mas o que ele será amanhã. Com o avanço da tecnologia e a aceleração do tráfego de dados, num futuro não muito distante, essa realidade virtual mostrará sua face revolucionária. A internet nunca mais será a mesma. (Voltarei mais vezes a essa questão.)

Muita “gente graúda” já percebeu isso e está criando sua própria região no Scond Life, tal como a New York Law School, que construiu uma réplica da Suprema Corte dos EUA, um anfiteatro/cinema, afora outras coisas.

Quem já assistiu ao filme Guerra nas Estrelas, ou à saga Matrix, sabe que os Jedi e os combatentes de Zion fazem reuniões às quais comparecem virtualmente. (Os Jedi aparecem como hologramas.) É o que ocorre no Second Life. Cada personagem que vemos é o avatar de alguém que realmente existe em algum lugar do mundo. Não é um vídeo-game. Por isso, a New YorK Law School está levando a coisa a sério e planejando para breve palestras e debates em seu anfiteatro, abertas ao público em geral, assim como a apresentação de filmes, que defendam a liberdade e a democracia.

Algumas imagens:

Evo Morales apoia Lula (claro)

O governo boliviano deu uma leve recuada em suas ofensivas contra a Petrobrás nos últimos dias. (Por enquanto.) Indagado a respeito pela Agência Estado (li no jornal O Popular), o ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas, saiu-se com uma pérola:

AE: A eleição presidencial no Brasil de alguma forma influenciou esse processo de nacionalização?
Villegas: Sim. Compreendemos que o Brasil está num processo eleitoral. Nós, como governo, alentamos que ganhe o presidente Lula. Não somente para a Bolívia, mas para a América Latina. Isso é importante.

Alguém ainda duvida que essa gente é toda ela farinha, digo, cocaína do mesmo saco? Com este post, inauguro a tag “América Latrina”.

Cupins na Casa do Sol

Do meu amigo José Luis Mora Fuentes, responsável pela Instituição Hilda Hilst:

A Casa do Sol, sede da Instituição Hilda Hilst, foi construída pela escritora em 1966. Trata-se de uma construção diferenciada, estilo colonial mineiro, com 700m2, rodeada por árvores e um paisagismo diferenciado num terreno de 12.000m2. Foi aí que a escritora viveu por quase quarenta anos e onde realizou praticamente 80% do seu trabalho.
É Patrimônio Cultural que deve ser preservado.

PARTE DA MADEIRA E MÓVEIS QUE COMPÕE A CASA DO SOL VEM SENDO DEVORADA POR… CUPINS!

Censura no Orkut

Conforme comentei, essa pressão do Ministério Público sobre o Orkut e a Google poderia não visar apenas combater crimes, mas iniciar uma caça às bruxas contra o pensamento discordante, isto é, tornar-se pura ação totalitarista. Quem não quis apoiar a Google, a liberdade de expressão e de opinião, agora poderá ter dificuldades para reclamar. Os totalitaristas começaram a mexer em seus (nossos) direitos digitais. (O Alerta Total já tinha avisado que a Polícia Federal estava de olho na comunidade Fora Lula 2006.) Ou terão sido hackers? Não parece, mas a verdade é que até agora ninguém se pronunciou. Veja esta matéria:

Comunidades somem do Orkut sem deixar rastros

Bastou uma madrugada e pronto. Pelo menos dez grandes comunidades do Orkut foram apagadas, sem explicação. A maioria tratava de temas políticos e era relacionada à oposição.

A maior de todas as comunidades varridas da rede na madrugada de sábado, a “Fora Lula 2006”, tinha 180 mil integrantes. Diferentemente do costume em casos assim, nenhum grupo de “defacers” (hackers que desfiguram páginas) assumiu a autoria da ação.

“Foi um ataque à liberdade de expressão”, afirmou ao G1 o publicitário Fernando Nascimento, 21 anos, criador e moderador da “Fora Lula 2006”. “Já sabia que isso poderia acontecer, não fui pego de surpresa”, completou.

O moderador da também apagada “Serra 45”, Thierry Besse, 21 anos, teve o próprio perfil apagado. A comunidade que ele mantinha, com 11 mil participantes, sumiu. Para Thierry, que é filiado ao PSDB, os ataques tem caráter criminoso.

O rol de comunidades apagadas não inclui apenas aquelas de aspecto político-ideológico (como “Heloísa Helena Presidente”, “Mamãe, eu sou reaça”, “Olavo de Carvalho”, “PSDB Nunca Mais” e “Anti-PT”), mas também outras que tratam de cerveja (“Kaiser” e “Skol”) e confissões (“No Escuro”), entre outros temas menos cotados. Os grupos mais populares já começaram a ser reconstruídos. Do zero.

Borracha no Orkut

Uma comunidade do Orkut pode ser apagada de duas maneiras. A primeira depende da ação do próprio moderador. A segunda, da administração do site que, por solicitação dos usuários, barra conteúdo ofensivo.

Os representantes do Google não foram encontrados para comentar esta reportagem.

Veja abaixo a lista das comunidades apagadas do Orkut:

Quando a Ecologia Chegou

QEC

A relação entre áreas de proteção à natureza e comunidades locais em países do Terceiro Mundo é algo pra lá de complicado. Qualquer um que conheça nossos parques nacionais e tenha olhos de ver sabe disso. A proteção à natureza por aqui frequentemente tem como efeito colateral prejuízos aos modos de vida e à cultura de inúmeras comunidades locais. A ortodoxia conservacionista leva muitas vezes à geração ou ao aumento da pobreza, em função das restrições impostas a atividades econômicas de subsistência.

Mais recentemente, entretanto, novas formas de pensar a conservação em parceria com estas comunidades têm levado a resultados muito interessantes, tanto para as populações, quanto para a natureza. As reservas extrativistas, surgidas a partir do movimento dos seringueiros na Amazônia, são um modelo absolutamente inovador e brasileiro de conservar a natureza e melhorar a qualidade de vida das populações. Ao invés de tomar sua terra para que o Estado a conserve, faz-se o inverso: asseguram-se a estas populações os direitos sobre o território e elas, com o devido apoio, se encarregam de preservar.

Moro num país tropical

Ou: Tem banana na Vila

Bananeira em casa na Rua Harmonia

Vou lavar meu cachecol

O post do Yuri sobre o demônio do Lula querendo acordar e o do Paulo reproduzindo o artigo do Reinaldo Azevedo sobre “Origens do Totalitarismo” primeiro me deprimiram, depois me deram uma preguiça danada.

Aí fiquei pensando pra onde vou me mandar na hora em que essa escumalha fechar o Congresso e começarem os fuzilamentos. Até troquei uma idéia com o Paulo sobre o assunto e chegamos à conclusão de que primeiro nos exilaríamos nos Estados Unidos só de implicância. Eu faria até um discurso exaltando o capitalismo, o que não combina comigo, antes de levantar o dedo e bater a porta atrás de mim. Depois, provavelmente iria para Buenos Aires tirar onda usando meu cachecol com ar blasé, tomando mate e fazendo de conta que lia Ernesto Sábato em bancos de parque, enquanto remoía meu ódio e me autoflagelava por já ter dito palavras como “neoliberal”, por ter feito parte de uma chapa do DCE e, pior, por ter digitado 13 duas vezes em 2002.

Mas depois fiquei racional e lembrei que o verdadeiro equilíbrio do poder aqui, o fiel da balança desta pobre democracia, não está nos checks and balances e blá blá blá, mas em que tem o cacete guardado, isto é, nos milicos. Essa escumalha do PT e o demônio do Lula só podem aprontar qualquer aventura deste naipe se os militares concordarem em ficar quietos nos quartéis ou até em sair de lá para ajudar a fechar o Congresso. Se não, não vai.

Eu queria saber um pouco mais sobre o perfil dos comandantes das forças armadas e sobre as idéias que circulam pela caserna hoje. Eu acho que, neste segundo mandato, se esta turma do PT sentir que tem suporte dos tanques, o bicho pega. Mas eu acho que não tem. Acho que os milicos, para o nosso bem, não se aventuram.

Por via das dúvidas, vou reforçar os contatos com meus amigos nos EUA e na Argentina e mandar lavar meu cachecol.

Frase de cinema — 22

aspas_vermelhas_abre.gif You make me want to be a better man aspas_vermelhas_fecha.gif

Jack Nicholson para Helen Hunt, em Melhor Impossível (1997)

Do ócio locomotivo ou Efeitos do Second Life

Acabo de chegar duma baita caminhada após ter deixado o carro sem combustível numa esquina qualquer dessa cidade. (Nunca ande ao mesmo tempo sem dinheiro e com o marcador escangalhado, um dia sua intuição irá falhar.) A caminhada numa cidade brasileira ordinária traz sempre a mesma paisagem entediante, por mais zen que você seja e por mais que acredite, como Thoreau, que não há lugar deserto o bastante para o poeta. Pouco importa: se você não está numa praia do Rio de Janeiro, no centro antigo de São Paulo, Salvador ou em algum lugar como Ouro Preto, Trancoso ou Parati, desista, entregue-se ao seu ócio locomotico e tente não dormir enquanto caminha, o que, aliás, teria sido excelente hoje. Bocejei tantas vezes que comecei a rir comigo mesmo, imaginando que seria ótimo ter um piloto automático atrás da nuca. Tudo isso porque buscava a terra perdida do Citybank, onde eu deveria – mas não consegui – receber minha grana da publicidade da Google. Não consegui pois, segundo o porteiro do prédio, a atual localização desse banco é um “mistério”. E ele tem razão: até a lista telefônica online traz o endereço e o telefone errados. É nessas horas que a gente fica com vontade de sair divulgando, a plenos pulmões, aquele filme do Mel Brooks: Que droga de vida! Contudo, ainda resta uma esperança. Se o Indiana Jones encontrou a Arca da Aliança, por que eu não poderia encontrar o Citybank? Um dia eu chego lá. Sim, um dia.

Outro pensamento que me assolou durante todo o trajeto foi: qual será a resolução do mundo? Digo, a resolução gráfica, porque é tudo tão bem definido. A gente vê os mínimos detalhes das flores e das árvores, uma coisa fascinante.

Memória Carnal

Descobri hoje um bicho de pé que trouxe lá do Xingu.

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