Já que estamos nos aproximando das enchentes de São José (19 de Março), o negócio é ir cantarolando desde já a canção apropriada. Para tanto, acompanhe esse video-clip genial do Cartoon Network.
Mês: março 2006 Page 13 of 17
Acabo de assistir a Capote e concordo integralmente com o Fiume. É um grande filme. Absurdamente melhor que Crash e que Brokeback Mountain. Não há dúvida de que todo o seu mérito, além da atuação felizmente premiada com o Oscar de Philip Seymour Hoffman, reside na sutileza com que trata a figura de Truman Capote e a pesada história real de sua obra-prima “A Sangue Frio”. Coisa rara em filme americano: sugerir as coisas, ao invés de explicá-las didadicamente. Meritório também o filme não cair presa da personalidade de Capote – o homossexualismo, o alcolismo, a megavaidade, etc. -, mas exatamente sugerir tudo isso enfatizando suas relações com outras pessoas no processo de se envolver com a história de brutais assassinatos, que resultaria num dos grandes livros norte-americanos.
Mais impressionante ainda por se tratar do primeiro longa de ficção do diretor Benett Miller. Imperdível.
Estamos tão (mal) acostumados ao estatismo brasileiro – até nossos avós tinham RG – que chega a causar grande estranhamento o fato de os ingleses estarem, há alguns poucos anos apenas, em meio a mil e um calorosos debates sobre essa “nova” idéia de se obrigar os cidadãos dum país a portar uma carteira de identidade. São enormes as controvérsias sobre a invasão de privacidade, o absurdo que é registrar as digitais de cidadãos inocentes e coisas do gênero. O site Say No To ID apresenta diversas razões para se rejeitar o famigerado projeto. Enquanto isso, do lado de cá do equador, somos um povo tão ovelha, tão besta, que logo logo seremos os primeiros a usar a versão tangível da marca da besta, isto é, uma identidade da ONU, um chip da Nova Ordem Mundial, uma tanga de crochê…
Fui ver Capote ontem. É excelente. Num papo por email com meu amigo Gustavo Alves, jornalista do Globo e autor do blog River Run, ele acabou resumindo por que o filme é tão bom — faltou apenas citar o ótimo trabalho do Philip Seymour Hoffman:
Capote é genial. E muito sutil. A forma como o mostra caminhando para o alcoolismo, a tensão por gostar do assassino e ao mesmo tempo querer que ele morra para terminar o livro, tudo é muito sutil. O ator que faz o matador baixinho, aliás, é espetacular.
[Texto modificado às 17h44 de 14/6]

A Google comprou a Upstartle, empresa que desenvolveu o Writely, um editor de textos que funciona dentro da própria web. Pelo jeito, os planos da Google de criar o Googleputer – isto é, um computador mundial central onde cada um dos nossos PCs não será senão um mero terminal – estão indo de vento em popa.
Certa vez eu, o Yuri e o Paulo conversamos até tarde num barzinho (destes que Goiânia pari e mata aos montes) sobre o paradoxo de Russell e sobre como ele redefinia a idéia de classificação com a qual sempre trabalhamos. Em outras palavras, Russell mandou para o espaço o que costumo chamar, não sem alguma pretensão didática, “visão supermercadológica” do mundo. O que isso tem a ver com o post anterior do Pedro e sua resistência à nossa insistência em enquadrá-lo? Sigam-me.
Com o exército finalmente subindo os morros cariocas, a despeito de tanto blablablá sobre suas supostas atribuições reais, só posso chegar a uma conclusão: o Haiti não é senão um campo de treinamento para que as forças armadas, logo em seguida, possam finalmente agir como polícia por aqui. Até mesmo tropas de Goiânia, que atuaram no Haiti, foram enviadas para o Rio de Janeiro. Ok, no fundo no fundo, havia uma razão por trás disso tudo. Treinar no Brasil teria saído muito “caro”, aqueles que fossem encontrados pelas “balas perdidas” teriam gritado muito alto, muito na frente das câmeras. No Haiti, não, lá o caos está tão generalizado que um erro tático a mais, outro a menos… fazer o quê? Pelo menos as tropas aprendem alguma coisa por lá e, de quebra, tentam ajudar. Dá até pra engolir. O que não dá pra engolir tão facilmente é o motivo alegado para subir os morros: os traficantes roubaram as armas deles! E os militares ficaram com o orgulho ferido!! Então, de repente não mais que de repente, eles estão aptos a agir como polícia. Interessante. Tomar regiões inteiras da cidade, tudo bem, isso os traficantes puderam fazer. Afinal, era só um monte de favela, né, gente sem cidadania. Mas as nossas armas?! Ah, isso não.
Brasil zil zil zil zil!!!
Olha só a roubada em que esta repórter do site NoMínimo se meteu. A história é hilária. Tem cada maluco mesmo no mundo. Ainda mais em Nova York. Veja o resumo e clique no título dele para ler o texto completo:
A idéia é reunir pessoas que não se conhecem, mas têm vontade de trocar abraço, massagem, cafuné, carinho. Cada uma paga US$ 30, veste seu pijama e esquece a timidez para relaxar no colo de estranhos. Não há sexo nessas festas que viraram mania nos EUA.
O documentário citado pelo Pedro Novaes num post anterior (via O Indivíduo) – Che: anatomía de un mito – já está disponível no You Tube. Segundo pude averigüar, el Che não era nada mais nada menos que um, digamos, hippie do mal: não gostava de tomar banho, perambulava ao léu pelo mundo e adorava executar pessoalmente – com muita ternura, claro – não apenas os inimigos da revolução mas principalmente seus desafetos políticos, isto é, boa parte de seus ex-companheiros. Apenas antes da tomada de Havana, executou com tiros na nuca – e até pelas costas – mais de duzentas pessoas, ou seja, quase o mesmo número de “subversivos” mortos por TODO o exército brasileiro durante toda a ditadura militar. Ah, aquele cabeludo-barbudo-hippie-do-mal! Coitado, deve estar abraçando o capeta até hoje…
Já neste outro vídeo, vemos que ele é que era um soldado do Império, um enviado de Darth Vader infiltrado no planeta…