blog do escritor yuri vieira e convidados...

Autor: yuri vieira Page 15 of 107

Meu livro no Flashpaper

Você conhece o Macromedia Flashpaper? Achei esse programa simplesmente genial. Você pode embutir um livro inteiro em seu site ou blog. Através da barra de ferramentas, é possível ampliá-lo e ocupar toda a tela do navegador, imprimi-lo, fazer buscas, etc. Muy bueno.

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Adeus, Bruno!

Faleceu hoje o mestre e amigo Bruno Tolentino, que conheci em 1998, na casa da escritora Hilda Hilst, no dia do meu aniversário de 27 anos. Bruno também morou ali na Casa do Sol – por cerca de oito meses – e, além de termos feito algumas feijoadas juntos, discorremos sobre todo tipo de assunto, principalmente literatura, arte, política e religião. Juntamente com a Hilda e com o escritor Mora Fuentes, costumávamos também, ao final daquelas saudosas tertúlias diárias, assistir a clássicos do cinema. Nunca me esquecerei da expressão em seu rosto quando, certa tarde, apareceu em meu quarto para reclamar do CD que eu estava ouvindo e que, segundo deixou claro, o estava incomodando em seus afazeres: Passages, de Philip Glass e Ravi Shankar. “Essa composição está andando em círculos, não tem a saída da espiral! Isto não é música, é a música como idéia…”, comentou, parafraseando o título do livro que vinha finalizando, O Mundo como Idéia.

Amigo e mestre, vá com Deus e mande um beijo pra Hilda.

Ilustração de Cesar Kayanoki

Esta é uma ilustração de Cesar Kayanoki para meu conto O Abominável Homem do Minhocão. (Nela, vemos o protagonista acompanhado por Topo Gigio.) Clique na imagem para ver uma versão ampliada.

Abominavel

Voltamos

Este blog ficou uma semana offline devido a problemas no servidor. (Na verdade, os caras suspenderam minha conta até que eu desse um jeito no script.) Instalei, pois, o wp-cache. Vamos ver se é o suficiente para não sobrecarregar a CPU da Routhost.

Brasil: uma terra sem sal?

Leio os Sermões do Padre Antônio Vieira desde muito antes de realmente saber o que é a fé. E isso apenas por conselho do Fernando Pessoa que, em suas Obras completas em prosa, ressalta o prazer que é escorregar a língua por aquelas belas palavras e por suas excelentes construções sintáticas. Sim, lia por razões puramente estéticas. (Aliás, vale notar a influência do estilo de Vieira nos ensaios estéticos de Pessoa.) A questão é que, em 1997, após deixar a UnB e sua biblioteca, fiquei algum tempo sem ler os Sermões. Então, anos mais tarde, comprei no Sebo do Messias, em São Paulo, um volume publicado pela editora do Mário Ferreira dos Santos, a Editora Logos. E cá estou a ler novamente o Vieira, não apenas sob a perspectiva estética, mas, agora, também sob o ponto de vista moral e religioso. (Atenção, sou um cristão com upgrade, sou “urantiano”.) E encontrei, no Sermão de Santo Antônio – pregado na cidade de São Luís do Maranhão, no ano de 1654 – uma excelente descrição dos dias atuais, isto é, uma época de corrupção generalizada, na qual, estivesse Santo Antônio vivo, estaria pregando tal como Vieira diz que ele certa vez pregou, ou seja, aos peixes, já que os humanos estão todos surdos. O humor de Vieira é notável. Seu sermão é também todo ele dirigido aos peixes, o que me faz imaginar um monte de colono com cara de “mané” e “jaquim” a ouvir de má vontade o irônico padre.

Quem já leu o Evangelho, sabe que Jesus disse: “Vós sois o sal da Terra”. Eu sempre pensei que isso tivesse algo a ver com o fato de sermos, por assim dizer, a quintessência da vida do planeta, aqueles que dão sabor a essa vida que de outra forma seria puramente zoológica. Outros dizem que ser o “sal da terra” significa simplesmente “fazer a diferença”, uma vez que a comida sem sal é uma coisa completamente sem graça. Mas este “fazer a diferença” é um conceito puramente anglo-saxão… Vieira, por outro lado, afirma que ser o sal da Terra é fazer parte daqueles que conservam o mundo contra a corrupção e a putrefação, uma vez que o sal, desde épocas imemoriais, sempre foi utilizado antes como conservante que como tempero. Os peixes e as carnes sempre foram salgados, não para ficarem mais gostosos, mas para não apodrecerem. Se Jesus estivesse andando por aí, nos dias de hoje, certamente diria: “vós sois a geladeira da Terra, o refrigerador, o freezer…”

Nessa perspectiva, não é nada difícil perceber que o Brasil tornou-se, nas últimas décadas, uma terra completamente sem sal. Os humanistas podem espernear e bradar por uma moral sem raízes religiosas, mas isto não entra na cabeça de mentalidades simplórias e, principalmente, na de mentalidades cínicas e perversas. Sem uma paternidade espiritual, sem uma fraternidade fundada em princípios indestrutíveis, não há clima de confiança que consiga manter a sociedade unida. E o Brasil, por melhor que ande a economia e seus juros, está cada dia mais mergulhado em corrupção. Até já exporta a dita cuja. O Isaac, editor do meu curta-metragem, que morou muitos anos nos EUA, me disse que grande parte desses brasileiros que voltam com as burras cheias de dinheiro apenas fazem o seguinte: trabalham seis meses e, em seguida, vão a um banco pedir um empréstimo. Os bancos, acostumados com uma sociedade de tradições puritanas, confia naqueles que os procuram e emprestam a grana. E os tais brasileiros retornam a seu país de origem com 50.000 dólares que jamais serão devolvidos… Daí os bancos americanos não estarem mais autorizando empréstimos a brasileiros que vivam há tão pouco tempo naquele país. Porque brasileiros não são confiáveis. Porque são naturalmente corruptos e crêem estar levando vantagem sobre os americanos otários. São, enfim, pessoas oriundas de uma terra cada vez mais sem sal…

Negócios no Second Life

Que vêm ocorrendo reuniões, palestras, aulas e seminários nas várias áreas do Second Life – e sobre os mais diversos assuntos – não é segredo para ninguém. Eu mesmo já estive no Primeiro Festival de Literatura do SL, em várias outras discussões literárias, filosóficas, políticas e inclusive numa leitura ao vivo do escritor D. Harlan Wilson, e basta checar a categoria SL deste blog para comprovar isso. (Sim, todos os eventos em inglês, pois o povo mais inteligente do mundo – o povo brasileiro – ainda pensa que SL é só um joguinho e utiliza o programa apenas para desperdiçar tempo.) Enfim, as pessoas vêm utilizando a nova ferramente cada vez mais e melhor. Até aí tudo normal… Agora, um seminário sobre o Second Life, fora do Second Life, e no Brasil, é algo realmente digno de nota. É um projeto da Editora Abril e da revista Info e cobrará R$665,00 de cada participante. (É brincadeira isso? Claro que não, neguinho não brinca com dinheiro.) O seminário de chama “O ambiente de negócios no Second Life” e ocorrerá dia 20 de Junho, em São Paulo.

(Fonte: Katia Teatime, a companheira do meu avatar.)

A maçonaria no Brasil

Eis a maçonaria numa matéria especial do Diário do Comércio

Uma trincheira no You Tube

Com o fechamento autoritário da RCTV pelo protoditador Hugo Chávez, a internet e, mais particularmente, o You Tube explicitam seu caráter unívoco de “trincheira virtual”. Se a empresa venezuelana já não possui permissão para transmitir como um canal aberto, ao menos não deixou de produzir seus programas, os quais vem sendo divulgados no site El Observador e no próprio You Tube.

Esse estranho aquecimento global

Durante as últimas semanas, ouvimos que:

1) “Curitiba chega a zero grau no Maio mais frio desde 1997“;

2) “Santa Catarina tem o mês de Maio mais frio em 39 anos“;

3) “Este é o mês de Maio mais frio dos últimos sete anos em SP“;

4) Nevou em Junho na Califórnia.

Pergunta: será o “aquecimento global”?

Bem, segundo o blog Pensadores Brasileiros, os termômetros usados para medir esse tal aquecimento são dispostos em locais bem esquisitos. Aposto que alguns ficam dentro de saunas…

Profissão de Fé

No site do Mário Ferreira dos Santos (1907-1968), há uma página com os próximos livros a serem relançados. Um deles se chama “Cristianismo, a religião do Homem“, do qual podemos ler o seguinte excerto:

“A única esperança que nos resta de salvar a humanidade da destruição é o cristianismo. Nunca teríamos de lutar tanto quanto hoje. O meu desejo era este, vou confessar agora, eu sempre desejei à minha volta pessoas capazes de um dia ajudar num trabalho de pregação religiosa, mas de pregação séria, independente das seitas, independente das diversas igrejas, nesse verdadeiro sentido do cristianismo, a religião do homem abrindo as portas, porque nós estamos hoje vivendo uma época de desenvolvimento técnico e de desenvolvimento científico, de desenvolvimento cultural em muitos aspectos, mas completamente esvaziada de espiritualidade e sem essa espiritualidade tudo isso é falho, tudo isso é fraco. Só o cristianismo nos poderá dar esta base que nos está faltando: o homem não pode viver sem religião”.

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