blog do escritor yuri vieira e convidados...

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Depois da Pantera

“Como manter um nível saudável de insanidade”, novo curta de Mariana Bastos e Rafael Gomes, diretores do aclamado “Tapa na Pantera”.

“Sai daí menino”

Pouco tempo atrás estavam reabilitando o Zé do Caixão pelo seu pioneirismo trash. Eu mesmo me espantei muito com alguns trechos de “A meia-noite encarnarei no seu cadáver” (a começar pelo título). Mas nada me diverte tanto quanto as pornochanchadas da década de 70. Dia destes trombei, no canal Brasil, com o filme “Histórias que nossas babás não contavam”. Humor picante, sacana sem ser pornográfico – ou melhor, sem aquela pornografia psicoanalizada tipo “A Hora da Estrela” e que tais com a Carla Camurati.

O figura mais engraçado do filme era o Costinha. Costinha é o feio fundamental. Um gênio kantiano da feiúra. Depois dele, tudo o que é feio ou engraçado – e as duas coisas estão muito ligadas – deveria definir-se como tal em função dele. A variedade de expressões faciais de que era capaz (todas igualmente feias) desafiava até os mais sofisticados efeitos especiais. Se o Costinha estivesse vivo, ele seria meu Gollum. Hehe.

Bem, tudo isso é preâmbulo para o vídeo que encontrei dele no YouTube estrelando um comercial da Loterj de 92. No vídeo há duas versões para o comercial – no geral uma tentativa mnemônica de se vincular aos comerciais da Bombril. A primeira é séria, a segunda um esculacho. É proibido para menores, já aviso. Reparem também que o diretor é o Cacá Diegues. Ei-lo:

F.I.M

Para os cinéfilos, uma dica é a revista portuguesa F.I.M (Festival de Imagens em Movimento). Antes impressa, agora na forma de blog, é ótimo local para se manter informado sobre lançamentos, festivais e para ler boas críticas.

The Michael Winslow Experience

Você se lembra daquele figura do filme Loucademia de Polícia, aquele capaz de reproduzir qualquer som com a boca? E não é que ele criou um novo campo a ser explorado pelos adeptos malucos da famigerada air guitar? Confira.

Machinima

Você está cansado de buscar um ator com aquele tipo físico específico? Seu roteiro possui demasiados figurinos, locações e efeitos especiais que levam o valor do orçamento à estratosfera? Você acredita que seu argumento até daria uma boa animação, mas não sabe desenhar e modelar em 3D lá muito bem e quem sabe fazê-lo não quer ouvir suas minguada$ idéia$? Seus problemas acabaram! Basta usar o Machinima, um processo que se aproveita do ambiente de diversos tipos de jogos para PC, incluindo o Second Life (que não é um jogo), tornando possível a execução de cenas inteiras, totalmente dirigidas por vc (marcação dos personagens, planos, movimentação de câmera, etc.), e sem o drama da necessidade de grandes períodos de renderização.

Assista a diversos filmes e trailers neste site.

Uma introdução ao Machinima feito com o Machinima:

Já existe inclusive um festival que premia diversas categorias:

Este vídeo, por exemplo, já foi assistido 2.995.094 vezes no You Tube. São regras de etiqueta para o banheiro masculino:

Procure por mais vídeos feitos com o Machinima no You Tube.

Kieslowski

fraternidade.jpgRever A Fraternidade é Vermelha numa destas madrugadas foi uma bela meia surpresa — por sorte do acaso, passei pelo Telecine Cult bem na hora em que aparecia o nome do filme. Digo meia surpresa porque a última parte da trilogia das cores do polonês Krzysztof Kieslowski é tão bela quanto eu me lembrava. Sempre tenho o temor de que os filmes de que mais gosto possam não ser tão bons assim depois de uma releitura. Muitas vezes não são mesmo. A memória se afeiçoa aos bons momentos.

Assiti ao filme pela primeira vez no cinema, na época do lançamento — tive de pesquisar na internet (ô, memória); foi em 1994. Dos três, foi aquele de que mais gostei. Talvez porque a incomum amizade entre uma jovem e um velho (a esperança e a desilusão) seja mais explícita do que a busca da mulher de A Liberdade é Azul (1993) pela superação de uma tragédia pessoal (a libertação) ou a do homem de A Igualdade é Branca (1994) por equiparação (ou vingança?) após o divórcio.

(Abri o parêntese porque devo fazer uma ressalva. Vi os dois primeiros filmes também no cinema, na época em que foram apresentados. Portanto, não posso estar tão seguro assim quanto à comparação com o terceiro, uma vez que, reitero, falo por memória afetiva).

Também adoro a forma como Kieslowski nos conta a história do velho, por meio do jovem juiz, antes de o próprio personagem fazê-lo. Havia algo assim nos outros dois filmes? Não me lembro.

Sem falar na brincadeira do acaso, presente nos três filmes. Sempre fica legal no cinema, quando bem feita

Dias atrás, revi Não Amarás (1988), do decálogo do diretor sobre os mandamentos — destes, só assiti ainda a Não Matarás (1988), mas dele já não me lembro nada. Como é triste ouvir a mulher dizer ao garoto que “o amor não existe”! Há algo semelhante, não bem em palavras, no velho juiz de A Fraternidade. Não Amarás é tão simples como bonito.

Depois de Não Amarás e, mais ainda, de A Fraternidade, me deu uma vontade louca de rever A Liberdade e A Igualdade. E também A Dupla Vida de Veronique (1991), com a mesma bela Irène Jacob de A Fraternidade e que, confesso, lembro apenas de ter ficado meio perdido na história ao deixar o cinema — provavelmente o Cine Cultura, em Goiània (ainda existe?), o único na minha época de faculdade que exibia estes filmes na cidade. Quem sabe agora, uns 15 anos depois, Veronique também surpreenda a minha memória.

Cassino Royale

48667.jpgNada contra o Bond loiro. É meio estranho, mas funciona. E Daniel Craig é um ator melhor que o Pierce Brosnan. Já tinha visto alguns filmes dele (Nem Tudo é o Que Parece, Estrada para a Perdição, Munique). Ele é bom. Mas é feio. Talvez as garotas digam que ele é quase feio. Tudo bem.

O filme é bom, sim. Tem roteiro. A introdução é bem bacana. Os diálogos entre 007 e Vesper Lynd (ave, Eva!) são a melhor parte. E há um trecho com certa tensão: o do jogo de pôquer. Curioso é que não há gadgets. Dá para prever algumas coisas, mas, vá lá, é um filme de ação.

Saí do cinema com a sensação de que a diversão vale o ingresso. E olhe que eu devo ter ido à sala mais cara do país — Cinemark com lugar marcado, por R$ 21; até o Roberto Justus estava lá.

Fazer cinema no Brasil… um cu!

Caro Pedro

O roteiro de curta-metragem Espelho (anteriormente Reflexo e, depois, No Espelho do Cinema) foi um presente de dia dos namorados que dei à Cássia há dois anos, quando ainda estávamos juntos. Se o roteiro foi aprovado numa lei de incentivo (20 mil e não 30) o mérito é todo dela, porque, além de eu achar uma chatice toda a burrocracia envolvida, sem falar das panelinhas, me sinto, sim, um peixe completamente fora d’água nessa questão vampiresca, tanto que não receberei cachê pelo projeto, pelo roteiro e pelo trabalho que eu por ventura ainda venha a ter com ele. Já disse a ela que não quero nada e você pode confirmar. O projeto é dela, está no nome dela e meu nome consta apenas na Cessão de Direitos do meu roteiro. Quanto ao meu laptop, eu o paguei com dinheiro que recebi de um trabalho como monitor do Dib Lutfi (aliás, fui praticamente diretor das filmagens, porque ele mesmo me pediu para ser dirigido, ou a coisa não iria andar) e como roteirista do making of do FICA, juntamente com uma grana emprestada por minha irmã. (Meu eterno obrigado a você, Pedro, pela oportunidade, não esqueço essas coisas.) Se sua produtora tinha ou não capital de giro, se ela me pagou com dinheiro que recebeu do estado ou de empresas privadas, Pedro, eu não faço idéia, e isso não importa para quem vende a própria força, talento e capacidade de trabalho. Aceitar fazer um trabalho por uma determinada quantia é bem diferente de ganhar aquilo que a própria pessoa estipula num orçamento muitas vezes arbitrário e distante da realidade do mercado. (Aliás, quatro anos atrás, fiz 19 roteiros para uma agência publicitária de Brasília, que fazia a campanha do Detran e do Procon, e nunca fui pago, não porque abri mão da grana, mas porque eram desonestos mesmo. Prometeram, prometeram e no final nada. Quem mandou eu confiar em petistas e não exigir contrato de trabalho? Quem trabalha tem de receber, porra!) E, falando em orçamento arbitrário, o Eduardo Castro, que está montando aquele documentário explosivo sobre a Guerrilha do Araguaia, me falou sobre um certo documentário bobo, a que assisti no Festcine, que, segundo ele, não custou mais de R$3000,00 mas recebeu da lei R$50.000,00. Onde foi parar essa grana? Está certo isso?

Na minha opinião, o Ricardo deveria receber não 80 mil reais, mas 80 mil dólares para rodar o curta dele. Só que esse dinheiro deveria vir de empreendedores, não de produtores indiretos e compulsórios, tal como é agora, mas, sim, de gente que queira viver do cinema e ter lucro com ele. (Daí meu manifesto para estudantes de administração e empreendedores em geral. Porra, já existiram empresas de cinema nos anos 50 do século passado, por que não podem existir agora?) E se um curta não dá retorno financeiro, é porque se trata dum cartão de visitas, dum trabalho de marketing para quem o fez. E isso também seria vantajoso para quem quisesse se estabelecer como produtor de cinema.

Eu acho que esse sistema de incentivo está viciado sim, e tem muita gente por aí comprando até carro com a grana. (Eu ando de Caravan 1983 até hoje.) Conheço gente em Brasília que abriu editora e, para cada livro que lança, entra com um projeto diferente numa lei de incentivo. E ainda ganha mais que o triplo do autor! Ou seja: é uma empresa privada cujo capital de giro e cujo lucro vêm prontos do Estado! Isso é muuuuito esquisito e só funciona para quem tem o famigerado Q.I., o Quem Indica. A própria Cássia tentou me convencer várias vezes a publicar meus livros mediante essas leis, mas nem fodendo, não me meto mesmo com isso, prefiro ficar na internet e esperar que as pessoas entendam o potencial dos ebooks, com os quais venho lidando desde 2000. (Um dia irão emplacar!) Só não me tornei editor (de mim mesmo) este ano porque minha família não aprovou a venda de um terreno nosso, que eu propus especificamente para isso, por 80.000 reais. Dinheiro nosso!!! Aceitei a decisão porque afinal tenho três irmãs, meus pais estão mais vivos do que eu e, por isso, não posso pretender ser o único herdeiro de algo que ainda pode ser usufruído por toda a família. Além de publicar dois novos livros que tenho engatilhados, eu iria reeditar A Tragicomédia Acadêmica e sair arregimentando vendedores (estudantes interessados, Centros Acadêmicos, etc.) pelas universidades do país, dividindo o lucro pau a pau. Mas… a vida não é mole, principalmente para quem tá cagando e andando para esses incentivos que só têm incentivado uma maioria de gente muito ruim, sem qualquer talento, pretensiosa, amoral e com o ego nas nuvens. Até parece que isso irá levar o cinema a algum lugar. Faz-me rir…

Cá entre nós, cada dia que passa fico mais fã do Francis Ford Coppola — é preciso dizer o nome completo e não apenas Coppola, não se deve esquecer de articular o sobrenome Ford como quem estivesse a dizer “Forte” –, afinal o cara não apenas rodou um dos melhores filmes de todos os tempos (Apocalipse Now), mas chegou a vender uma fazenda e falir sua empresa para finalizá-lo: ele tinha visão e acreditava nela. Sem falar que é um caso raro de diretor e produtor, de artista e empreendedor, uma figura a quem Spengler certamente atribuiria o qualificativo de gênio, isto é, “a força fecundante do varão que ilumina toda uma época”. Em suma, o cara é Macho pra caralho!!!

Enfim, conforme passam os anos percebo com maior clareza o porquê de o Rubem Fonseca ter ido aos Estados Unidos estudar cinema e, ao voltar, não ter escrito senão livros e contribuído com um roteiro ou outro. Direção? Para quê? Porque esse país gosta mesmo é do atraso, odeia empreendedores, gosta é de mamar nas tetas do Estado, se caga nas fraldas até hoje, e não passa de um adulto infantilizado, mais ou menos como eu o sou. Qualquer pessoa madura sabe que a maior vitória que há é a vitória sobre si mesma, e não é outra coisa o que o escritor faz: é ele contra o papel em branco, contra o Word em branco, contra o destino em branco, contra seus fantasmas, contra si mesmo. O diretor de cinema, ao contrário, quando não é autor do próprio roteiro, já está com meio caminho andado, bastando-lhe apenas vencer as circunstâncias e um que outro idiota que possa cruzar seu caminho, seja ele um profissional incompetente, um ator metido a estrela, um produtor estressado e assim por diante. (Claro, com produtor quero dizer “administrador do orçamento”, uma vez que não existe investidor estressado no Brasil, afinal, o dinheiro é todo a fundo perdido e vem dos contribuintes.) E é apenas por isso que, para um escritor como Rubem Fonseca, muito maior valor há em escrever um livro, e vencer a si mesmo, que em vencer idiotas com o uso duma câmera: porque é sempre muito mais digno de nota vencer alguém tão filho-da-puta, espertinho, escroto, vagabundo, traiçoeiro e devasso, como cada um de nós é lá no fundo, do que vencer esses vícios nos outros, é muito mais difícil vencer a si mesmo interiormente do que dominar o outro exteriormente. (Não encare o verbo “vencer” no sentido negativo, mas no sentido de “conduzir sem sofrer oposição”.) Para mim, cinema é narrativa, tal como a literatura, e pouco me importa o que pensam os anti-narrativos. Aquelas porcarias que em geral ganham o rótulo de “cinema experimental” — a única forma legítima de experimentação que reconheço se chama criatividade — não passam de expressões do interior duma pessoa que é, lá no íntimo, tão confusa e vazia de significado quanto seu próprio filme. Escrever e filmar é, a princípio, a mesmíssima coisa. A diferença está em que é muito mais barato controlar meus dedos que agora teclam do que todo um set de filmagem. A diferença está no nível de controle, de poder. Por isso, quanto mais dinheiro para se fazer um filme, melhor, mais recursos serão movidos de acordo com seus pensamentos. Nesta linha de raciocínio, posso afirmar que o Ricardo deveria receber não 80.000 dólares, mas 1 milhão. Mas, porra, a gente vive num país miserável!!! Desde a tal “Constituição Cidadã”, o Estado não faz senão amarrar a mão dos empreendedores e, de forma suicida, tentar absorver toda a mão de obra que acabou desempregada por sua própria culpa. (Isso quando não parte de vez para os projetos assistencialistas.) Não existe o moto-perpétuo. Dinheiro do Estado é dinheiro confiscado ao povo, aos empresários. (Vale lembrar que qualquer um que conseguisse poupar poderia tornar-se um empreendedor em potencial, mas o estado não o permite.) Em suma: o governo está matando a galinha dos ovos de ouro, vai se foder logo logo. E nós com ele.

Você acha que um empresário, caso tivesse uma visão clara do processo, ficaria feliz em ajudar a realizar um filme por meio de leis de incentivo? É um labirinto o caminho que esse dinheiro percorre. E estamos num país de impostos altíssimos. O cara está “dando” aquela grana ao cineasta, a qual supostamente pertence ao Estado na forma de tributos, e ainda acha bonito. Mas ao menos 70% dela não deveria pertencer senão a ele. Porque o Estado é um vampiro sanguessuga que atrapalha a prosperidade deste país. Sem falar nos sanguessugas circunstanciais, tal como esses negociadores de notas fiscais que pretendem ajudar o realizador a “provar” que o dinheiro do orçamento do filme foi realmente gasto conforme o estabelecido. Veja o absurdo: no Brasil as notas fiscais são verdadeiros produtos que dão lucro a um monte de gente!! “Ah, fulano cobra menos pela nota, vamos fazer com ele…” É uma seqüência de trambicagens fora do comum.

Conclusão: tô cansado desse tal de cinema brasileiro. Vão todos tomar nos seus respectivos e supostamente imaculados cus. Porque fazer cinema no Brasil é de fato um cu. O cu do povo. Hoje em dia, onde quer que haja um cu, há um representante do estado lá dentro. Muah hahahaha! (Rindo para não chorar…)

Três Boas Notícias no Cinema

Em um só dia, várias boas notícias de cinema.

Primeiro, mais importante, nosso camarada Ricardo Calaça, após ter seu documentário “Divino Maravilhoso” selecionado para o prestigioso Festival de
Cinema de Brasília, agora foi contemplado em edital do Ministério da Cultura e contemplado com R$ 80 mil para a produção do curta metragem “O que se Come”. Parabéns ao Ricardo.

Segundo, o Brasil se deu muito bem no ainda mais prestigioso e disputado Festival Internacional del Nuevo Cine Latino Americano, em Havana, Cuba. O já aclamado “O Céu de Suely”, de Karim Ainouz, ganhou por unanimidade o primeiro prêmio do Juri, levando também o prêmio de melhor atriz, com Hermila Guedes. Além dele, “Os 12 trabalhos”, de Ricardo Elias ganhou o terceiro prêmio, atrás de “El Camino de San Diego”, do argentino Carlos Sorin (diretos dos excelentes “Histórias Mínimas” e “O Cachorro”). “É Proibido Proibir”, de Jorge Durán, premiado no Festcine Goiânia, levou o Prêmio Especial do Juri. Além disso, o ótimo “Antonia”, de Tata Amaral ganhou como melhor som e melhor trilha sonora e o fraco “O Maior Amor do Mundo”, de Cacá Diegues, ganhou prêmio de melhor canção, com as composições e Chico Buarque.

Second Life: Solte Sua Imaginação

Era esse o nome do Projeto do qual fiz parte anos atrás em São Paulo: Solte Sua Imaginação. Na verdade, não foi além de um site que dividi com o fotógrafo Dante Cruz e com o VJ Alexis Anastasiou, tendo cada qual uma página para apresentar suas próprias viagens pessoais. (Hoje é apenas o site do atual estúdio do Dante.) O Dante, obviamente, pretendia incluir mais um monte de artistas, músicos, cineastas, DJs, estilistas e escritores que pudessem dar asas às suas respectivas imaginações, gente que íamos conhecendo nas raves que frequentávamos. Mas o Projeto SSi não foi pra frente. Claro que tudo teria sido muito diferente se fôssemos programadores e não um bando de artistas. Porque, quando me lembro das conversas que eu tinha com o Dante, vejo que a realização de tudo o que ele sonhava então – liberdade, criatividade, interatividade, internacionalismo – se chama hoje Second Life. Ainda não é grande coisa – e para muitos pode não passar de um vício besta e de pura perda de tempo – mas essa tal “SL”, como se costuma dizer ali dentro, já está pirando a cabeça de aproximadamente 1.790.000 pessoas.

(Senhor, não me deixeis errar pelos caminhos perversos da minha imaginação…)

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