Le penseur, Auguste Rodin (Musée Rodin, Paris)
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Via O Indivíduo e TV Câmara (Sempre um Papo):
O Sempre Um Papo traz a Brasília um dos mais premiados poetas brasileiros, Bruno Tolentino. Seu mais recente livro de poemas reúne 538 sonetos escritos ao longo de 26 anos, entre 1979 e 1994. O livro, dividido em 3 partes chamadas de “movimentos”, é precedido por um soneto intitulado “Em frontispício”, que situa seu projeto poético. A epígrafe do soneto, um versículo de Joel, estabelece as finas relações que o poeta delineia entre o cristianismo e as orientações para a vida humana, sendo desdobrada criticamente no próprio poema.
Este é o “lado A” do meu quarto bate-papo via SkypeOut com o escritor Olavo de Carvalho. “Lado A” porque nossa conversa durou cerca de uma hora e meia, o que me obrigou a dividi-la em duas partes. Assim que a segunda parte estiver editada, será postada neste blog, no podcast, no Odeo, no Archive.org e no You Tube. (Ufa!)
Neste podcast, Olavo comenta a condenação de Saddan Hussein, fala sobre a pena de morte, sobre George W. Bush, religião, universidade, intelectualidade, filosofia, literatura, Bruno Tolentino, etc.
- Se o “vídeo” acima for muito pesado para sua conexão, clique no player abaixo (arquivo mp3 com a metade do tamanho):
[audio:http://www.archive.org/download/Bate_papo_com_Olavo_de_Carvalho/olavo4ladoA_64kb.mp3]
O amor não existe
Grazyna Szapolowska para Olaf Lubaszenko, em Não Amarás (1988)
Eu sei que esta semana anda muito “olaviana”, mas eu não esperava outra coisa como conseqüência dos podcasts gravados com o Olavo de Carvalho. Com relação a eles, tenho recebido muitos emails, como já disse, ou muito positivos ou muito agressivos. Dentre estes últimos, a maior parte tenta ironizar a qualificação de filósofo que uso, na introdução, ao me referir ao Olavo. Mas quantos de seus autores leram ao menos um livro dele? Nenhum, obviamente. Logo, faço pouco caso desse gênero de manifestação. O que me chateia mesmo é quando muita gente inteligente (com ou sem aspas) aparece para acusar o cara de teórico da conspiração. É para finalizar com esse debate bobo, esse que tenta equiparar a visão de mundo dele a uma simples “Teoria Conspiratória”, que publico agora o artigo de José Maria e Silva (do jornal Opção, de Goiânia), a respeito do excelente livro “O Jardim das Aflições: De Epicuro à Ressurreição de César. Ensaio sobre o Materialismo e a Religião Civil“. Como disse no comentário ao post do Daniel, foi o Bruno Tolentino quem, na casa da Hilda Hilst, me emprestou esse livro dizendo: “Essa obra é imprescindível, é fundamental para entender o mundo de hoje”. Se você, leitor, ainda não consegue discernir o fundo sobre o qual o Olavo organiza suas figuras retiradas da realidade, saiba que está nesse livro a chave de tal compreensão. Se você é preguiçoso ou preconceituoso, azar o seu. Será – sim, vou repetir – mais uma “mulher do padre”, mais um a chegar por último. Se você ler esta ótima e muito bem escrita resenha do José Maria – e ainda assim não se interessar pelo livro – é porque você certamente é do tipo que se une a “outras” de sua espécie para reclamar: “Você viu? Esse aí está a dizer que nossos maridos são padres!”
O Império e a Globalização
(Texto sobre o Livro “O Jardim das Aflições”)
A metalinguagem do colonialismo
Deslumbrados com o conceito de “Império” que acabam de importar dos Estados Unidos, intelectuais brasileiros desconhecem – ou fingem desconhecer – que o filósofo Olavo de Carvalho já o criara no Brasil há cinco anos.
por José Maria e Silva
silvajm@uol.com.brOpção (Goiânia), 1° de outubro de 2000
Como os índios e escravos do período colonial, que por força da sobrevivência batizavam seus deuses com nomes de santos, os intelectuais brasileiros rendem-se ao imperialismo com um despudor de espantar.
Neste nosso terceiro bate-papo, Olavo comenta a reeleição de Lula e solta pérolas tais como:
“Alckmin é a camisinha do PT.”
“Entre os políticos tradicionais o único sujeito macho é o Clodovil.”
Os “vídeos” anteriores estão aqui.
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Para ouvir apenas o áudio, clique no player abaixo:
[audio:http://www.archive.org/download/Bate_papo_com_Olavo_de_Carvalho/olavo_reeleicao_lula_64kb.mp3]
Para baixar os arquivos de áudio, visite este site.
Foi uma dupla experiencia de alta qualidade. Primeiro, ir ao cinema em Bangkok, segundo, ir ao cinema ver um filmaco de Martin Scorsese sem me dar conta do que iria ver.
Cinema aqui e assim: um multiplex como os outros, so que, se se desejar, com superpoltronas reclinaveis e/ou mesas para fazer refeicoes e ser servido numa sala VIP. Todo o mundo tem os celulares mais modernos, mas, surpresa, eles nao tocam, nem ninguem conversa a meu lado. Importante afirmar que isso e uma experiencia inedita para mim. Sempre me sento ao lado de alguem que conversa e/ou atende celular.
Tutte le volte che ho cercato de comunicare con qualcuno… l’amore è andato via
(Todas as vezes que tentei me comunicar com alguém… o amor foi embora)
Monica Vitti, para Marcello Mastroianni, em A Noite (1961)
Título estranho, não? Peço licença ao Yuri para falar sobre o pessoal da Praça Roosevelt, dica do meu bróder Randall Neto – ele mesmo um escritor em vias de fato, se é que me entendem. Muito bem! Quem é o pessoal da praça roosevelt??? Um grupo de escritores que moram ou ciruclam na Vila Madalena e acabaram tornando a praça (e seus arredores) um ponto de encontro. Quase todos têm blogs e já produziram edições “mimeografadas” dos seus livros – eu mesmo tenho um do Randall que é muito bom. Mas o que motivou este post é uma poesia despretensiosa do Marcelo Montenegro que vai abaixo. Quem quiser saber mais pesquise na revista cultural online Cronópios. Vamos ao poemeto:
“Agora mesmo algum maluco
deve estar postando qualquer treco
genial na internet,
alguém deve estar pensando
em como melhorar aquele
texto enquanto lota o especial
de vinagrete, perseguindo
obstinadamente um acorde
voltando da padaria
Agora mesmo alguém
pode estar pensando
que guardamos só pra gente
o lado ruim das coisas lindas –
assim, trancafiado a sete chaves de carinho – alguém
pode estar sentindo tudo ao mesmo tempo
sozinho, assim brutamente
sentimental, feito coubesse toda a dignidade humana
num abraço tímido.
Agora mesmo alguém deve estar limpando
cuidadosamente o CD com a camisa,
pulando a ponta do pão pullman,
sentindo o baque da privada gelada,
perguntando quanto tá o metro
daquela corda de nylon, trepando
no carro, empurrando o filho
no balanço com uma mão
e na outra equilibrando
a lata e o cigarro, agora mesmo
alguém deve estar voltando,
alguém deve estar indo,
alguém deve estar gritando feito um louco
para um outro alguém
que não deve estar ouvindo.
Agora mesmo alguém
pode estar encontrando
sem querer o que há muito
já nem era procurado, alguém no quinto sono
deve estar virando pro outro lado,
alguém, agora mesmo, no café da manhã
deve estar pensando em outras coisas
enquanto a vista displicentemente lê
os ingredientes do Toddy”.(Marcelo Montenegro)
Você provavelmente já leu sobre as incríveis proezas do inigualável Chuck Norris. Por exemplo: “Chuck Norris não dorme, ele espera”; “Chuck Norris contou até o infinito, duas vezes”; “Chuck Norris conseguiu dar um cavalo-de-pau no Enduro do Atari”; “Chuck Norris ganhou de si mesmo jogando par ou ímpar no espelho….apostando ímpar”. E não é que Chuck Norris ganhou uma coluna regular no WorldNetDaily. Sobre o que Chuck Norris irá escrever? Não ouse repetir a pergunta.