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Categoria: Ciência Page 4 of 29

Capitalismo 3.0

Barnes

Resenha do José Eli da Veiga, publicada em O Valor desta quinta, do livro Capitalism 3.0, de Peter Barnes.

A necessidade de criar uma ‘versão 3.0’
Por José Eli da Veiga, para o Valor, de São Paulo
03/01/2008

“Capitalism 3.0 – A Guide to Reclaiming the Commons” – Peter Barnes
Berrett-Koehler Publishers, Inc., R$ 48,77. Com versão eletrônica gratuita em http://www.onthecommons.org

É raro que um livro abra com duas sentenças tão reveladoras de sua mensagem: “Sou um empresário. Creio que a sociedade deve premiar toda e qualquer ação lucrativa que tenha êxito”. Mas são afirmativas que jamais haveriam rendido texto tão estimulante se não tivessem entrado em colisão frontal com outra profunda convicção do autor: “Sei que atividades lucrativas têm insanos efeitos colaterais: poluição, lixo, desigualdade, ansiedade, e pesadíssima confusão sobre o propósito da vida.”

Para complicar, o conhecimento histórico também já o havia convencido que governos – por mais representativos que possam ser – se já não cuidam direito dos interesses dos cidadãos, muito menos podem ser capazes de proteger os interesses de gerações futuras. Principalmente porque tendem a dar muito mais importância aos interesses das corporações privadas. Um problema que na democracia capitalista é sistêmico, segundo Peter Barnes, autor do livro “Capitalism 3.0 – A Guide to Reclaiming the Commons”.

Também quero ser quilombola!

Junto com votos de um feliz 2008 a todos os leitores e amigos, sugiro fortemente a leitura do artigo “Nossos Bantustões”, escrito por Fábio Olmos, em O Eco, de longe o melhor sítio de notícias sobre meio ambiente na Internet.
O texto desce merecidamente o cacete na reforma agrária clandestina que o governo Lula vem promovendo desde a mudança na regulamentação dos procedimentos de reconhecimento de remanescentes de quilombos no país. Como muitos devem saber, agora basta que uma comunidade se autodeclare “quilombola” para ter direito a território próprio. Não precisa ser gênio para imaginar os prejuízos e desrespeitos que vêm ocorrendo a áreas de proteção ambiental e aos direitos de proprietários.
Em tempo, eu não necessariamente concordo com os pontos de vista dele especificamente sobre o tema da relação entre populações locais e conservação da natureza. Meu documentário “Quando a Ecologia Chegou” trata do tema. Mas isso é outra discussão.
Esta história dos quilombos, como coloca o Fábio, seria mais uma enorme piada na comédia nacional, não fosse trágica de dois pontos de vista: o da conservação da natureza e o do acirramento do racismo e do etnicismo, promovido pelas políticas deste tal ministério da igualdade racial que acredita que racismo de negro com branco vale.
Sobre Reforma Agrária e meio ambiente, sugiro ainda a leitura do meu post “O Dia em que a democracia derrotou o MST”, contando os absurdos cometidos pelo MST no Litoral Norte do Paraná.
Para quem gostar do texto do Fábio, o Paulo já publicou aqui um outro artigo dele sobre as polêmicas e recém-leiloadas hidrelétricas do Rio Madeira.

Como acabar com a pirataria?

Resposta a uma questão atual

Como acabar com a pirataria?

Antes de responder essa pergunta, precisamos responder outras.

Você quer acabar com a pirataria? Existe vantagem na pirataria?

Não sou cineasta, nem produtor de cinema, por isso gosto muito da pirataria. Adoro poder ir à esquina ao lado e comprar alguns dos meus filmes favoritos. Na locadora eu pagaria mais caro e ainda teria o trabalho de devolver. No pirata eu pago mais barato e não preciso me preocupar com o dia da devolução. E o que é melhor: o filme vem sem aquelas capinhas ridículas. Sempre achei as capinhas desnecessárias, porque (1) fazem o DVD ocupar mais lugar e (2) toda informação que vem nelas pode muito bem vir dentro do DVD. Compro um DVD interessado no filme que está lá dentro, a capinha não me interessa. Se ela for substituída por um envelopinho de plástico, tanto melhor. Menos matéria e menos espaço a ocupar.

Então eu pergunto: você quer acabar com a pirataria? A resposta é não. Queremos um DVD mais barato e não queremos voltar para devolver.

O pirata nos presta um bom trabalho, e queremos lhe pagar pelo trabalho, como fazemos a qualquer profissional. Não queremos que o pirata acabe. Se as pessoas se preocupassem mais em criar e menos em perseguir, o mundo estaria melhor.

Por outro lado, queremos que o cineasta ganhe algum dinheiro, do contrário ele não poderá sobreviver e fazer mais filmes legais. Também queremos que os donos de locadora sobrevivam de alguma forma. Eles são nossos amigos e estamos cansados de ouvir suas lamentações.

Então surge a solução total!

Vamos transformar as locadoras em centros de distribuição de filmes. Você vai lá com um DVD e eles copiam para você! Assim os dois saem ganhando. Ele ganha porque vai poder cobrar pelo trabalho, e você ganha porque não precisará voltar para devolver. Ele também pode vender o DVD virgem, o que o levaria a ganhar um troquinho a mais.

Depois o estado vai lá e cobra os direitos autorais dos donos de locadoras! Notem que isso é infinitamente mais fácil e viável, pois é mais fácil fiscalizar e punir um sujeito que está sempre no mesmo lugar que um nômade. A fiscalização só existe sobre um determinado espaço, é por isso que os ciganos não querem ter um lugar fixo. Se um sujeito tem um lugar fixo, você pode reunir um grupo e puni-lo (esse grupo, na modernidade, se chama polícia). Se um sujeito não tem lugar fixo, fica mais difícil puni-lo. Assim fica dada a solução. Não se deve acabar com a pirataria, pois gostamos do bem que ela nos faz. Devemos é legalizar a pirataria, ou seja, cobrar os direitos autorais depois que o sujeito fez a cópia. E o melhor jeito de fazer isso é nomeando o sujeito que faz a cópia, sabendo onde é o lugar que ele trabalha, onde é a casa dele, etc.

O estado não existe para proibir a atividade criativa, ele existe para cobrar um troquinho do cara depois que ele criou.

Se eu fosse dono de locadora, lutaria pela implementação desse sistema.

Mercado ou regulação

PET

E aí, seus liberais? O Governo de SP apresentou projeto de lei à Assembléia Legislativa propondo a proibição do uso de garrafas PET no comércio de bebidas. A justificativa é a poluição gerada. Vale a medida regulatória, neste caso, ou seria melhor esperar que a mão invisível desentupisse os rios? Abaixo a matéria da Folha de hoje.

Projeto proíbe uso e venda de bebida em garrafas PET em SP

Projeto deve ser enviado para a Assembléia no início de 2008; prazo para empresas se ajustarem à lei é de seis anos

Justificativa é preocupação com ambiente; para o presidente da associação que representa fabricantes, a lei acabará com o setor

AFRA BALAZINA
DA REPORTAGEM LOCAL

Projeto de lei do governo de São Paulo obriga as empresas que produzem e comercializam água mineral, refrigerantes e outras bebidas a abolir o uso das garrafas plásticas, conhecidas como PET, num prazo de seis anos. Fabricantes de cerveja que passarem utilizar o plástico antes de a medida entrar em vigor terão um ano para se adequarem à lei.
O polêmico documento deve ser enviado à Assembléia no início de 2008, segundo o secretário do Meio Ambiente, Xico Graziano. “A poluição por resinas plásticas é responsável por inúmeros prejuízos ao ambiente, à saúde e à segurança da população. Praticamente todas as áreas urbanas do país convivem com inundações, provocadas pelo assoreamento de valas, rios e canais e pelo entupimento de galerias pluviais, em muito relacionadas diretamente ao descarte irresponsável de lixo plástico”, diz o texto.
Dados da Abir (associação das indústrias de refrigerantes) mostram que o PET domina o mercado, com 79,9% das embalagens (em dezembro de 2006). O vidro tem 12,3% e a lata, 7,8%.
O consumo de plástico para embalar bebidas tem crescido ano a ano. Passou de 80 mil toneladas, em 1994, para 374 mil, em 2005 -367,5% a mais-, segundo a Abipet (Associação Brasileira da Indústria do PET). A reciclagem desse material foi de 18,8%, em 1994, para 51,3%, em 2006 (veja quadro).
Para o presidente da Abipet, Alfredo Sette, a lei acabará com a indústria de PET. Ele diz que o problema não é o plástico em si, que pode ser totalmente reciclado, mas a falta de educação ambiental e a coleta de lixo ineficiente. “A tendência de crescimento da reciclagem não está interrompida. Há pontos ociosos porque não se coletam garrafas suficientes.”
Segundo ele, enquanto, no Brasil, o consumo de embalagens PET é de 2,9 kg/habitante, na Bélgica, chega a 8,8.
Para o ambientalista Fábio Feldman, o uso do plástico precisa ser desestimulado. Mas ele afirma que o governo deveria instituir metas de reciclagem e usar instrumentos econômicos para priorizar os produtos que poluem menos, em vez de simplesmente proibir o uso.
“Não conheço lugar no mundo em que haja proibição tão drástica. Deveria ser feita uma análise do ciclo de vida dos produtos. Quem tiver menor impacto ambiental deveria ser beneficiado com redução de tributos, por exemplo”, diz.
Segundo o governo, a fabricação das resinas plásticas provoca grande quantidade de gases que agravam o efeito estufa. Além disso, o PET demora centenas de anos para se degradar.
Um argumento a favor do plástico é sua leveza. Para transportar um material mais pesado, como vidro, são necessários mais caminhões -e estes também poluem o ambiente.
Para o presidente da Abinam (Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais), o geólogo Carlos Alberto Lancia, a lei vai beneficiar “três ou quatro grandes empresas” e vai concentrar o mercado nas mãos de poucos. “Vamos voltar ao que era na década de 60. Uma fábrica para produzir embalagens de vidro custa milhões. E é preciso muito mais estrutura para coletar garrafas retornáveis.”

Pôr-da-Terra

por-da-terra.jpg

Sonda japonesa Kaguya registra o pôr-da-Terra a partir do pólo Sul da Lua.

Blackle

Estudos mostram que um monitor, quando sua tela está inteiramente branca, consome 70W, e que, quando está inteira preta, consome 50W.
Segundo o Google Trends (site de estátistica do Google), em média 3.750.000 pessoas acessam o site do Google simultaneamente.
Desta forma, se a tela do Google fosse preta, haveria uma economia mundial de cerca de 750 Megawatts/hora.

1 kWatt = R$ 0,02 => 750 000 kWatt = R$ 15.000,00

Portanto, se a tela do Google fosse preta, haveria uma economia mundial de cerca de R$ 15.000,00 por hora.
Pensando nisto, a Heap Technology criou o Blackle, um site igual ao Google e ligado ao mecanismo do Google, porém preto. O Blacke, além de tudo, conta quantos usuários estão logados no momento e mostra o que isso significa em kilowatts/hora de energia economizada.

UPDATE:
Não se trata exatamente de um hoax, mas como tem muito nego com tempo no mundo, parece que esta história do Blackle já andou gerando polêmica. No Techlogg há um teste definitivo que contesta algumas das alegações de economia de energia feitas pelo site da Heap Technology. Segundo eles, em monitores CRT de fato há redução no consumo, mas longe da escala mencionada pelo Blackle, conforme cálculo acima. Por outro lado, segundo o Techlogg, nos monitores LCD, que brevemente serão maioria, pode na verdade haver um aumento de consumo com a tela preta.

Empresa de ecologia criada por brasileiro vale US$ 1 bilhão

Do G1:

A luta contra o aquecimento global abriu um novo campo de trabalho e negócios mundo afora. Meio empreendedores, meio ambientalistas, os pioneiros que apostaram há tempos em negócios verdes – comércio de carbono, energias renováveis e tecnologias limpas – hoje colhem os frutos milionários dessa decisão.

Ninguém retrata tão bem esse universo como o engenheiro agrônomo Pedro Moura Costa, que organizou na semana passada o Rio+15, encontro internacional para discutir as realizações na área ambiental 15 anos depois da Eco 92.

Apaixonado por guitarra e blues, o carioca Costa deixou há 20 anos a rotina de praia e estudos no Rio para correr mundo e se dedicar a questões ambientais. Radicado em Londres, Costa criou há dez anos a Ecosecurities, empresa especializada em desenvolver projetos de créditos de carbono – um bônus concedido a quem reduz as emissões e que pode ser vendido para empresas poluidoras, seguindo as regras do Protocolo de Kyoto.

Hoje, a Ecosecurities é a maior empresa de créditos de carbono do mundo e vale mais de US$ 1 bilhão na Bolsa de Londres. Costa já vendeu parte de suas ações e ainda tem 10% da companhia. Ele prefere não falar sobre o quanto lucrou. “Mais que qualquer coisa, sou um ‘ecoempreendedor'”, responde.


Voltei
Ah, o ambientalismo!!! Essa coisa de comunista!!!

Uma palestra no Second Life



Esta foto dá uma idéia de como é uma palestra no Second Life. Os avatares se sentam no anfiteatro e assistem às apresentações em Power Point, além, é claro, de ouvir a voz do palestrante ao vivo (ou, como se diz no internetês, em “tempo-real”), graças às facilidades do Voice Chat.

Sim, alguém aí pode se levantar e dizer: “Para quê isso? Já dá para acompanhar, por exemplo, ao Olavo de Carvalho ao vivo no seu programa True Outspeak, e com a mesma possibilidade de lhe fazer perguntas. Para que essa bobagem com bonequinhos?” A diferença é que, no Second Life, a gente consegue ver quantos são esses ouvintes, quem são e, após a palestra, trocar idéias, contatos e iniciar novas discussões, uma vez que o Voice Chat é capaz de comportar todas as vozes presentes. E mais: fiz o teste e sei que dá para gravar esses diálogos com o Audacity. Depois, basta subir o arquivo de áudio para algum site ou, o que me parece melhor, convertê-lo em vídeo, usando as fotos da palestra como um slideshow, e colocá-lo em seguida no You Tube.

Vale lembrar que, sempre que algum livro, artigo ou site é citado, basta escrever seu título ou endereço no chat de texto, durante a própria palestra com o Voice, e esses dados ficam guardados no histórico do seu SL.

Mas tudo isso, obviamente, é só para quem gosta de “joguinhos” de computador…

(Se eu tivesse grana para bancar uma área, criaria minha própria universidade virtual. Já tenho até a lista de professores a serem convidados…)

Um clandestino

O anti-spam do Gmail costuma funcionar perfeitamente e é mais comum vê-lo barrar mensagens legítimas, escritas por amigos e conhecidos, do que deixar passar um email indesejado. Mas a mensagem abaixo entrou clandestinamente na minha caixa de entrada, chamando minha atenção pela forma com que os caras conseguiram burlar os filtros de palavras-chave. Claro, deve ser a coisa mais batida do mundo, mas pelo menos para mim foi uma novidade. O mais engraçado é imaginar a fé do remetente em nossa boa vontade de decifrá-lo. Trata-se dum convite para quem quiser ganhar dinheiro com o câncer alheio… (Só podia ser uma coisa… assim… agradável.)

Rum’or N-e-w,s,:
O_n’cology M-e*d+. I_n*c’. (_OTC: O NCO) a Ca+ncer Tr eatme*nt Sol_utio-ns Gro-up is s,a i,d to h’a.v-e
exp++erienced o_v_e r a 100 0% inc+_rease in reve*n,ues f’o r t-h*e fisca+l 3’r’d q,uarter en_ding J_u+l_y+,
2’0-0-7 compar*.ed w,i*t-h t.h+e pri*or y+e-a.r whi,le fi’scal fo,urth qu_arter resu+lts f+o r 2_0+0+7 a r.e on
tr ack to exc_eed t_h_i,s ye,ar’s thi*rd q*uarter resu.lts.
O.N’C-O add,itionall-y plan,s to in-cre-ase se,rvice off_.erings whic-h a’r*e c-urre’ntly und*erwa-y.
Don’’t w,a’i_t f+o’r t_h’e n-e’w s to c*o+m*e o’u,t a,n+d l_o,s,e t,h.e oppor+t-unity to g,e+t in fron_t of the
genera_l inve,st_ing publi,c. On*co,logy M’e,d is in a mul,.tibillion do,llar ind,us+try w’h+e’r_e
t-h,e-y a+r e ga+ining m+arket s,hare rapi+dly.
C.a-l l y-o’u+r br,oker n’o,w f*o.r O+N’C.O+.

Pronto, agora vc já sabe que técnica usar para escapar do Echelon. Aposto que é invenção do Bin Laden.

Efeitos do Second Life… o retorno

Este vídeo é em homenagem ao Daniel, que não percebe que o Second Life apenas deixa as pessoas muito mais inteligentes e com o comportamento mais normal do mundo…

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