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Por um armistício em favor dos pobres e da natureza

Reproduzo abaixo artigo meu publicado hoje no jornal O Popular (Goiânia):

A despeito da generalização do discurso em torno da noção de “desenvolvimento sustentável”, a realidade é que, na prática, nossa sociedade ainda se orienta essencialmente pela lógica segundo a qual desenvolvimento e conservação do meio ambiente são coisas opostas.

Juros e meio ambiente

O Vinícius, nosso leitor, chama a atenção para a resenha feita pelo Rodrigo Constantino do livro do Eduardo Giannetti, O Valor do Amanhã, mencionado no post abaixo. Coincidentemente comprei-o hoje e espero, em breve, poder comentá-lo.

Pensador muito completo, Giannetti tem, além de tudo, o dom, raro entre economistas, de se expressar com clareza para iniciados e não-iniciados neste mundo relativamente hermético.

Eu não sei se o livro, cujo subtítulo é “Ensaio sobre a Natureza dos Juros”, trata, em algum momento, da questão ambiental. Se não, mais interessante ainda. A questão ambiental é, em essência, um problema de juros.

Eu gostaria muito de ver o Giannetti comentando o livro do Zé Eli, mas não sei se poderei estar lá.

Para ecochatos e fundamentalistas do mercado

Na segunda-feira, dia 20 de março, Eduardo Giannetti (professor do Ibmec e autor de O Valor do Amanhã e Felicidade, entre outros livros) e Sérgio Besserman, ex-presidente do IBGE, debaterão o livro Meio Ambiente & Desenvolvimento recém-lançado pelo professor José Eli da Veiga (FEA/USP). O imperdível debate acontece, a partir das 11 horas, na sala A-1 da FEA, Cidade Universitária, São Paulo.

O livro é evidentemente leitura obrigatória, sobretudo para fundamentalistas do mercado, que não acreditam na realidade da questão ambiental, e ecochatos, que não acreditam na realidade da economia.

Sobre os fundamentalistas do mercado

Ando me sentindo um pouco sufocado entre o anaerobismo da esquerda, de um lado, e o fundamentalismo dos mercados do outro. Quem dera o mundo fosse simplificável à possibilidade de um Estado monolítico e da iluminação de sábios como os petistas, ou de um mercado onipresente. Oito ou oitenta.

O Rodrigo Constantino, do Instituto Millenium, cujo blog foi recomendado no post abaixo, explica didaticamente como a propriedade privada é a solução para quase tudo, inclusive para a devastação da Amazônia. Eu quero concordar em parte com ele.

Blog do Rodrigo Constantino

Eis um blog com bons artigos — li três. (Dica do Vinicius Bitencourt, nosso visitante mais assíduo.) Na verdade, eu já havia lido algo do Constantino em outros sites, mas não conhecia seu blog. Já está em nossa lista.

Instituto Millenium

Eu ainda não conhecia o ótimo Instituto Millenium. Veja qual é sua missão.

Mais uma vez, a vida imita a ficção…

Em 1960, o escritor argentino Adolfo Bioy Casares, comparsa de Borges, escreveu Diario de la guerra del Cerdo. Neste livro, as ruas de Buenos Aires são tomadas por uma implacável onda de violência perpetrada por gangues de jovens contra idosos. Toda a ação deste romance perturbador é vista da perspectiva solitária e angustiada de Isidoro Vidal, pacato aposentado, e seus amigos.
Com um arrepio na espinha, leio a manchete da página A23 da Folha de hoje: “Argentina vive onda de violência contra idosos”.

Negócio da China: como funciona

Antônio C. Veloso, irmão do meu cunhado, é empresário do ramo de autopeças. Recentemente participou de um encontro, em São Paulo, com representantes de indústrias chinesas interessadas no mercado brasileiro. Passadas as formalidades e o grosso da reunião, sentou-se a conversar com um desses negociantes. A certa altura veio à tona a observação, corrente entre nós, a respeito da baixa qualidade dos produtos importados da China e o impacto destruidor de seus baixos preços.

Desse Marxismo até meus companheiros de blog compartilham…

Do historiador (marxista) João Fragoso, na Folha de S. Paulo (via Gustibus):

Mais radicais que o [Fernando] Novais são seus seguidores atuais, que eu chamo de xiitas. Que querem sublinhar alguma coisa que nos anos 60 já havia sido descartada, as teorias da dependência, no sentido amplo. Aqui e talvez a Venezuela são os únicos lugares no mundo em que ainda se leva a sério isso. Você tem aí um ranço que é da Guerra Fria.

Isso é uma coisa. A outra é que ainda se acredita que as pessoas são criaturas de um modo de produção — ou das estruturas. Você tem o capitalismo, e as pessoas se comportam conforme essa estrutura. Ele é gestado, conseqüentemente as pessoas têm que ter um comportamento pertinente àquilo que o capitalismo algum dia será. As pessoas são tratadas como marionetes.

O verdadeiro inimigo dos índios El verdadero enemigo de los indígenas The real enemy of american indian people

Excerto de um artigo de Thomas J. DiLorenzo:

(…)

Não foram nem todos os brancos nem todos os capitalistas os que brutalizaram os índios americanos. A espoliação dos índios – culminada em fins de 1880, quando as tribos sobreviventes do oeste foram aglutinadas em reservas – foi o resultado duma relação corrupta e imoral entre certos industriais do norte, particularmente das ferrovias subsidiadas pelo governo, e os políticos federais cujas carreiras eles financiavam e promoviam.

A erradicação dos índios das planícies pelo exército da União foi uma forma indireta de assistência corporativa para as companhias ferroviárias politicamente conectadas, que recrutaram os poderes coativos do Estado central para roubar a propriedade indígena enquanto se envolviam com uma política genocida. Tal como muitos cidadãos da atualidade, os índios foram vítimas do poder governamental, não do capitalismo ou da cultura européia, como insistem os historiadores politicamente corretos de hoje em dia.

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