Jornalista, tendi para o lado da liberdade de expressão neste caso das caricaturas de Maomé. Mas nunca previ tamanha repercussão. A história não pára de crescer. E de ficar mais feia para o lado do Ocidente — principalmente depois que se soube que o mesmo jornal dinamarquês que iniciou tudo havia, tempos atrás, se recusado a publicar charges de Jesus, sob a alegação de que causariam polêmica entre seus leitores.
Desde o início senti dificuldades em entender por que houve tanta repercussão entre os muçulmanos — até com mortes. Mas agora vislumbro uma luzinha, isto é, começo a compreender, mesmo que só um pouquinho — o que, acredite, para mim já é o suficiente.