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Melhores do Ano I

ACONTECIMENTO MAIS IMPORTANTE

Final de ano é época de balanços e coisas semelhantes. Não sei se apresentarei outros itens neste balanço- eu tinha até uma frase que poderia ser considerada a melhor ou pior do ano, mas já me esqueci. Desde já entretanto, convido os colegas a postarem também seus melhores e piores do ano.
Na minha opinião, um dos mais importantes e positivos acontecimentos do ano no Brasil, foi a aprovação pela Câmara Municipal de São Paulo da lei que proíbe todo tipo de propaganda externa, incluindo aquela em outdoors, bilboards, telões, ônibus e até mesmo em aviões, na paisagem da maior cidade da América do Sul.
Conforme disse Roberto Pompeu Toledo, em sua coluna na Veja, é um acontecimento que faz renascer a esperança na política brasileira, na possibilidade de gestão do caos urbano das metrópoles e do interesse público prevalecer sobre (poderosos) interesses privados.

Pinochet e Desenvolvimento

César Maia, sempre informadíssimo e lúcido em suas análises históricas e políticas. Na Folha de hoje:

Terça-feira, Dezembro 12, 2006

Pinochet, traição e embuste econômico

CESAR MAIA
ESPECIAL PARA A FOLHA

Os sinais foram dados ainda na transição, antes da posse de Salvador Allende. O general René Schneider, relacionado com a Democracia Cristã, foi assassinado por um comando que se dizia de ultra-esquerda. Quem escolhia o presidente no Chile, sempre e quando não alcançava a maioria absoluta nas urnas, era o Congresso. A tradição era escolher o mais votado. Com Allende poderia ser diferente.

Pronunciamento do senador Mão Santa

No blog do Vinicius Dorian, Telemetria Mundana: “Aqui não será a Venezuela 2. Nós não vamos deixar”.

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P.S.: A inveja só vem após a percepção de características alheias que se pretende se não superá-las ao menos emulá-las. Mas quem pode competir com a corrupção petista? Não um amador como o tal Mão Santa…

Tática de Avestruz

Outro dia, como se sabe, “nosso guia” imputou a culpa do não crescimento do país a “índios, quilombolas e ao meio ambiente”, referindo-se a supostos entraves trazidos pela legislação que protege estes grupos humanos e a natureza. Como grande parte do empresariado, faz como avestruz: enfia a cabeça no chão, mas não sai do lugar, preferindo sempre ser atropelado pelas circunstâncias.

Abaixo, artigo de José Eli da Veiga, professor titular da FEA/USP, com seu raciocínio sempre cristalino, na Folha de hoje. Quem for assinante e quiser ler o outro artigo, que responde “sim” à pergunta formulada, está aqui.

TENDÊNCIAS/DEBATES

Para crescer, o Brasil precisa mudar a legislação ambiental?

NÃO

Da ingenuidade à covardia

JOSÉ ELI DA VEIGA

CLARO QUE certos investimentos seriam desinibidos pela relaxação de restrições à possibilidade de depredar recursos naturais e de poluir. Tanto quanto outros o seriam pela relaxação de restrições à possibilidade de explorar crianças ou o trabalho forçado. Ou, ainda, pela relaxação de tantas outras instituições criadas no século passado para proteger as pessoas e a natureza da voracidade desse gênero de investidores.

Um assento a qualquer preço

Nesse devaneio fadado ao fracasso de um assento no Conselho de Segurança da ONU, é esse tipo de coisa que o Governo Lula anda fazendo:

Brasília acaba de emprestar seu aval ao pior genocídio em curso no planeta: o massacre de Darfur, que já matou mais de 200 mil pessoas e deixou 2,5 milhões de refugiados no Sudão. Na terça-feira, no Conselho de Direitos Humanos da ONU, o Itamaraty se absteve de votar uma resolução que exigiria do Sudão o julgamento dos responsáveis pelo morticínio. A resolução acabou derrotada por 22 a 20 e 4 abstenções. Diplomatas sudaneses mal continham a satisfação diante do voto brasileiro.

Do Estadão de domingo, via Ex-Blog do César Maia.

Total de mortes no Iraque?

Por que será que todos se arrepiam tanto ao falar do número de vítimas da guerra do Iraque e não dão a mínima bola pra nossa guerra interna? De 2003 até hoje, a guerra do Iraque matou algo entre 49642 e 55048 iraquianos e, entre os exércitos de coalização, cerca de 2907 combatentes. Mas porém contudo todavia, segundo o IBGE, apenas em 2005 morreram 104 mil brasileiros, todos vitimados por nossa violência interna, sem qualquer participação de tropas norte-americanas e do Bush. (Eu mesmo já tive uma arma apontada para mim duas vezes e juro que não eram fuzileiros navais americanos.) Onde está a segurança, função básica do Estado? Bom, claro que o Lula não tá sabendo de nada e não tem nada a ver com isso…

O programa de rádio do Olavo

Estreou ontem o programa de rádio do Olavo de Carvalho, no qual, entre várias outras coisas, ele cita um exemplo de algo que conversamos em nossos podcasts: os debates fundados no emocionalismo. Clique aqui para ouvir a gravação do primeiro programa.

Pela Privatização do Banco do Brasil

Mais uma vez, quem vem defender privatizações é o dito esquerdista do blog. Neste caso, entretanto, não se trata de nenhum tipo de convicção liberal, mas de puro e rasteiro interesse pessoal mesmo. Estou cagando para o patrimônio do povo brasileiro e pro que fazem com o dinheiro público, só não aguento mais ser cliente desta grande instituição pública que é o Banco do Brasil e gostaria que ela fosse privatizada simplesmente para que seus funcionários e seu espírito institucional deixassem de ser públicos e fossem todos à merda.
Infelizmente, possuo hoje quatro contas correntes no mencionado banco oficial: uma como pessoa física e três de pessoa jurídica para uma das empresas de que sou sócio, uma produtora de cinema e televisão. Não as opero nesta instituição por meu desejo, mas porque assim me obrigam: a de pessoa física para o recebimento de uma bolsa de pesquisa ora já encerrada, as da empresa para recebimento de recursos incentivados pela Lei Rouanet. Infelizmente, a despeito de já ter acabado o projeto de pesquisa a que me dediquei e pelo qual fiz jus à dita bolsa, não pretendo tampouco por agora fechar a conta corrente porque sei que, mais dia menos dia, algo me obrigará a abrir novamente uma conta neste maldito banco.

O Dia em que a Democracia derrotou o MST

Ninguém viveu propriamente até testemunhar de corpo presente um embate político em que o MST está de um dos lados. Não há nada mais instrutivo sobre a vida, a política, a esquerda e o ser humano.
Feliz ou infelizmente tive tal oportunidade na última quinta-feira. Deviam colocar saquinhos de vômito no verso do espaldar das cadeiras da frente como nos aviões e avisar os incautos sobre a possibilidade de náuseas e mau cheiro.
Explico: fui lançar meu documentário, o “Quando a Ecologia Chegou”, no litoral do Paraná, na Área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba, um dos locais onde foi filmado. O propósito era exibi-lo ao Conselho Gestor da APA (Conapa), órgão colegiado com a participação de inúmeras instituições e das próprias comunidades locais, responsável por assessorar o Ibama na gestão desta área protegida.
O Conapa é uma interessante experiência de verdadeira gestão participativa, distante das cortinas de fumaça e da retórica que o uso da palavra “participação” em geral significa. Trata-se de um trabalho sério, hoje referência nacional, que tem mudado de fato o comportamento de indivíduos, o relacionamento entre instituições e ajudado, pouco a pouco, a superar na APA o conflito entre conservação e desenvolvimento. É um trabalho que conheço muito bem: responsável e de espírito profundamente democrático.
Ocorre que, para azar ou sorte, há quase três anos, um grupo do MST invadiu uma propriedade localizada no interior da APA. Acampados, resistiram a qualquer tentativa de retirá-los dali, apoiados no suporte tácito que têm do Governo Requião e na inação do judiciário que não procede à emissão de uma reintegração de posse.

Freedom’s Fury

A produção é do Tarantino e da Lucy Liu:

FreedomsFury.Net

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