Segundo artigo do Ivan Lessa, apesar dos cerca de dois bilhões de terráqueos que entendem o que significa the book is on the table, as línguas do futuro serão o mandarim, o espanhol e o árabe. Não digo que seja necessário aprender árabe ou mandarim – ao menos já sou fluente no espanhol – mas tenho certeza de que no futuro todos deverão saber ler e escrever zhongwen, isto é, os ideogramas chineses. Fica fácil entender o porquê neste meu artigo.
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O que mais perturba o ofício de escrever é a vaidade. O maldito desejo de ter nossas palavras aceitas, não tanto em seu conteúdo, mas sobretudo na forma. A pretensão de se igualar à prosa de um Guimarães Rosa, de uma Hilda Hilst, um Lobo Antunes, um Garcia Marquéz ou à poesia de um Fernando Pessoa, de um Manoel de Barros.
Literatura tem que ser cagada ou vomitada, sem qualquer preconceito com esses dois vitais processos fisiológicos. Escrever de verdade se escreve com os intestinos e com o estômago. Nunca com o cérebro ou o ego.
Sigo lendo O Valor do Amanhã, do economista Eduardo Giannetti. Subintitulado “Ensaio sobre a Natureza dos Juros”, o livro está longe de ser uma obra meramente econômica. É filosofia. Como mostra ele, os juros financeiros são apenas uma faceta menor de um fenômeno inscrito na natureza darwiniana da vida e em nosso código genético: as trocas intertemporais – desfrutar agora custa, esperar rende.
Certa vez eu, o Yuri e o Paulo conversamos até tarde num barzinho (destes que Goiânia pari e mata aos montes) sobre o paradoxo de Russell e sobre como ele redefinia a idéia de classificação com a qual sempre trabalhamos. Em outras palavras, Russell mandou para o espaço o que costumo chamar, não sem alguma pretensão didática, “visão supermercadológica” do mundo. O que isso tem a ver com o post anterior do Pedro e sua resistência à nossa insistência em enquadrá-lo? Sigam-me.
No You Tube, há até o momento 446 supostos videos de ovnis. Alguns são bem falsos, outros intrigantes, mas vale a pena gastar alguns minutos com esses registros. Eu sei que nessa nossa época pós-Lightwave – aquele software usado por nove entre dez filmes com efeitos visuais – fica difícil botar a mão no fogo por qualquer um desses videos. Mas… vai saber.
Este aqui, por exemplo, faz jus ao que diz um dos visitantes do site: “é bom demais pra ser verdadeiro”.
Já neste vídeo, feito pela Força Aérea Mexicana, vemos até doze ovnis. Isto é, a câmera infravermelha do avião é quem vê, já que o Major do esquadrão afirma que em momento algum foram vistos a olho nu.
Li a entrevista do Roberto Romano na edição impressa da revista Primeira Leitura e, a certa altura, ele comenta sobre a interpretação que o Padre Lima Vaz faz da recepção romana do termo ethos. Gosto imensamente de Lima Vaz. Seu livro Antropologia Filosófica (a primeira disciplina filosófica que ensinei na vida) é um dos meus favoritos. Romano indica justamente sua filiação hegeliana como uma distorção interpretativa do termo ética, obrigando o jesuíta a separá-la do termo moral. O trecho está em vários livros, mas principalmente em Escritos de Filosofia II – Ética e Cultura:
A primeira acepção de ethos (com eta inicial) designa a morada do homem (e do animal em geral). O ethos é a casa do homem. O homem habita sobre a terra acolhendo-se ao recesso seguro do ethos. (…)
(…) É, pois, no espaço do ethos que o logos torna-se compreensão e expressão do ser do homem como exigência radical do dever-ser ou do bem. Assim, na aurora da filosofia grega, Heráclito entendeu o ethos na sua sentença célebre ethos anthrôpo daímôn. O ethos é, na concepção heraclítica, regido pelo logos e é nessa obediência ao logos que se dão os primeiros passos em direção à Ética como saber racional do ethos.
Li este texto que vai a seguir há algum tempo e ele sempre me impressionou pela maneira criativa como consegue apresentar um dos paradoxos mais interessantes da lógica. Ei-lo:
The Paradox of the Question
Ned MarkosianOnce upon a time, during a large and international conference of the world’s leading philosophers, an angel miraculously appeared and said, “I come to you as a messenger from God. You will be permitted to ask any one question you want – but only one! – and I will answer that question truthfully.
É o estudo da personalidade humana revelada pelos contornos do crânio. Encontrei esta curiosa informação num dos meus inúmeros blocos de anotações (não sei de onde tirei):
Walt Whitman pagou três dólares para que Lorenzo Fowler apalpasse as protuberâncias de sua cabeça. Resultado: “um bom domínio da linguagem” e “escolheria lutar com a boca e a caneta”. Whitman publicou o resultado várias vezes e teve a primeira edição de “Folhas da Relva” (1855) distribuída pela Fowler & Wells.
Uma coisa que não falta é escritor acreditando em teorias estranhas. Pirar é humano. E literário.
Para quem curte uma paranóia, nada como uma passada pelo site da Google Watch, um site cheio de textos e argumentos assustadores para quem, assim como eu, é usuário de diversos serviços da Google. Por exemplo: você sabia que ao deletar para sempre um email do Gmail ele só desaparece do seu webmail virtualmente? Ou seja, segundo esses caras tudo o que você deleta continua disponível para o staff da Google, do qual, aliás, fazem parte ex-funcionários da CIA e da famigerada National Security Agency. Que meda, hem.
Voltou à tona a hipótese de Kennedy ter sido assassinado a mando de Fidel Castro. Veja o Telegraph, Accuracy in Media, Der Spiegel e, claro, o Olavo.