Outro dia comentei por alto – no texto A Culpa é da Sociedade – sobre o filme Monty Python Live at the Hollywood Bowl. Esqueci de dizer que, entre os atos da apresentação, o grupo humorístico inglês projetava alguns curtas-metragens impagáveis. O Márcio Santana Sobrinho me enviou o link de um deles, veja:
Nada como a mistura entre televisão ao vivo e Internet. Foi o Fiume quem mandou este espetacular vídeo do Fernando Vanucci, na Rede TV, trocando as pernas e falando nada com nada ao comentar a final da Copa do Mundo. Hilário. Pelo que consta, ele teve primeiro seu áudio cortado e, em seguida, o programa deu lugar a um longuíssimo intervalo comercial. Na volta, os ex-goleiros Zetti e Ronaldo, constrangidos convidados, assumiram a apresentação do programa para, depois, serem substituídos por um dos âncoras jornalísticos da Rede TV.
Cláudio Weber Abramo filosofa sobre a expulsão de Zidane na final da Copa:
Chifrada na lei
A expulsão de campo do futebolista francês Zidane por conta de cabeçada que desferiu no zagueiro italiano Materazzi durante a disputa do título mundial, no último domingo, dá origem a especulações interessantes sobre o primado da lei.
Começou a desejar muito tornar-se amigo do tempo.
Antes, tinha atrás o passado, que mirava com nostalgia, e adiante o futuro, incerto oceano de ansiedade e risco. No romance retrospectivo, cada passo adiante fora uma perda. De acúmulo, só o descarte, o que não tinha, as bifurcações abandonadas. Nas mãos, um imenso vazio. O presente se convertera em um buraco sem beira nem fundo que terra nenhuma poderia preencher. O futuro, um infinito monte de terra sem buraco à vista.
Mas depois entendeu que o tempo, o tempo mesmo, é só o presente, o aqui e o agora.
Entendeu que o tempo podia ser amigo, ou antes, que o tempo era ele mesmo – ponte, salto, curto-circuito, fagulha, arremesso, passe, marioneteiro, equilibrista equilibrando dois pratos sobre as varetas.
Ficou mais calmo.
Eu sei que a citação é mais que batida. Mas dificilmente a ouvimos na voz do próprio autor.
- [audio:http://www.vozesbrasileiras.com.br/html/mp3/g/g-nelson_rodrigues.mp3]
(Valeu pela dica, Aryna.)
Hoje, na coluna da Mônica Bergamo, na Folha:
CONTAS ABERTAS
Já teve gente do PT escarafunchando as prestações de contas de Fernando Henrique Cardoso para ver a evolução patrimonial do ex-presidente no primeiro mandato [FHC tornou públicas suas declarações de bens de 1994 e 1998, anos em que se candidatou à Presidência]. Deu errado: em 94, ele tinha um patrimônio de U$ 900 mil; em 98, de U$ 1.056 milhão -uma evolução de 17%. O patrimônio de Lula dobrou em quatro anos na Presidência.
O mais interessante de se utilizar a versão para celulares do Google Search é que as páginas encontradas durante a pesquisa são convertidas automaticamente para esse formato mais palatável aos pequenos monitores. Veja por exemplo como fica este blog ou o Digestivo Cultural. Quem quiser visualizar outros sites deve tão somente acrescentar
http://www.google.com/gwt/n?u=
antes da URL desejada. Meu site pessoal é, neste caso,
http://www.google.com/gwt/n?u=http://karaloka.net
Tenho saudade do meu pai.
Tenho saudade de tudo…
Fernanda Montenegro, em Central do Brasil (1998)
Achei estranha a declaração da Shell que vi na Reuters, até por se tratar da maior comerciante mundial de biocombustíveis. Não sei qual a fatia deste tipo de combustível no mercado internacional, mas tenho certeza de que ainda é bem pequena. É só lembrar das guerras em torno do maldito petróleo. Acho que isso é choradeira de quem não quer largar o osso — o fóssil, no caso. Ou será que usar uva para fabricar vinho (ou cana para fazer cachaça) é algo imoral?
Shell diz que fabricar biocombustíveis com alimentos é imoral
Ando tentando surpreender a mudança, mas a mudança não se deixa surpreender.