O Garganta de Fogo

blog do escritor yuri vieira e convidados...

100 filmes

Tempos atrás rolou uma brincadeira na rede na qual era preciso descobrir nomes de artistas ligados a uma gravadora — acho que era a Virgin — a partir de uma fotomontagem. Uma cobra branca, por exemplo, era a banda Whitesnake.

Agora está rolando outra, inspirada naquela, sobre filmes. São 100 ao todo. Aqui vai a foto para o caso de alguém quiser tentar (faça assim: deixe no comentário qual você descobriu). Só que é preciso lembrar que o nome do filme está em inglês (o IMDb, que se apresenta como o maior banco de dados sobre filmes na Terra, pode ser útil). Eu já recebi a foto com 60 nomes descobertos. Clique na imagem para ampliá-la.

Schopenhauer e os ideogramas

Já escrevi algumas vezes sobre o futuro dos ideogramas chineses, que certamente conquistarão todo o mundo. (Veja este artigo e estes posts:Pão em coreano e As línguas do futuro.) O que eu não sabia é que Schopenhauer já previra o mesmo há mais de um século:

Nós desprezamos os ideogramas chineses. No entanto, como a tarefa de toda escrita é evocar conceitos mediante sinais visíveis na mente alheia, apresentar à vista, em primeiro lugar, apenas um sinal equivalente ao sinal audível e fazer com que ele se transforme no único portador do próprio conceito representa, evidentemente, um grande desvio: com isso, nossa escrita por letras é apenas um sinal do sinal. Poderíamos então nos perguntar qual vantagem teria o sinal audível em relação àquele visível, a ponto de nos fazer deixar o caminho direto da vista à mente para tomar um desvio tão grande, como o de fazer o sinal visível falar à mente alheia apenas por meio do sinal audível; enquanto seria obviamente mais simples, à maneira dos chineses, fazer do sinal visível o portador direto do conceito, e não o mero sinal do som; tanto mais que o sentido da vista é sensível a modificações ainda mais numerosas e delicadas do que o da audição e, além disso, permite que as impressões sejam dispostas uma ao lado da outra, o que as afeições da audição, por sua vez, não são capazes de fazer, pois são dadas exclusivamente no tempo. Os motivos aqui indagados poderiam ser os seguintes:

A intolerância é uma máscara

Em Ramá, Jesus teve o debate memorável com um filosofo grego idoso, cujos ensinamentos mostravam que a ciência e a filosofia eram suficientes para satisfazer as necessidades da experiência humana. Com paciência e compaixão, Jesus ouviu esse educador grego reconhecer a verdade de muitas coisas que ele dissera; mas Jesus apontou, quando o filósofo terminou, na sua argumentação sobre a existência humana, que ele havia deixado de explicar “de onde, o porquê e para onde”, e acrescentou: “Onde vós terminais é que nós começamos. A religião é uma revelação à alma do homem, que lida com as realidades espirituais, que a mente em si não poderia jamais descobrir, nem sondar integralmente. Os esforços intelectuais podem revelar os fatos da vida, mas o evangelho do Reino desvela as verdades do ser. Vós abordastes as sombras materiais da verdade; será que podereis agora escutar o que eu tenho para falar-vos, sobre as realidades eternas e espirituais que projetam, em sombras temporais transitórias, os fatos materiais da existência mortal?” E, por mais de uma hora, Jesus ensinou a esse grego sobre as verdades salvadoras do evangelho do Reino. O velho filósofo foi sensível ao modo de abordagem adotado pelo Mestre, e sendo honesto, sincero e de coração aberto, ele rapidamente acreditou nesse evangelho da salvação.

Os apóstolos ficaram um pouco desconsertados com o modo franco com o qual Jesus aquiesceu quanto a muitas das proposições do grego, mas Jesus disse a eles, depois, em particular: “Meus filhos, não vos admireis de que eu tenha sido tolerante com a filosofia do grego. A certeza interior verdadeira e genuína não teme, nem um pouco, uma análise exterior; a verdade também não se ressente de nenhuma crítica honesta. Vós não deveríeis, nunca, esquecer-vos de que a intolerância é uma máscara a encobrir as dúvidas secretas, alimentadas quanto à verdade da própria crença. Nenhum homem é perturbado, em momento algum, pela atitude do seu semelhante quando tem uma confiança perfeita na verdade daquilo em que acredita, de todo o coração. A coragem é a confiança daqueles que têm uma honestidade a toda prova quanto às coisas que professam acreditar. Os homens sinceros são destemidos quanto a um exame crítico das suas verdadeiras convicções e dos seus ideais nobres”.

Fonte: Documento 146, Cap.3 – A parada em Ramá.

A herança de Abramo

Cláudio Weber Abramo, em seu blog, inspirado ao estilo do pai:

O jornalista Claudio Abramo, meu pai, às vezes permitia que seu pessimismo arraigado transparecesse em seus escritos. Lembro-me de uma coluna em que declarava seu cansaço com a política brasileira, que considerava tediosa, carente de imaginação, indigente e deprimente.

Creio que seria difícil discordar disso, em especial à vista do que se observa por aí hoje em dia.

Vejamos. Aí vai uma tentativa de caracterização dos nossos valorosos partidos:

Bill Gates e a pirataria

Essa pérola foi enviada pelo Bruno: Bill Gates acha muito forte o termo “roubo” quando aplicado à distribuição sem licença de um produto com copyright. (!!!) Claro, ele se refere aos vídeos do You Tube que costuma assistir. E quanto ao Windows?

Tá passando da hora de se discutir a sério a diferença entre o roubo de um bem material – que é insubstituível – e o usufruto duma obra digital, que não é senão uma cópia da original. Bem, se é que no “mundo virtual” se pode falar em produto original…

Voltarei ao tema.

Frase de cinema — 9

aspas_vermelhas_abre.gif Forget it, Jake. It’s Chinatown. aspas_vermelhas_fecha.gif

??? para Jack Nicholson, em Chinatown (1974)

Quatro a um

Brazil X Japan
Na foto, tirada minutos antes do início do jogo, torcedor japonês adepto da “tetomancia” prevê os dois gols gordos do Ronaldo…

Bolachão, como CD

lt1.jpegEste aparelho me fez lembrar dos meus vinis. Ainda guardo uns 100, no fundo de um armário em casa. Alguns são antigos, espero até que um dia se tornem “colecionáveis” — acho que os mais inusitados são dois LPs do Chico Buarque, um de 68 e outro de 69; e o Fruto Proibido, de 75, e Entradas e Bandeiras, de 76, ambos da Rita Lee & Tutti Frutti; todos são originais da época.

Voltando ao aparelho, chama-se Laser Turntable. É um tocador a laser de bolachões. Não tem agulha — nada encosta no LP. Promete uma superqualidade de som. Custa “apenas” US$ 15 mil. Algo apenas para profissionais do setor musical e, claro, nostálgicos das bolachas.

Aperte na foto para ir até o site.

As condições objetivas da corrupção

Artigo de Cláudio Weber Abramo e Eduardo Ribeiro Capobianco na Folha de S. Paulo de hoje:

Um país de mentira

EDUARDO RIBEIRO CAPOBIANCO e CLAUDIO WEBER ABRAMO

REALIZA-SE HOJE o lançamento do Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupção, liderado pelo Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social. Muitos perguntam por que a Transparência Brasil, organização que se dedica ao combate à corrupção, não aderiu à iniciativa.
Consideramos que o instrumento deve ser saudado, mas ponderamos que o melhor combate à corrupção faz-se pelo ataque às condições objetivas que a propiciam. A corrupção não acontece porque existem pessoas desonestas no mundo, mas porque o ambiente em que ocorre a interação entre os agentes públicos e privados dá oportunidades para conluios entre uns e outros.

O técnico do Japão

Taí um video com os gols do Zico.

Embora esse cara tenha alegrado alguns momentos da minha infância, graças a um primo carioca também me encheu muito o saco. Sempre que ia com meus pais ao Rio de Janeiro, meu primo André me induzia a jogar futebol de botão com ele. Enquanto só me restava o time do Botafogo, ele era invarialvelmente Flamengo e todos os seus gols, claro, eram acompanhados por gritos de “Gooooool! Ziiiiiiico!!!!!” Ai, ai. Lá vem o cara de novo…

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