blog do escritor yuri vieira e convidados...

Autor: pedro novaes Page 28 of 33

Israel lança seu próprio concurso de charges antisemitas

O último lance da sandice liberdade de expressão X muçulmanos é o concurso de charges antisemitas lançado por cartunistas israelenses. Com muito humor, eles não admitem que os muçulmanos possam criar os melhores cartuns antisemitas, conforme a proposta do concurso lançado no Irã. Os organizadores afirmam que:

“We’ll show the world we can do the best, sharpest, most offensive Jew hating cartoons ever published! No Iranian will beat us on our home turf!”

“Mostraremos ao mundo que nós podemos fazer os melhores, mais incisivos e ofensivos cartuns antisemitas jamais publicados! Nenhum iraniano nos vencerá em nosso próprio terreno!”

(Via LLL)

Sobre Homens e Montanhas

Sobre homens e montanhas.jpgÉ preciso fazer propaganda em benefício próprio. Eu traduzi “Sobre Homens e Montanhas” (em inglês “Eiger Dreams”), juntamente com Rosita Belinky e Cláudio Sussekind. Na verdade, eu e Rosita havíamos sido contratados pela Companhia das Letras como revisores técnicos, mas o Cláudio abriu mão do trabalho após alguns capítulos exatamente por causa do onipresente jargão montanhístico.

O Krakauer, mais conhecido por seu polêmico “No Ar Rarefeito”, em que relatou de forma muito criticada a tragédia de 1996 no Everest, é um jornalista, escritor e escalador de mão cheia. Seus artigos são escritos num ritmo muito divertido e conseguem, ao mesmo tempo, ser engraçados e captar com profundidade o lado humano e as motivações por trás da escalada.

Stalinismo Ambiental

Não ando com muito saco pra ficar escrevendo sobre meio ambiente, mas essa merece pela raiva que dá do Estado. Está n’O Eco, um dos melhores veículos de comunicação sobre a matéria.

Muita gente deve conhecer a Fazenda Imperial, no Distrito Federal. Trata-se de uma área de 4 mil hectares absolutamente preservada na qual seus proprietários estabeleceram um bem sucedido empreendimento de ecoturismo. Pois é. E acaba de ser aprovada na Câmara dos Deputados uma ampliação em 14 mil hectares do Parque Nacional de Brasília, o que é muito bom, exceto pelo fato de que, com isso, o Ministério do Meio Ambiente e o Ibama pretendem passar para suas eficazes mãos algo que a iniciativa privada tem preservardo muito bem, obrigado.

Lugares-Memória VIII

Zion Bar

Em Lençóis, Bahia, espero que ainda sobreviva este aprazível boteco gerenciado segundo os ditames da filosofia rasta-baiana. Tomara tenha sobrevivido à maravilhosa lentidão de seu atendimento. No Zion, uma cerveja podia demorar horas, mas pouco importava. Eu estava na Chapada Diamantina, e aquele pequeno caramanchão de palha, a vista da cidade histórica, o som de Bob Marley e a conversa lenta de seus donos eram os sinais da entrada em outros parâmetros de relação entre tempo e espaço.

Velhinho caçando codornas atira no amigo

Se o cara não fosse vice-presidente dos EUA, provavelmente as manchetes seriam mais ou menos assim.

Me digam seriamente se eu sou um louco obsessivo. É ou não realmente relevante dizer que o cara era um companheiro de caçada do doidão do Cheney? Se não falam que era companheiro de caçada, qual seria a diferença então também de remover o “acidentalmente”. Poderia-se dizer simplesmente “Cheney atira em homem”. Vejam as manchetes em vários canais de mídia de diferentes localizações e orientações ideológicas. É um exercício de reflexão interessante:

O Capcioso ofício de informar

Muito capciosa mesmo essa responsabilidade de informar os outros. O UOL noticiava, neste domingo à noite, em sua página principal, que: “Vice-presidente Dick Cheney atira em idoso por engano”. O link leva à notícia, cujo título, já um pouco diferente, dizia que: “Vice-presidente americano atira por acidente em homem de 78 anos”. Finalmente, quando se lê a notícia, descobre-se que o homem em questão, mais importante que ter 78 ou 20 anos, era um companheiro de caçada de Cheney.

Falta do que fazer

Que onda é essa de documentário experimental? A coisa virou até categoria agora em festivais e editais públicos. Me desculpem e me chamem de careta, mas tenham paciência. É o cúmulo da falta de bom senso e critério estético pra julgar as coisas. Qualquer otário com uma câmera digital, ou até a câmera do celular que ganhou da mamãe, sai gravando imagens tremidas da vó assistindo novela, mescla com uns takes desfocados do cachorro cagando, coloca uma trilha sonora destorcida, uns guinchos da namorada e temos um filme digno de ser aceito em festivais e do meu tempo para assisti-lo? Me poupem.

O Genial Bennio

Para mim, outro dos melhores filmes brasileiros de todos os tempos é quase que absolutamente desconhecido (outro dos melhores porque há alguns dias fiz um post dizendo que LavourArcaica era um dos melhores filmes nacionais já feitos). Trata-se de O Diabo Mora no Sangue, realizado em 1967. É essencialmente um filme do genial cineasta mineiro-goiano João Bennio, pai de seu roteiro, produtor e também ator principal. Digo essencialmente porque, por motivos que desconheço, Bennio à época convidou Cecil Thiré para dirigir o filme, também estrelado por Ana Maria Magalhães.

Contra a Liberdade de Expressão

Duro não é defender a liberdade de expressão. Duro é defendê-la quando implica no direito de neguinho falar burrice. Porque, puta que o pariu, o que não falta é gente burra! E quando eu falo de burrice, o problema não é falta de estudo. Aliás, outro dia estive lá no sertão mais cafundó de Goiás e conheci um punhado de gente inteligente que não sabe nem assinar o nome. Aliás, 110 vezes mais inteligentes do que eu, que sou tão mané que, se me soltarem no mato, não sobrevivo uma semana. Não sei fazer nada sozinho. Tudo tenho que comprar feito. OK, não é isso. Burrice é quando o sujeito tem a mente tão limitada que não vê problema em tirar conclusões definitivas sobre todas as coisas baseado na sua experiência tacanha de quem conhece três ruas da cidade e uma vez foi a Sumpaulo, descobriu as respostas definitivas pra tudo, e vocifera isso sem medo na farmácia e na fila do banco. Ai, meus sais… Do tipo coisas sobre a melhor dieta para emagrecer, automedicação ou relações entre a personalidade do mineiro ou do carioca e o funcionamento do trânsito nas cidades: “o trânsito tá ficando engarrafado porque as pessoa tá parando demais nas faixa de pedestre, mesmo quando nem vem carro atrás”. E assim prosseguem as coisas, as pessoas tomam decisões e orientam suas vidas. Não pode rolar um paredón pelo menos nos casos de burrice terminal? Seria um bem pra essas pessoas.

O Plágio de Brokeback III

Tradução de “Brokeback Mountain” em português: Chapada dos Veadeiros.

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