Duro não é defender a liberdade de expressão. Duro é defendê-la quando implica no direito de neguinho falar burrice. Porque, puta que o pariu, o que não falta é gente burra! E quando eu falo de burrice, o problema não é falta de estudo. Aliás, outro dia estive lá no sertão mais cafundó de Goiás e conheci um punhado de gente inteligente que não sabe nem assinar o nome. Aliás, 110 vezes mais inteligentes do que eu, que sou tão mané que, se me soltarem no mato, não sobrevivo uma semana. Não sei fazer nada sozinho. Tudo tenho que comprar feito. OK, não é isso. Burrice é quando o sujeito tem a mente tão limitada que não vê problema em tirar conclusões definitivas sobre todas as coisas baseado na sua experiência tacanha de quem conhece três ruas da cidade e uma vez foi a Sumpaulo, descobriu as respostas definitivas pra tudo, e vocifera isso sem medo na farmácia e na fila do banco. Ai, meus sais… Do tipo coisas sobre a melhor dieta para emagrecer, automedicação ou relações entre a personalidade do mineiro ou do carioca e o funcionamento do trânsito nas cidades: “o trânsito tá ficando engarrafado porque as pessoa tá parando demais nas faixa de pedestre, mesmo quando nem vem carro atrás”. E assim prosseguem as coisas, as pessoas tomam decisões e orientam suas vidas. Não pode rolar um paredón pelo menos nos casos de burrice terminal? Seria um bem pra essas pessoas.