Todo mundo que já foi forasteiro em algum lugar sabe do melindre – às vezes constante, às vezes raro, mas sempre sentido – nas relações com os locais. O famoso “choque cultural” nunca escolhe suas vítimas e, por mais que nos queiramos “descolados”, sempre experimentamos os seus conhecidos estágios: a surpresa inicial, a negação e, por último, a tentativa de adaptação.
Noutro dia, a mãe do senhorio veio expressar seu descontentamento com o estado do nosso jardim. Falava sério, com um tom de voz acima do normal para uma octogenária e com o habitual olhar sorrateiro.
Comentando o episódio com o Marc, lembrei da minha desconfiança nos olhares de soslaio(“…oblíquos e dissimulados”). Só então descobri que isso não é característica pessoal da desagradável “tia da Thatcher”, mas que é o usual por estas bandas. Que coisa! O feio aqui é encarar!!