blog do escritor yuri vieira e convidados...

Categoria: Cotidiano Page 39 of 58

E viva a Capitu!

Todo mundo que já foi forasteiro em algum lugar sabe do melindre – às vezes constante, às vezes raro, mas sempre sentido – nas relações com os locais. O famoso “choque cultural” nunca escolhe suas vítimas e, por mais que nos queiramos “descolados”, sempre experimentamos os seus conhecidos estágios: a surpresa inicial, a negação e, por último, a tentativa de adaptação.

Noutro dia, a mãe do senhorio veio expressar seu descontentamento com o estado do nosso jardim. Falava sério, com um tom de voz acima do normal para uma octogenária e com o habitual olhar sorrateiro.

Comentando o episódio com o Marc, lembrei da minha desconfiança nos olhares de soslaio(“…oblíquos e dissimulados”). Só então descobri que isso não é característica pessoal da desagradável “tia da Thatcher”, mas que é o usual por estas bandas. Que coisa! O feio aqui é encarar!!

Tremor na Chapada dos Veadeiros

Da página de notícias do portal Terra:

Tremor de terra assusta moradores em Goiás

Um tremor de terra assustou os moradores da região de Alto Paraíso, em Goiás, na madrugada de sexta-feira. O tremor que atingiu 2,6 graus na escala Richter ocorreu às 4h42 e acordou grande parte dos habitantes com um forte estalo.

Garoto propaganda

Acho que vou virar garoto propaganda do Voice Changer, saca?, aquele programa que é uma beleza pra se usar junto com o Messenger, Skype e Google Talk. (Com o SkypeOut então, que permite ligar do PC pra qualquer telefone ou celular do planeta, a diversão fica ainda melhor.) Minha voz predileta é a do hobbit. Já coloquei aqui minha ligação pra Espanha. Agora, ouça só eu convidando o Paulo Paiva, colaborador deste blog, para uma cerveja:

  • Hobbit liga pro Paulo Paiva.
  • [audio:http://blog.karaloka.net/wp-content/uploads/2006/02/paulo_cerveja.mp3]

Educação para a Cidadania

O jornal O Popular noticia:

CRIANÇAS VÊEM BRIGA DE VEREADORES
Na abertura da sessão de ontem da Câmara de Goiânia, Deivison Costa (PMDB) fazia a leitura de um texto bíblico quando seus colegas Santana Gomes (PMDB) e Amarildo Pereira (sem partido) promoveram gritaria e empurrões mútuos. Grupo de cem crianças nas galerias assistiu à cena.

Henry Fonda à italiana

No bang-bang à italiana Era uma vez no oeste, de Sérgio Leone, o personagem de Henry Fonda, um pistoleiro folgado, acomoda-se na cadeira e responde a seu interlocutor como é sentar-se atrás da mesa do dono da ferrovia, aliás, seu patrão:

“É quase como segurar uma arma, só que com mais poder…”

Essa cena já vale o filme.

Ms. Dalloway e o ACM

Amanheceu bonito e frio na Terra Média. Solzinho bom com neblina! Não houve vontade nenhuma de levantar da cama…E o artigo pros “Gargantas de Fogo”? Descobri um escândalo antigo envolvendo o governo kiwi e as empresas de imagens de satélite, podia escrever sobre isso!

E depois, tem a campanha chauvinista do eDitador e seus comparsas (Pô, Monica Bellucci, Paulo? Pegou pesado, heim?!)! Caramba, que pressão! E eu só quero ficar no jardim, lagarteando e tomando chá, de pijaminha e sem compromisso, esperando o Marc vir almoçar e me atualizar sobre o mundo lá fora…

E a imagem da Ms. Dalloway me vem à cabeça como uma premonição, uma praga rogada há muitos anos pela doida da Wolf e destinada a gente como eu! Tá bom, fui vaidosa e arrogante agora! Desculpem-me! Não sei fazer arranjos florais como ela e nem eram assim tão brilhantes meus apartes nos cafés com os meninos…

Saudades de Deus

Vi uma frase da Clarice Lispector aqui no blog, na seção Bem Dito, que me lembrou de uma cena inusitada que presenciei há muitos, muitos anos: “Estou com tanta saudade de Deus.”

Estudei boa parte da minha infância no Sacré-Coeur de Marie, um colégio dirigido por freiras na Rua Toneleros, em Copacabana. As freiras eram bem rígidas, acho que até demais. Não tenho lá boas recordações delas. Lembro-me de broncas, caras enfezadas, alguns puxões pelo braço — eu sei, eu não era bem um santinho.

Ainda a Loira

Gravei minha leitura da crônica O urubu e o amor. Para quem não teve olhos de lê-la, aproveite e tenha agora ouvidos de escutá-la.

  • [audio:http://audio.karaloka.net/audio/urubuamor.mp3]
  • Ouça aqui!

Negócio da China: como funciona

Antônio C. Veloso, irmão do meu cunhado, é empresário do ramo de autopeças. Recentemente participou de um encontro, em São Paulo, com representantes de indústrias chinesas interessadas no mercado brasileiro. Passadas as formalidades e o grosso da reunião, sentou-se a conversar com um desses negociantes. A certa altura veio à tona a observação, corrente entre nós, a respeito da baixa qualidade dos produtos importados da China e o impacto destruidor de seus baixos preços.

Brincando com fogo

Imagine a cena: um sedutor Mestre de Cerimônia de ar andrógino e cabotino sobe no palco duma região distante e – protegido por anjos do inferno que se põem à sua volta – berra à assistência formada por milhares e milhares de pessoas, algumas pra lá de Bagdá, outras pra lá de Psychedelic Land, algumas nuas de corpo, outras de cérebro, berra a toda essa gente que ele, o beiçudo e sexy Mestre de Cerimônicas, morre de simpatias pelo demônio. Qual o resultado? Ora, um sacrifício humano, é óbvio, providenciado por um dos anjos do inferno que ocultava uma oportuna adaga em seu casaco de couro. Toda a cena é real. E o pior: foi devidamente registrada no documentário Gimme Shelter, de 1970.

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