Já fiz uma confissão anteriormente, mas não posso deixar de assumir que durante um bom tempo fiz papel de bobo. Eis uma prova, no site da Zuvuya-Rave On, onde apareço com meus trajes costumeiros (o “boné” foi um presente da Hilda Hilst), na EarthDance 2000, em Carrancas-MG. O fotógrafo Dante, meu ex-sócio, também estava por lá. As fotos são da Lisa e do André Ismael.
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Final de tarde de quase inverno e me atrevi a aceitar o convite muito gentil do Phil, técnico, para treinar com as meninas do clube de futebol local! Coitado, ele achou que eu sendo brasileira…
Peraí, pára tudo! Rosa Maria jogando futebol num time?
Acompanhando a onda de revelações dos meus amigos blogueiros eu também confesso: adoro videogame. Agora mesmo estava a caçar demônios de uma outra dimensão. Lembro com carinho das noites em que eu e o Paulo íamos jogar o DOOM original no computador superpossante do seu Walter (pai do Yuri), e depois quedávamos mesmerizados diante de um descanço de tela de 52K que simulava uma mandala, ouvindo Ravi Shankar e repetindo: “nossa”.
Já que o Paulo assumiu que é liberal democrata e o Pedro que é flamenguista, eu também assumo: sou raver, eu curto mesmo é trance, psytrance, goatrance et cetera et al. Podem perguntar ao Bruno Tolentino, que também morou lá na Hilda Hilst. Ele ficava louco com os meus CDs. Aliás, fui à minha primeira rave em 1996, em Maresias-SP, quando então conheci e fiz amizade com o DJ Rica Amaral (organizador da XXXperience, na época ainda um odontólogo que implantava diamantes nos dentes das menininhas), sou bróder do DJ Swarup de Brasília, cruzei mil vezes com o sitarista Alberto Marsicano, com o Edgard Scandurra (aliás, já dormimos um ao lado do outro – ele com a namorada dele, eu com a minha, claro – numa casa de praia mutcho loca), sem falar nos meus bróders Dante, que fotografou ene raves, André e Lisa Ismael, da Rave On. De lá pra cá já fui a montes de raves, talvez umas quarenta (umas 30 só entre 96 e 98), o que é pouco se vc distribuir a diferença pelos últimos sete anos. (Na verdade, faz uns dois anos que não vou a uma festa dessas, neguinho perdeu o rumo da brincadeira, a coisa literalmente vulgarizou. Boas raves são essas para 200, 300, no máximo 800 pessoas. Boas eram as raves “secretas”, apenas para os iniciados. Mas ainda voltarei.) Enfim, se para meditar eu ouço Bach, Maller, Sainte-Colombe, Villa-Lobos, Ravi Shankar e Miles, eu só consigo escrever mesmo é com trance, esse som que abre um túnel a partir do terceiro olho, estendendo todo um caminho a ser percorrido em direção ao infinito. Pronto, confessei!
Como amostra, eis uma mixagem que fiz no Audacity de duas músicas que costumo ouvir ao escrever (se não estiver escrevendo, dance, isto não é música de se ouvir parado):
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[audio:http://audio.karaloka.net/audio/para_escrever.mp3]
Sobre raves leia ainda este post.
Meu muito querido, Sérvio Túlio! Ao ler esse post não sabia se ria convulsivamente ou tinha ataques de náusea e vômito; aliás, tudo muito Sérvio Túlio, né, Anfitrião? (Desculpem-me, caros leitores, a piada particular! Acalmem-se, porém, porque certamente o colaborador comentará a respeito em suas próximas Crônicas Toulousianas!!)
Lembro-me bem dessas discussões intermináveis sobre aborto, eutanásia e afins! Algumas eram patrocinadas pelos Colégios (no nosso caso, católicos!) e em todas elas nunca havia qualquer chance de um debate hígido (é! Gostou da palavra? Herdei da minha mãe!) e que levasse a uma análise científico-socio-política relevante e produtiva! Ao final, só aquele gosto ruim de recreio perdido!
Taí um vídeo de passar mal: os Paralamas do Sucesso se apresentando, em playback, no programa do Bozo. Ai, que dor no meu módulo de reminiscência…
Quando adolescente eu sempre me apaixonava por mulheres de cabelos curtos e com um certo ar de mistério estampado no rosto. Isto obviamente significa que não me atraíam as garotas sorridentes, alegrinhas. Hoje, só tenho olhos para mulheres de cabelos longos com um lindo sorriso nos lábios. Alguém sabe o que isso significa? Eu ainda não sei.
Dia 06 de Março, faleceu o ator e dublador Newton da Matta, a voz oficial do Bruce Willis, do Dustin Hoffman, do Paul Newman, do Lion (Thundercats), etc. Para mais detalhes, visite o blog do Daniel Neto, que, entre outras coisas, possui toda uma seção dedicada a dubladores brasileiros. Vale a pena ver a cara das vozes que ouvimos praticamente todos os dias. Algumas delas são nossas velhas conhecidas.
Já comentei sobre o Internet Archive outras três vezes: de como o encontrei e de como através dele encontrei um clone do meu primeiro site e outro da primeira versão do site que fiz pra Hilda Hilst.
Pois é, agora os caras tiveram mais uma idéia interessante: arraste e cole este link – Wayback – na barra de favoritos do seu navegador. Agora, quando estiver visitando um site qualquer, clique nele e o Wayback Machine, do Internet Archive, irá lhe mostrar como era o tal site há alguns anos atrás. (Bom, se é que ele já existia.)
Durante minha infância e pré-adolescência, passei praticamente todos os feriados de carnaval no Rio de Janeiro, na casa dos meus avós paternos. Mas eu nunca ia aos desfiles das escolas de samba. Meu carnaval se limitava às brincadeiras de rua e a fugir do Clóvis, o famigerado bate-bola. Além, é claro, de jogar futebol de botão com meu primo André – ele era sempre Flamengo e eu tinha de me contentar em ser Botafogo (nunca havia São Paulo) – e de comparar gírias e costumes paulistas com os cariocas. Era bom à beça…