Fantasmas não choram
Ai, meu Deus! Não sei se rio ou choro.
O mafioso do Kia Joorabchian, o homem da MSI no Corinthians, agora vai pro Flamengo. Expulso pelas brigas de poder no time do Parque São Jorge, o homem fechou acordo e agora vai dar as cartas na Gávea, como parceiro e investidor. Com ele aparentemente vão Gustavo Nery, Nilmar, Paulo Almeida, Carlos Alberto, Roger, Sebá e até, provavelmente, Tevez e Mascherano. Assim noticia o blog do Milton Neves.
O pior é que vai ser bom pro Flamengo.
Desde o início me impressionou muito a facilidade com que a opinião pública e especialmente a imprensa condenaram de imediato os pilotos Joe Lepore e Jan Paladino, que comandavam o Legacy que se chocou com o vôo 1907 da Gol. Circularam até mesmo versões, que rapidamente através do boca a boca e da Internet ganharam status de verdade, segundo as quais os dois estariam fazendo manobras arriscadas, brincando para testar o avião recém-saído da fábrica da Embraer. Li textos comovidos e indignados, perguntando qual não seria a postura da opinião pública e de autoridades americanas, se a situação fosse inversa: se pilotos brasileiros tivessem se envolvido em um acidente semelhante em espaço aéreo americano. E minha resposta é: provavelmente menos histérica, mais ponderada e não condenatória.
Agora começam a surgir os fatos apontando para uma conjunção de vários fatores como causa da tragédia, nenhum dos quais envolve negligência, imperícia, irresponsabilidade ou imprudência dos dois pilotos americanos.
Numa fase em que o Ministério da Defesa tem dificuldades até mesmo para controlar o tráfego aéreo nacional, o governo Lula prepara-se para alçar um vôo ambicioso. O Brasil irá propor aos demais países da América do Sul a criação de uma força militar conjunta do continente. Funcionaria nos moldes da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
A proposta fica pronta em 2007, o primeiro ano do segundo mandato de Lula. Está sendo elaborada pelo NAE (Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência). (Leia mais aqui.)
A boa nova é que fazer um longa metragem pode não ser tão difícil quanto parece.
A má notícia é que ontem assisti a um dos piores filmes da minha vida e, como sou amigo, alertá-los-ei para que não incorram na mesma sessão de tortura.
A segunda má notícia é que fazer um BOM longa metragem talvez seja mesmo tão difícil quanto pareça.
Eu não gosto de fazer críticas destrutivas, especialmente ao cinema nacional. Pode ser um certo corporativismo, mas acho que é preciso estimular quem está fazendo. Neste caso, entretanto, está além da minha evolução espiritual. Como diabos este rapaz conseguiu dinheiro da Petrobrás – edital para longas de baixo orçamento – e de mecanismos de estímulo do Estado do Rio para produzir isso?
Uma coisa chata para os repórteres é conseguir dar uma cara nova a algo que parece “velho”. É que os fatos se repetem. Presidentes dizem o que já haviam dito antes, todo domingo tem jogo de futebol, sempre há um feriado prolongado e por aí vai. É a mesma coisa para os repórteres fotográficos. Fotos de futebol, do presidente ou trânsito quase sempre parecem as mesmas. Mas, às vezes, o cara (repórter ou fotógrafo) consegue fazer algo diferente. Como nesta foto do New York Times (por Vicente Laforet) da chegada da maratona de Nova York. Ficou bonito o recurso da sombra, mesmo não sendo novo.
Não a vi nos jornais brasileiros, mas compreendo que eles precisavam mostrar a cara do Marilson Gomes dos Santos, o brasileiro que venceu a prova. Acho até que o próprio NYT deve ter publicado outra mostrando seu rosto.
Não tenho certeza, mas acho que foi durante o quarto podcast gravado com o Olavo de Carvalho que ele me disse quase ter saído nos tapas com o irmão do Mercadente, o tal coronel Oswaldo Oliva Neto, que agora assume a posição do Gushiken. Espere só a luta de boxe que vem por aí…
Assim é quando a política funciona em favor do Estado de Direito.
De passagem, note-se que as críticas feitas pelo Governo Federal ao projeto de lei referem-se muito mais à idéia de “exclusão digital” pela necessidade de identificação positiva dos usuários do que ao possível atentado à privacidade e direitos individuais. Não se poderia esperar outra coisa do PT, não é mesmo?
Após críticas, Azeredo admite discutir identificação na internet
PATRÍCIA ZIMMERMAN
da Folha OnlineO senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) admitiu hoje discutir no Senado a possibilidade de retirar de seu projeto sobre crimes cibernéticos a obrigatoriedade de identificação dos usuários da rede.
Aproveitando e explicitando a onda (re)introduzida pelo Fiume, voltamos a implorar por maior presença feminina neste blog. Eu nem ia falar nada sobre isso, mas quando me deparei com este ensaio da sempre número um no meu ranking de mulheres lindas Fernanda Lima, não resisti. No Paparazzo.
Minha programação esta semana no Festival de Cinema de Goiânia, com bastante expectativa, prioriza:
Antonia, filme de Tata Amaral, sobre quatro jovens cantoras negras da periferia de São Paulo que sonha em viver de música e a maneira pela qual seu cotidiano de pobreza, violência e machismo se confronta com esse sonho. O filme já gerou uma série, de mesmo nome, que estréia em breve na Rede Globo. Entre outros pontos a seu favor, Antonia, cujas quatro atrizes principais são efetivamente cantoras de rap da periferia de São Paulo que nunca tinham atuado antes, tem o nome de Sérgio Penna, como preparador de elenco, responsável, entre outro filmes por “Bicho de Sete Cabeças”, “Contra Todos” e “Batismo de Sangue”.
O Céu de Suely, de Karim Aynouz, diretor do espetacular “Madame Satã”. O filme, grande vencedor do Festival do Rio deste ano, conta a história do retorno ao interior do Ceará de Hermila, que viveu desde muito pequena em São Paulo. Lá, à espera de um marido que nunca chega e sufocada pela atmosfera da pequena cidade, ela acaba se prostituindo.
Cartola, documentário de Lírio Ferreira e Hilton Lacerda, sobre a vida e obra do genial sambista, uma dívida antiga do cinema nacional para com esta figura ímpar e de tamanha importância.