blog do escritor yuri vieira e convidados...

Autor: pedro novaes Page 19 of 33

R$ 77,22, deputado!

Outro dia, topei num prédio público com um congressista notoriamente corrupto do meu estado. Fontes fidedignas e bem informadas já me afirmaram se tratar do “homem mais corrupto que se conhece; um ladrão de fazer corar ao Marcola ou ao Ronald Biggs”. Comprando seu lanche – na verdade até me espantou que pagasse pelo salgado -, ao receber o troco do balconista deixou cair sem notar uma moeda de R$ 0,25. Eu, muito escoteiro, me abaixei, apanhei-a e a estendi de volta a ele, evidentemente não sem me debater internamente, primeiro com minha própria subserviência, segundo com o desejo de pegar de volta ao menos parte do naco dos meus impostos garfado pelo desgraçado.

Não vote em mensaleiro

A Transparência Brasil lançou a campanha “Não Vote em Mensaleiro” que, tomando o caso do Mensalão como mote, visa, mais que isso, impedir que cheguem a cargos eletivos pessoas que respondem a processo por corrupção. Em breve, estará no ar o site da campanha com nomes e informações de domínio público relacionando candidatos a casos de corrupção.

Nos últimos dias, realizaram-se diversas convenções partidárias tendo em vista as eleições de outubro deste ano. Outras ocorrerão até o fim do mês de junho.

Tendo o vista a inclusão, nas chapas partidárias, de todos os implicados nos escândalos recentes, a Transparência Brasil vem a público para exortar o eleitor a não votar em mensaleiros, sanguessugas e implicados em outros escândalos.

Por que os argentinos são melhores contadores de histórias?

Neste final de semana assisti ao ótimo “O Cachorro” (“El perro”), filme do argentino Carlos Sorin, diretor do também muito bom
“Histórias Mínimas”. Trata-se da história – quase um filme infantil – de um aposentado solitário, cuja vida muda quando ganha um cachorro de raça que começa a ser premiado em exposições. O Cachorro tem a mesma característica de muitos dos melhores filmes do cinema contemporâneo argentino: a capacidade de extrair profundidade de histórias muito simples e, de forma conectada a isso, a sutil maestria de contar histórias muito humanas sem decair para o lacrimogêneo, para o sentimentalismo barato e para as emoções fáceis. Vejo este traço comum em vários filmes recentes muitos bons como o próprio “Histórias Mínimas”, “O Filho da Noiva”, “Lugares Comuns”, “Cleópatra” e “Kamchatka”, entre outros.

Sono

Sobre a Copa, razão mesmo tem o Cláudio Weber Abramo

“Grupo da morte, mesmo, nesta Copa, é o do Brasil, Croácia, Austrália e Japão.
Croácia e Japão matam o torcedor de tédio.
O time da Austrália liqüida seus socceroos de desespero pela incompetência extraordinária de seu ataque.
E a seleção brasileira, mesmo vencendo, consegue irritar o torcedor ao ponto de causar-lhe falência múltipla de órgãos.”

Monkeys, nothing else…

Somos apenas macacos…


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Três Enterros

Fiquei com esse filme na cabeça desde o Festival de Cannes no ano passado. Pelo nome interessante – “Os Três Enterros de Melquíades Estrada” -, pelos prêmios de melhor roteiro e melhor ator (para Tommy Lee Jones) em Cannes 2005, pelo pano de fundo da questão fronteiriça e cultural Texas-México, por ser o primeiro filme para cinema dirigido por Tommy Lee Jones (ele apenas dirigira um filme para televisão antes); por Tommy Lee Jones ser, ao mesmo tempo, um texano típico, um cowboy de nascimento e, ao mesmo tempo, ter se graduado em letras com honras por Harvard e ser um crítico feroz das políticas de fronteira e de imigração americanas.

Melquíades (Julio Cedillo) é um imigrante mexicano ilegal, que trabalha como vaqueiro na fazenda de Pete (Tommy Lee Jones), próxima à fronteira Tex-Mex. Os dois acabam se tornando grandes amigos. Quando Melquíades é morto por Mike Norton (Barry Pepper), um patrulheiro de fronteira, diante da inação da polícia, Pete captura o assassino, desenterra o cadáver em decomposição do amigo e parte para atravessar a fronteira e enterrá-lo em sua vila natal, conforme prometera.

Brasileira escala o Everest

Ontem, além de Vitor Negrete, que tragicamente faleceu na descida, uma brasileira também chegou ao cume do Everest. Trata-se da médica Ana Elisa Boscarioli, de 40 anos. Ela chegou ao cume como parte de uma expedição neo-zelandesa. Com isso, chega a quatro o número de compatriotas a atingirem o teto do mundo. Pena que a notícia tenha sido ofuscada pela morte de Negrete.

Enquanto isso em Santarém…

Enquanto o pau quebra em São Paulo, quebra também em Santarém. Protestos do Greenpeace contra a Cargill suscitaram a ira dos sojeiros e de parte da população local. A Cargill é um dos maiores conglomerados de agronegócios do mundo, que construiu e controla um grande porto sem licenciamento ambiental na cidade, através do qual é exportada grande parte da soja plantada na Amazônia.

Houve muitas agressões pelos sojeiros que, entre outros absurdos, dispararam rojões contra os membros do Greepeace. Alguns ativistas saíram feridos. Há um clima de forte intimidação, truculência e cerceamento da liberdade de expressão.

Hoje, o navio Arctic Sunrise, do Greenpeace, bloqueou o porto e conseguiu impedir por três horas os transbordos de soja. Como resultado, 16 ativistas foram presos e encontram-se detidos na Polícia Federal, em Santarém, incluindo o diretor do Greenpeace Amazônia, Paulo Adário.

Vitor Negrete morre no Everest

Vitor
Morreu ontem no Monte Everest (8.848 m), o montanhista brasileiro Vitor Negrete, 38. Um dos mais preparados escaladores do país, Vitor acabara de entrar para o seleto grupo dos que sobem a montanha mais alta do planeta sem o uso de oxigênio suplementar. Ele faleceu na descida, próximo dos 8.300 metros, provavelmente em função de esgotamente físico e das consequências fisiológicas do mal agudo de montanha.

O sumiço das meninas

Bom, parece que as meninas deste blog andam sumidas de novo. Então…

Aline Morais

A maravilhosa Aline Morais.

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