blog do escritor yuri vieira e convidados...

Categoria: Podcast e videos Page 7 of 26

Podcast no You Tube

Eu sei que o som pode não ficar dos melhores, mas a melhor maneira de divulgar seu podcast é, segundo minha própria experiência, colocando-o no You Tube. Não há como fugir deste fato: as pessoas valorizam, em primeiro lugar, aquilo que tocam com os olhos. Por isso, o You Tube é, digamos, o mainstream da web2.0. Os podcasts que venho colocando no You Tube, em companhia de apenas dois vídeos, já foram ouvidos, do final do ano passado até hoje, 63.375 vezes. Se eu dependesse apenas do Odeo, por exemplo, que é um dos melhores sites para podcast que conheço, o meu Segundo Bate-papo com Olavo de Carvalho teria sido ouvido apenas 111 vezes. Mas, no You Tube, o mesmo bate-papo já foi ouvido 16.272 vezes. Deu pra notar a diferença? É uma forma de o som pegar carona na fixação que todos têm pela imagem. Os sites de podcasts não são tão acessados. E as pessoas não se incomodam se visualmente o podcast travestido de vídeo apresenta apenas fotos e ilustrações. Se o assunto for interessante, irão ouvi-lo. E sempre se pode, ao invés de se colocar imagens ilustrativas, usar a parte visual para divulgar o link do podcast original. E se alguém reclamar que não pode baixar o arquivo, disponha os arquivos de áudio através do Archive.org, conforme venho fazendo.

Tiro ao alvo (versão chinesa)

Encontrei este vídeo no Saindo da Matrix. Um cinegrafista romeno, juntamente com outros montanhistas europeus, depara-se na área próxima ao Everest com um espetáculo que, pelo comportamento fleumático das vítimas, há de ser rotineiro: soldados chineses de fronteira abatem peregrinos tibetanos. (“Muro?”, devem pensar os comunistas chineses. “Muro para quê? Chumbo é mais barato…”)

Nosso podcast no Portal Literal

A jornalista Priscilla Brossi Gutierre, do Portal Literal (Terra), publicou a matéria Literatura para os ouvidos, que cita nosso podcast.

“Getúlio Vargas foi assassinado”

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A ex-vedete Virgínea Lane, que foi amante de Getúlio Vargas, em entrevista ao jornalista Roberto Canázio, da Rádio Globo, logo após o carnaval deste ano, afirmou que estava na cama com o então presidente quando quatro homens mascarados o assassinaram. O suicídio teria sido balela. Ouça o podcast com sua declaração:

  • [audio:http://odeo.com/show/11157663/1202745/download/GetlioVargasFoiAssassinadoAfirmaVirgneaLane.mp3]

(Já que o arquivo de áudio acima não está mais online, segue a versão que encontrei no YouTube.)

Reportagem sobre a “Bíblia alienígena”

Para se criar um apelido infeliz, nada melhor que uma reportagem sensacionalista da TV. Tal como diz um dos entrevistados: “se você considerar anjos e seres espirituais como alienígenas, então este livro trata de alienígenas”. Mas é interessante saber que Elvis Presley – que nunca deixou de ser um cantor gospel – provavelmente travou contato com o Livro de Urântia, assim como o líder da banda Grateful Dead, o autor da série Star Trek e até mesmo gente da Casa Branca.

Como já disse algumas vezes, vem aí o “Efeito Tlön” (vide o conto Tlön, Uqbar, Orbis Tertius, de Jorge Luis Borges). Pouco importa se o livro foi escrito por mentes humanas ou espirituais: um dia, tal como o mundo se tornou Tlön no conto de Borges, o planeta se tornará Urântia. Sim, porque a diferença entre os dois está num ponto muito importante: enquanto o patrocinador dos “sábios” que escreveram o Orbis Tertius exigiu que aquela obra “não compactuasse com o impostor Jesus Cristo”, o Livro de Urântia não apenas compactua, mas alarga nossa compreensão sobre o Senhor do Universo.

Ok, há a polêmica com os cristãos tradicionais, já que, segundo este livro, existiriam outros seres semelhantes a Jesus, outros Filhos diretos de Deus, cada qual criador e governante espiritual de seu próprio universo. Para se chegar a Deus, é preciso passar por um deles, pois são o caminho, a verdade e a vida em seus respectivos universos. Mas, calma, não se chateie, há também o Filho Eterno, a terceira pessoa da trindade e mil outros detalhes que não vem ao caso.

Enfim, só nos resta duas opções: ou o livro é uma fraude, ou é de fato uma revelação, talvez o Evangelho Eterno anunciado pelo Apocalipse. No primeiro caso seria necessário descobrir quem o escreveu. Contudo, ninguém o sabe e, conforme os anos vão passando, mais difícil se torna sabê-lo. Já o segundo caso – é uma revelação autêntica? – exigirá certamente alguns séculos para ser confirmado, uma vez que toda revelação genuína dá início a uma nova civilização. Eis o busílis: essa civilização só começa a engatinhar quando uma massa crítica de pessoas começa a crer na suposta revelação.

Borat e o primeiro filme de Carlitos

Algo me fez sentir que o maluco sem-noção do Borat é uma espécie de Carlitos do século XXI. Eu sei que certas situações criadas por ele – no filme Borat: Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan – causam mais constrangimento que risos. Mas, vários dias após assistir a seu longa-metragem, é impossível parar de pensar no cara. E de dar risadas com as lembranças. Alguém pode afirmar que o personagem é um amoral idiota (de fato, segundo Aristóteles, a personagem da comédia está sempre fora da virtude) e que Sacha Baron Cohen, seu criador e intérprete (um cara nascido exatamente 11 dias antes de mim), não passa de um imoral filho-da-mãe. Pouco importa, as gargalhadas são garantidas. A questão é que ele simplesmente levou ao extremo a mesma idéia de Chaplin ao criar seu famoso personagem, o Carlitos. Como Borat, o primeiro filme em que Chaplin interpretou o Vagabundo não era senão uma pegadinha.

Chaplin foi com o diretor Henry Lehrman até uma corrida de carros sem motor – carros impulsionados pela força da gravidade ao descer uma rampa – e ali fez, como diria a turma do Pânico na TV, o papel de Robert. Enquanto o próprio diretor do curta-metragem finge que só quer filmar a corrida dos garotos (Kid Auto Races at Venice), o vagabundo fica invadindo a cena, tentando aparecer. O público da corrida obviamente nunca vira aquele doido antes e, por isso, não percebe que se trata de algo combinado. É ótimo ver a reação das pessoas na tela grande, suas expressões de espanto diante do maluco exibido. Pena que no You Tube não se vê as tais tão nitidamente. Mas tá valendo. (Veja abaixo.)

Quanto a essa gente que insiste em dizer que Borat expõe a babaquice dos americanos, me desculpe: os babacas que aparecem no filme são os mesmos babacas de qualquer canto do mundo. Mesmo assim, a maioria dos americanos com quem ele interage são tolerantes e amigáveis ao extremo. Tudo bem, a polícia foi chamada 91 vezes durante as filmagens para dar um jeito no cara. Mas pense bem: fazendo o que ele faz, em outros países teria sido apedrejado, enforcado, linchado, esquartejado, etc., etc. Mas Borat é como Carlitos. Por mais escroto que seja, o personagem continua com sua aura de inocência. Pena que o sacana do Sacha Baron Cohen tenha necessitado sacanear tanta gente para atingir o efeito desejado. (Eu tenho mania de sentir pena das vítimas do humor. Das vítimas alheias mais exatamente, já que alguns dos meus contos foram o estopim para que alguns leitores também me tachassem de cruel. Mas, enfim…) Pelo que me lembro da autobiografia do Chaplin, descontando Hitler, e após seus primeiros filmes como Carlitos, ele se limitou a sacanear pessoas reais apenas pelos bastidores, fora do olhar das câmeras. Principalmente as mulheres…

Sétimo bate-papo com Olavo de Carvalho

Este podcast foi gravado no final do ano passado:

  • [audio:http://www.archive.org/download/Bate_papo_com_Olavo_de_Carvalho/olavo7ladoA_64kb.mp3]
Neste sétimo podcast, “lado A”, Olavo discorre sobre os seguintes temas: gnosticismo; Eric Voegelin; Hans Urs von Balthasar; mania brasileira de tomar posição sobre tudo; desconstrucionismo; seu percurso na filosofia; Simone Weil; o gnosticismo é uma experiência de duração variável; o que é filosofia; diferença entre sabedoria e conhecimento gnóstico; Deus e o intelecto; certas opiniões do Dalai Lama; hierarcas católicos que condenam a masturbação e apoiam regimes comunistas; relação entre a sabedoria e a realidade; a verdade está na tensão entre o universal e o particular; papagaios filósofos e filósofos de fato; interpretar a realidade; conhecer os fatos para prever as tendências futuras; o Brasil não será o mesmo depois do PT (será uma merda); a fraude eleitoral de 2006; o teste para a sabedoria não está nas disciplinas acadêmicas, mas na realidade; não há problema pequeno para a sabedoria; não se pode contestar a verdade; a manipulação da juventude; a divinização do tempo e do espaço; a atitude perante o infinito; o medo do desconhecido; a contemplação amorosa; um estudo sobre a natureza do milagre.

(Há problemas com o som apenas no primeiro minuto. Sugiro a audição com fones de ouvido.)

Para baixar o arquivo, visite este site.

Para ouvir o mesmo arquivo no You Tube, clique aqui.

Do amor divino

Este vídeo, com texto do livro “A imitação de Cristo“, atribuído a Tomás de Kempis, foi feito por minha irmã, Karina. Creio ser a melhor forma de desejar uma feliz Páscoa a todos.

Racismo na UnB? Duvido

Morei cinco anos no alojamento da UnB, conheço bem aquela “ilha”. Inclusive um dos contos d’A Tragicomédia Acadêmica trata dele: Memórias da Ilha do Capeta. Por isso sei que sempre moraram africanos ali, em geral oriundos de países de língua portuguesa – Cabo Verde, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau – sendo os demais francófonos ou anglófonos. A presença deles sempre me fez sentir que eu estava matriculado numa universidade que, se não era uma instituição de primeiro time, era ao menos uma de algum renome internacional. (Seria de primeiro time se estudantes do primeiro mundo brigassem por vagas ali.) No bloco B, tive até mesmo um príncipe como vizinho, o qual costumava, em datas específicas, esperar uma mercedes dourada para levá-lo à embaixada de seu país. Sim, eis o outro lado da questão, o lado oculto: a grande maioria dos africanos que estudam na UnB são endinheirados. Andam bem vestidos, aprumados. São em geral saudáveis, altos, bonitos. Dentre as mulheres lembro de algumas deslumbrantes, com ar distinto e de excelente gosto no vestir. Os homens, se não estão de gravata, compartilham com as mulheres o hábito de usar no mínimo roupas ocidentais de corte elegante ou trajes africanos coloridos com certa pinta de nobreza. Sim, também são vistos em jeans e camiseta, mas enquanto boa parte dos brasileiros se comporta como se estivesse numa comunidade hippie, os africanos parecem estar em Oxford. Bem, no início, parecem. Mas depois…

Não me recordo de hostilidades para com eles, ao menos não tão ostensivas quanto os incêndios criminosos desta semana. (Houve o caso isolado onde um africano gay – ou seria um jamaicano gay? -, após assediar e tocar um estudante heterossexual descendente de coreanos em suas partes, quase apanhou com um bastão de beisebol. Só.) Mas me lembro do ressentimento que surgia ora aqui, ora ali, em meio a conversas de “cachimbo da paz” e a cochichos de corredor, entre aqueles que se sentiam insultados pela riqueza dos estrangeiros: “Pô, pra gente conseguir uma vaga aqui tem de provar que é ‘carente’, pobre… Já esses caras têm carros e o apê cheio de eletrodomésticos!” (Veja, por exemplo, a queixa do nigeriano Muyiwa Sean: alguém chegou a rasgar os pneus do seu carro. Ouviram? Do seu carro.) Alguns estudantes “carentes” ditos “conscientes”, isto é, estudantes de história, ciências sociais, filosofia, etc., especulavam se aqueles africanos pertenceriam ou não à casta nobre de alguma tribo que certamente estaria explorando todo um país para mantê-los ali. Em suma: havia a semente do ódio de classe, um vírus marxista. Não que não houvesse tal possibilidade, isto é, a possibilidade de alguns daqueles estudantes serem filhos de tribos opressoras – sabemos que as guerras intertribais são recorrentes -, mas o critério para averiguar quem fazia parte da tal classe exploradora era sempre o econômico. Não passava pela cabeça de ninguém que um daqueles estudantes poderia ser filho dum empresário africano próspero, e não filho de algum ditador. Se bem que, para a mente marxista, ser empresário é ser opressor, e ser opressor é ser capitalista. Mas… e se fossem filhos de políticos socialistas corruptos e totalitários? Ah, isso era impensável. Enfim, a timidez ocasionada pelo fato de se estar num país estrangeiro, ou por não falar bem o português, apenas aumentava a aparência de “metidos” e de “presunçosos” dos africanos. Sem falar em suas festas barulhentas, não abertas aos demais moradores, regadas a bebidas caras, e a conseqüente confusão e sujeira nos corredores. Como se não estivessem em Oxford, mas apenas num paisinho tipo… hmmmm… o Brasil. (Veja o que foi pichado nos muros do alojamento: “Morte aos playboys africanos”.) Assim, sendo o Brasil um país cujas raças sempre ultrapassaram seus limites genotípicos para mesclar-se com as demais – vide Gilberto Freyre – o racismo, na minha opinião, seria o último fator a causar semelhante ato de vandalismo. Se não for o ódio de classe – transfigurado em xenofobia, uma vez que os únicos endinheirados a conseguir vagas ali oficialmente eram estrangeiros -, então é alguma treta pessoal, tal como a que envolveu o estudante coreano. (Festas e desrespeito? Provavelmente.) Não há de ser racismo puro e simples. Nos cinco anos que ali vivi (1992-1997), cheguei a imaginar que algo assim poderia ocorrer, mas jamais me veio à mente uma situação causada por motivos raciais, mesmo porque, entre os ressentidos, havia negros também. Então eu pergunto: que conseqüências isto terá?

O chatérrimo aquecimento global

Já que nosso colega Daniel quer mais opiniões e depoimentos de cientistas, segue este vídeo que eu havia esquecido em meio aos meus favoritos do You Tube. (O Pedro Sette já o publicou n’O Indivíduo dias atrás.) Em resumo, os cientistas entrevistados afirmam não apenas que não há provas de que o homem esteja causando o tal aquecimento global – ou mesmo que o CO2 tenha algo a ver com isso (é mais provável que o aumento de CO2 seja um efeito do aumento da temperatura e não uma causa dela) -, mas ainda que tudo não passa dum grande negócio, a “indústria do aquecimento global”, uma vez que toda uma multidão de empregos e cargos burocráticos foram criados em função desse falso alerta. Das intenções político-ideológicas dos defensores do estatismo, que não querem senão mais um pretexto para avançar sobre as liberdades individuais, se fala apenas por alto. Mas os cientistas não deixam de repetir: é propaganda política. E comentam sobre o sofrimento dos países subdesenvolvidos que, com a criminalização da indústria e da produção de energia, são impedidos de crescer.

E olha só que interessante: Nigel Calder, que foi editor da revista New Scientist, faz exatamente a mesma analogia feita pela Ann Coulter, tão criticada pelo Daniel: o “aquecimento global” é como uma doutrina religiosa e quem não concorda com ela é um herege. “Eu sou um herege”, diz Calder.

E, finalmente, alguns cientistas estão convencidos de que o comportamento do Sol é que é o verdadeiro responsável pela coisa toda: o Sol controla os raios cósmicos que controlam as nuvens que regulam o clima. Voilà. (Aliás, eu já havia tratado do Sol aqui.)

This short program, produced and shown in England, destroys the arguments put forward by Al Gore and the human caused Global Warming activists.


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